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ESCREVEM OS LEITORES

Prof. Fernando Serrano, Diretor de "Cristiandad", Barcelona (Espanha): "Terminé felizmente e releí por segunda vez el magistral número cien de CATOLICISMO.

Creo firmemente que puede hacer mucho bien. Me atreveria a augurarle grandes éxitos a la par que preveo ha de levantar fuertes tempestades, por otra parte quizá necesarias y convenientes, pues tanto por aceptación como por oposición se puede laborar para que tan magníficas y bien cordinadas verdades sean primero conocidas y luego meditadas.

Es tal la fuerza del silogismo planteado en su trabajo que invariablemente obliga a pensar, a auto-analizarse y por ende a encuadrarse en una ú otra de las posiciones que ante la Revolución (Revolución con mayúscula como decía el P. Orlandis, por ser una y única) en él quedan definidas.

Para los buenos es alentador pues aguda a ver a donde van y de lo que se deben prevenir.

Para los débiles y los contemporizantes sin duda será mas bien desagradable, pues por la claridad de las definiciones, desenmascara a éstos y presiona a aquellos a salir de la cómoda flojedad.

En resumen, puedo asegurarle que luego de mi lenta asimilación, soy un entusiasta.

Bendigo a Dios por haberme proporcionado la ocasión de esta lectura".

Revmo. Pe. Pedro Maia Saraiva, Vigário de Itaocara (Est. Rio): "Se Deus quiser, vou trabalhar junto a meus paroquianos para conseguir o maior número possível de assinaturas. Oxalá todos os meus paroquianos assinassem tão grande portador das verdades eternas".

Sr. Juan Daniel Coronel, Santa Fé (Argentina): "Vivamente satisfecho por CATOLICISMO, felicito, una vez más, a la Dirección y a todos los que colaboran en esa valiente revista, y ratifico mi deseo de continuar recibiéndola, pués, a la verdad, son muy contadas las publicaciones que hablan con tanta claridad, con tanta verdad y con tanta valentia".

D. Vania Maciel, Campos: “... esse grande jornal".

Sr. Juan Antonio Widow Antoncich, Santiago de Chile (Chile): " nel n° 98 de CATOLICISMO, el cual hemos sabido apreciar en todo su valor, tanto formativo como informativo, que coincide de lleno con nuestros ideales y aspiraciones".

Sr. Odacyr Petti, São Paulo (Est. São Paulo): "Aproveito a oportunidade para enaltecer o modo como está sendo tratado (em CATOLICISMO) o problema religioso em todas as suas particularidades, às quais são dedicados artigos verdadeiramente profundos e caridosamente cristãos".

D. Maria do Carmo de Mendonça Lima, São Leopoldo (Est. Rio Grande do Sul): "Gosto de vê-lo (a CATOLICISMO) combativo, enérgico, franco e desassombrado na defesa do seu ideal. A leitura de seus artigos profundos e de orientação clara, dá-me a sensação de segurança, nesta época de confusão e anarquia social, política e religiosa. Lê-se CATOLICISMO e fica-se a pensar: sim, nós é que estamos com a Verdade. Só a Igreja Católica é divina, só Ela não muda, não vacila, porque o Espírito Santo A dirige".

Sr. Milton Mariano Azevedo, Campinas... meus sinceros cumprimentos pela publicação de tão interessante e útil folha".

D. Lygia Porto, Ipameri (Est. Goiás): “... o Sagrado Coração de Jesus há de fazer o CATOLICISMO continuar a ser um selecionado e substancioso alimento espiritual, para nossas almas que lutam neste século falso e agitado".


VERBA TUA MANENT IN AETERNUM

A violência dos perseguidores tenta destruir a fidelidade dos católicos chineses.

JOÃO XXIII: Desde então (o Papa se refere à publicação da Encíclica «Ad Apostolorum Principis», de 29-VI-1958, que condena as sagrações episcopais sacrílegas na China) um silencio sombrio, dia a dia, mais profundo, envolve essas Dioceses como nuvens obscuras. Todos os meios são empregados, todas as tentativas são feitas, Nós o sabemos, para afastar os fiéis do caminho reto e da unidade da Igreja Católica.

Espetáculo aflitivo e funesto! De um lado, a violência dos perseguidores esforçando-se por corromper o espírito dos cristãos chineses, já enfraquecido por condições de vida penosíssimas; de outro, os tormentos, as angustias e os sofrimentos dos confessores da fé que choram e gemem sob os esforços sacrílegos dos primeiros!

Ah! Se todas as pessoas de bem pudessem ouvir os gritos lamentáveis que ferem Nossos ouvidos! Eles brotam dos lábios daqueles que, oprimidos, mas não vencidos, querem assim manifestar seu amor e sua fidelidade ao Romano Pontífice. Não é absolutamente por seus corpos, mas por suas almas que eles reclamam Nossas orações, e seus gemidos testemunham sua verdadeira, sincera e tenaz vontade de conservar intacta, aconteça o que acontecer e até o último suspiro, sua adesão ao Vigário de Jesus Cristo.

A cada um de Nossos filhos que se empenham em reproduzir os exemplos ilustres dos primeiros mártires, queremos repetir a nobre exortação do Apostolo das Nações (I Cor. XVI, 13): «Velai, permanecei firmes na fé, sede homens, sede fortes». — (Alocução ao Consistório Secreto de 15-XII-1958).

Reiniciado na terra o combate que houve no Céu entre o partido dos Anjos e o dos demônios

PIO IX: O combate antigamente terminado no Céu reiniciou-se sobre a terra. Não se luta mais sozinho e em segredo, mas abertamente e com forças conjugadas. Os dois partidos desfraldaram as mesmas bandeiras de outrora. Um tem o estandarte sobre o qual se lê a memorável inscrição: «Quem é igual a Deus?» É o partido que, pondo de lado todos os interesses terrenos, combate por sua fé, pela Igreja e seus sagrados direitos. O outro tem o estandarte sobre o qual o orgulho frenético escreveu: «Erguerei o meu trono acima das estrelas do céu, quero ser igual a Deus». É o partido que se constituiu inimigo jurado de nossa Religião. O mesmo combate terá o mesmo fim. Como outrora o orgulho dos rebeldes os precipitou e lançou nos infernos, assim sucumbirão os que atualmente querem colocar-se no lugar de Deus e aniquilar seu reinado sobre a terra. (Carta «Non occulte jam» ao Barão de Löe e aos Membros da Associação Central Católico-Alemã, de 11-X-1875).

A rejeição de Deus e da Igreja pelos governos e povos, causa da subversão de todas as coisas

São Pio X: Nestes infortúnios públicos, temos o dever de levantar Nossa voz, de relembrar as grandes verdades da Fé, não somente aos humildes, mas também aos poderosos, aos felizes deste mundo, aos chefes dos povos, aos que são admitidos aos conselhos de governo dos Estados. E de propor a todos as certíssimas sentenças cuja verdade a história confirmou com caracteres de sangue, como estas: «O pecado faz a infelicidade dos povos» (Prov. 14, 34). «Os poderosos serão poderosamente atormentados» (Sap. 6, 7). E também a que está no Salmo In «E agora, ó Reis, compreendei; cientificai-vos, juízes da terra... Submetei-vos à lei do Senhor, temerosos de que Ele Se ire, e venhais a perecer fora do caminho da justiça».

Essas ameaças fazem esperar as mais duras consequências, visto que campeia a iniquidade pública e que a falta principal dos governantes e dos povos consiste na exclusão de Deus e na rejeição da Igreja de Cristo. Desta dupla apostasia decorre a subversão de todas as coisas, e a multidão quase infinita de misérias para os indivíduos e as sociedades. — (Encíclica «Communium Rerum», de 21-IV-1909).

Merecedores de graves sanções os que desprezam as sagradas imagens

ADRIANO I: Entrando, diríamos, pelo caminho real, seguindo o ensinamento divinamente inspirado de nossos Santos Padres e a tradição da Igreja Católica — pois reconhecemos que Ela pertence ao Espírito, Santo, que nEla habita — definimos com toda a exatidão e cuidado que, de modo semelhante à imagem da preciosa e vivificante Cruz, hão de expor-se as sagradas e santas imagens, tanto as pintadas como as de mosaico e de outra matéria conveniente, nas santas igrejas de Deus, nos sagrados vasos e ornamentos, nas paredes e nos quadros, nas casas nos caminhos, as de nosso Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo, da Imaculada Senhora nossa, a santa Mãe de Deus, dos preciosos Anjos e de todos os varões santos e veneráveis.

...Assim, pois, os que se atrevem a pensar ou ensinar de outra maneira; ou, ainda, a rejeitar, seguindo os sacrílegos hereges, as tradições eclesiásticas, e inventar novidades, ou repelir qualquer das coisas consagradas à Igreja: o Evangelho, ou a figura da Cruz, ou a pintura de uma imagem, ou uma santa relíquia de um mártir; ou a excogitar deturpada e astutamente com o fim de transtornar algo das legitimas tradições da Igreja Católica; a empregar, ademais, em usos profanos os sagrados vasos ou os santos mosteiros, — se forem Bispos ou Clérigos, ordenamos que sejam depostos; se monges ou leigos, que sejam separados da comunhão. — Concilio de Nicéia, VII Ecumênico, contra os iconoclastas, ano de 787; D. 302 e 304).


SANTO OFÍCIO

Medida Contra as Obras do Pe. Teilhard de Chardin

O Pe. Teilhard de Chardin, S. J., falecido há poucos anos, adquiriu notoriedade nos meios científicos internacionais por seus conhecimentos e suas numerosas publicações a respeito de geologia e paleontologia. Esses trabalhos visam, sobretudo, uma explicação evolutiva do homem, enquadrado na "realidade cósmica universal".

Encontramos agora em nosso confrade de Barcelona, "Cruzado Español", edição de 1o de março p. p., a noticia de que a revista jesuíta canadense "Relations" e, posteriormente, as "Informations Catholiques Internationales", de Paris, publicaram o seguinte decreto do Santo Oficio, datado de 6 de dezembro de 1957:

"Os livros do Pe. T. de Chardin, S. J., devem ser retirados das bibliotecas dos Seminários e instituições religiosas; não podem ser postos à venda em livrarias católicas, e não é licito traduzi-los para outras línguas".


AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZAÇÕES

Prenunciam um grande futuro as relíquias do passado latino-americano

Plinio Corrêa de Oliveira

Comentando certa vez com redatores desta folha a enorme ignorância em que está a Europa acerca do progresso material do Brasil e da América Espanhola, um distinto intelectual francês chegou a dizer que a esse fato não eram alheias as maquinações dos adversários da Igreja. Com efeito, sendo ignoradas as esplendidas perspectivas que para esta se abrem com o crescimento dos países ibero-americanos, o público do mundo inteiro fica privado do conhecimento de um dos dados mais importantes da atualidade. Consiste este em que, se no dia de hoje a hegemonia do universo está sendo disputada entre anglo-saxões protestantes e comunistas eslavos, o dia de amanhã será certamente (sem objetivos de imperialismo político, étnico, e menos ainda econômico) da América do Sul.

De quanta glória para Deus poderá ser o luminoso advento desta parte do Novo Mundo, continuadora fiel de Portugal e da Espanha, supérfluo é dizê-lo. E explica-se que os inimigos da Igreja queiram desviar os olhos aflitos e extenuados dos católicos de hoje dessa alentadora e radiosa antevisão.

* * *

O comentário lúcido desse amigo francês poderia estender-se também à ignorância em que está o estrangeiro, de nossas verdadeiras tradições culturais. Se fossem conhecidas as obras-primas que a era colonial deixou em toda a América Latina, melhor se compreenderia, na contemplação dessas primícias culturais, que não é só um futuro de grandeza material que nos aguarda.

Se por exemplo na Europa conhecessem os trabalhos do Aleijadinho, veriam que fazem muito boa vista ao lado de conceituadas e famosas produções da arte francesa, italiana ou alemã.

Temos no alto desta página as figuras de Daniel e Ezequiel, em duas esplendidas estátuas da majestosa Catedral de Amiens: piedosas, naturais, dignas, afáveis, dão bem todo um aspecto da fisionomia moral tão rica e tão complexa dos Profetas.

Nos dois outros clichês, vemos Daniel e Ezequiel representados em admiráveis esculturas de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (Santuário do Bom Jesus, Congonhas do Campo, no Estado de Minas Gerais). O olhar de lince de Ezequiel parece transpor os séculos, analisando um futuro remoto, que seus lábios vigorosos estão prontos a anunciar para os homens.

Daniel, tão varonil quanto Ezequiel, tem entretanto uma fisionomia mais suave. Seu olhar meditativo parece fitar a paisagem sem vê-la, como se ela estivesse interceptada, numa zona ideal do espaço, por todo um mundo de visões augustas e piedosas que deslizam diante dele.

Não é exato que as obras-primas de nosso artista figuram muito bem, e até com honra, ao lado dos belos trabalhos da lindíssima Catedral francesa?