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FESTA DE GLÓRIA E DE PAZ

Erro funesto crer que afeto e respeito se excluem

(continuação)

outras que lhe são correlatas: honra, prestígio, decoro...

Seria interessante ler um jornal de há cem anos atrás, para ver o papel que tinham nas relações humanas — entre pessoas, famílias, grupos sociais ou nações — esses valores. Hoje, abra-se um jornal, e ver-se-á que o mais das vezes os homens se aliam ou se guerreiam por motivos bem outros: exportações, importações, divisas cambiais, tarifas e coisas congêneres.

Ora, diante desse mundo que hipertrofiou até o delírio a importância do que conduz à vida material farta, larga e segura, Nosso Senhor nos dá, por ocasião do Santo Natal, uma dupla lição da maior oportunidade.

Consideremos do ponto de vista da boa instalação na vida a Sagrada Família. Uma dinastia que perdeu o trono e a riqueza tem em São José um rebento que vive na pobreza. A Santíssima Virgem aceita esta situação com uma paz perfeita. Ambos se empenham em manter uma existência ordenada e composta nessa pobreza, porém suas mentes estão cheias, não de planos de ascensão econômica, de conforto e prazeres, mas de cogitações referentes a Deus Nosso Senhor. Para seu Filho, a Sagrada Família apresenta uma gruta para primeira morada e uma manjedoura por berço. Mas o Filho é o próprio Verbo Encarnado, para cujo nascimento a noite se ilumina, o Céu se abre e os Anjos cantam, e a Quem dos confins da terra vêm Reis cheios de sabedoria oferecer ouro, incenso e mirra...

Quanta pobreza, e quanta glória! Glória verdadeira porque não é “cotação” junto aos homens meramente utilitários e farisaicos de Jerusalém, que apreciam os outros segundo a medida de suas riquezas, mas uma glória que é como o reflexo da única verdadeira glória: a de Deus no mais alto dos Céus.

Costuma-se dizer que a pobreza da Sagrada Família em Belém nos ensina o desprendimento dos bens da terra, e isto é mil vezes verdade. Convém acrescentar, contudo, que há além disto no Santo Natal um alto e lúcido ensinamento sobre o valor dos bens do Céu e dos bens morais que são na terra como a figura dos bens celestes.

E, a este respeito, há talvez uma confusão a desfazer.

Deus criou o universo para sua glória extrínseca. Assim, todas as criaturas irracionais tendem inteiramente para a glorificação de Deus. E o homem, dotado de inteligência e livre arbítrio, tem obrigação de empregar as potências de sua alma, e todo o seu ser, para o mesmo fim. O seu fim último não consiste em viver gostosa, farta e despreocupadamente, mas em dar glória a Deus.

Ora, isto, o homem o alcança dispondo todos os seus atos interiores e externos de maneira a reconhecer e proclamar sempre as perfeições infinitas e o soberano poder do Criador.

Criado à imagem de Deus, ele Lhe dá glória procurando imitá-lo quanto possível à sua natureza de mera criatura.

E assim o próprio exercício do amor de Deus, à medida que nos vai assemelhando a Ele, também nos torna participantes de sua glória.

É o que explica o imenso respeito que os Santos sempre despertaram, mesmo nos que os odiavam e perseguiam. Uma simples cozinheira como a Beata Ana Maria Taigi, ao andar pelas ruas de Roma, impressionava os transeuntes por sua respeitabilidade. Em todas as aparições de Nossa Senhora, Ela se manifesta sumamente materna, amável e condescendente, mas ao mesmo tempo inexprimivelmente digna, respeitável, refulgente de régia majestade. Quanto a Nosso Senhor, fonte de toda santidade, que dizer? Tão condescendente, que chegou a lavar os pés aos Apóstolos! Mas tão infinitamente majestoso, que uma palavra sua prostrou de rosto em terra todos os soldados que vinham prendê-lo (cf. Jo. 18, 6).

Ora, Jesus Cristo é nosso modelo. Os Santos, que eximiamente O imitaram, o são também. E assim todo verdadeiro católico deve tender a uma alta respeitabilidade, a uma gravidade, a uma firmeza, a uma elevação que o deve distinguir da vulgaridade, da sordície, da extravagância de tudo quanto cai sob o domínio de Satanás.

E aí não se trata só de um esplendor decorrente do exercício da virtude. Todo poder vem de Deus (cf. Rom. 13, 1), o do Rei como o do nobre, do pai, do patrão ou do professor. E de algum modo o detentor de um cargo deve ser, enquanto tal, para os seus súditos, como que uma imagem de Deus. Há uma dignidade intrínseca de todo poder, que é um reflexo da majestade divina. Assim, numa sociedade cristã, o detentor de qualquer situação de relevo deve respeitar-se a si próprio em razão dessa situação. E deve transfundir esse respeito nos que com ele tratam. Dessa maneira, a sociedade temporal cristã é toda ela refulgente da glória de Deus. Ela a canta a seu modo, como também a canta com acentos inefáveis a sociedade espiritual, que é a Santa Igreja Católica, Apostólica e Romana. E aqui na terra a vida do homem é um prenúncio daquele cântico de glória que entoará no Céu pelos séculos sem fim.

* * *

Mas, dirá alguém, esse amor de cada qual a sua própria glória não será orgulho?

Bem entendidas as coisas, não e mil vezes não.

Se alguém ama a sua glória, e não a de Deus, nisto há orgulho. Se alguém ama a sua própria glória, não porque ela é um reflexo da glória de Deus, mas apenas porque é um meio de obter homenagens, exercer domínio sobre os outros, e dirigir a seu talante o curso dos fatos, nisto há orgulho. Mas se um homem deseja merecer o respeito do próximo só para que nisto seja Deus glorificado, mostra grandeza de alma e verdadeira humildade.

Bem sabemos que muitas vezes um orgulho subtil pode iludir uma pessoa, dando-lhe a impressão de que é por amor de Deus que procura uma glória que de fato só deseja por amor de si. Para obviar a esse risco infelizmente muito e muito real, é preciso rezar, frequentar os Sacramentos, meditar, mortificar-se, praticar exames de consciência rigorosos, sujeitar-se à direção espiritual. O remédio está no emprego desses meios eficacíssimos, e nunca em negar um princípio em si mesmo muito verdadeiro.

* * *

E a bondade? Não consiste ela em que a gente se “democratize”, se nivele com os que estão de baixo, para atrair seu amor?

Um dos erros mais funestos de nosso tempo está em imaginar que o respeito e o amor se excluem, e que um Rei, um pai, um professor será tanto mais amado quanto menos for respeitado. Ora, a verdade está no contrário. A alta respeitabilidade, sempre que esteja embebida num verdadeiro amor de Deus, só pode atrair a estima e a confiança dos homens retos. E quando isto não se dá, não é porque a respeitabilidade é muito alta, mas porque não tem seu fundamento no amor de Deus.

A solução não está em rebaixar, mas em sobrenaturalizar.

A dignidade verdadeiramente sobrenaturalizada se abaixa sem se rebaixar.

A dignidade egoística e vaidosa não quer e não sabe condescender conservando-se íntegra. Quando ela se sente forte, rebaixa os outros. Quando se sente fraca, por medo rebaixa-se a si mesma.

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IMAGINE-SE, pois, uma sociedade temporal toda impregnada dessa alta, majestosa e forte nobreza, reflexo da sublimidade de Deus. Uma sociedade em que tanta elevação estivesse indissoluvelmente ligada a uma imensa bondade, de tal maneira que, quanto mais crescessem a força e a majestade, tanto mais cresceriam a comiseração e a bondade. Que suavidade, que doçura — em uma palavra, que ordem! Que ordem, sim... e quanta paz. Pois o que é a paz senão a tranquilidade na ordem? (cf. Santo Agostinho, XIX De Civ. Dei, cap. 13).

A estagnação no erro e no mal, a concórdia com os soldados de Satanás, a aparente conciliação entre a luz e as trevas, por isto mesmo que conferem cidadania ao mal, só trazem desordem e geram uma tranquilidade que é a caricatura da verdadeira paz.

A paz verdadeira só existe entre os homens de boa vontade, que procuram de todo o coração a glória de Deus.

E por isto a mensagem de Natal liga uma coisa à outra:

“Glória a Deus no mais alto dos Céus, e na terra paz aos homens de boa vontade” (Lc. 2, 14).


Excelente método de educação litúrgica

D.A.C.

A Santa Missa Participada — Método simples de educação litúrgica": em opúsculo publicado sob esse título sugestivo, S. Excia. Revma. o Sr. D. Geraldo de Proença Sigaud, S. V. D., DD. Bispo de Jacarezinho, condensa a experiência pastoral de onze anos consagrados à divulgação, entre os fiéis de sua Diocese, de uma compreensão mais perfeita do augusto Sacrifício, e, consequentemente, de uma assistência mais ativa à sua celebração, que faça participar melhor da Santa Missa.

Há no trabalho uma parte catequética que constitui o primeiro capítulo, no qual são os fiéis instruídos acerca do Mistério do altar. Com muita clareza e real felicidade, S. Excia. Revma. se utiliza do sacrifício de Noé para introduzir o leitor no conhecimento das cinco partes da Ação eucarística: 1.°) Preparação dos fiéis pelo arrependimento, oração e instrução. Oferta da Missa a Deus (Noé, mulher, filhos nora preparam-se para o sacrifício); 2.°) Preparação e oferta do pão e do vinho a Deus (Noé prepara o altar, lava as vítimas as apresenta a Deus); 3.°) Consagração e oferta do Corpo Sangue do Salvador (Noé realiza o sacrifício); 4.°) Comunhão ou participação dos fiéis no banquete eucarístico (Noé, sob as ordens de Deus, assa as partes restantes da vítima e, com os seus, come daquela carne); 5.°) Ação de graças pelo Sacrifício e pela Comunhão (Noé e os seus agradecem a Deus o grande benefício).

O segundo capítulo expõe o método que vem sendo adotado, com muito fruto, na Diocese de Jacarezinho. Em plena conformidade com a Instrução da Sagrada Congregação dos Ritos, de 3 de setembro do ano findo (em cujo item 30 se lê: "Realiza-se o segundo modo de participação quando os fiéis participam do Sacrifício eucarístico cantando e recitando orações em comum"), este método harmoniza orações e cantos, ajustados uns e outros às partes do Sacrifício, de maneira que se elimina a monotonia com grande proveito para as funções religiosas populares. O opúsculo evita o escolho do exclusivismo, coisa que infelizmente nem sempre acontece com obras do gênero: "Nosso Método não tem a pretensão de monopólio da maneira de assistir à Missa. Aprovamos e recomendamos todos os métodos aprovados pela Santa Igreja: o missal, a meditação, o terço, cantos piedosos, etc." (p. 14).

O terceiro e último capítulo apresenta numerosos cantos apropriados para ativar a participação dos fiéis nas diversas partes da Missa. Encontram-se eles distribuídos segundo os vários ciclos litúrgicos.

Sem favor, estamos diante do melhor método popular de participação na Santa Missa de quantos conhecemos. Por isso felicitamos o seu Exmo. Autor, e fazemos votos de que sua obra venha a beneficiar muitas almas sequiosas de um melhor conhecimento do augusto Sacrifício de nossos altares.

(1) Editora Lar Católico, Juiz de Fora, MG, 1958, 79 pags.


ANO CATEQUÉTICO NA DIOCESE

Este ano de 1959, por conselho da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, está sendo consagrado em todo o País à intensificação e aperfeiçoamento da catequese.

Em nossa Diocese, o Conselho Diocesano da Doutrina Cristã promoveu três Semanas Catequéticas e programou vários tríduos, nas diversas regiões desta circunscrição eclesiástica.

A primeira dessas Semanas realizou-se de 12 a 17 de julho, em Natividade do Carangola, com a participação de elementos da zona norte fronteiriça de Minas Gerais. O planejamento a direção dos trabalhos estiveram a cargo da Revda. Irmã Zilda de Castro, Salesiana. A Semana constou de atos de piedade, como meditação e missa, de sessões de estudos e aulas práticas. Teve como resultado a reestruturação do ensino religioso na região, com o recrutamento de dezoito novos catequistas, a fundação de novos centros catequéticos na zona rural do Município de Natividade do Carangola, a constituição da Biblioteca do Catecismo e da Sala da Providência, esta última destinada a auxiliar o ensino a crianças pobres e a aquisição de material catequético.

A segunda Semana teve lugar, de 18 a 26 do mesmo mês, em Macaé, no outro extremo da Diocese, com programa semelhante ao da primeira e sob a presidência da mesma Irmã Zilda de Castro. A exemplo do que ocorreu em Natividade, esta Semana reanimou, e mais ainda, como que ressuscitou o ensino religioso nos institutos educacionais e nos bairros afastados da cidade.

A última Semana Catequética realizou-se em Campos, de 3 a 10 de outubro, com programa mais amplo. Constou de conferencias especiais para pais e Religiosas, de sessões de estudo, para professoras e catequistas do ensino primário, secundário, normal e profissional, de duas concentrações escolares (uma de crianças e outra de ginasianos e colegiais) e de três sessões solenes. Durante a Semana funcionou uma Exposição Catequética no Externato Eucarístico, sob a direção do Exmo. Revmo. Mons. Antonio Ribeiro do Rosário.

As conferencias para os pais, distribuídas pelas paróquias da cidade, foram organizadas pelos RR. Párocos e Padres Redentoristas. As concentrações realizaram-se nos pátios do Ginásio e Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora e foram dirigidas pelo Revmo. Pe. Gabriel Wijn, C. SS. R.

O local escolhido para as sessões de estudo foram os salões da Catedral. O Exmo. Revmo. Sr. Bispo Diocesano, D. Antonio de Castro Mayer, encarregou-se das conferencias às Religiosas e presidiu às concentrações e às sessões solenes, pronunciando a conferencia da sessão de abertura, após a saudação ao Santo Padre o Papa gloriosamente reinante, pelo catequista Dr. José de Oliveira Andrade.

Nas outras sessões solenes, os Srs. Orlando Fedeli e Carlos Alberto de Sá Moreira, ambos professores universitários de São Paulo, e a Sra. Dilce Pereira Machado, Presidente das Ex-alunas Salesianas, fizeram respectivamente as seguintes conferencias: "Problemas da formação religiosa nos cursos secundários", "A catequese do Santo Cura d'Ars na Encíclica de João XXIII e na Carta da Sagrada Congregação dos Seminários", e "Dom Bosco — Influxo e reflexo do seu sistema preventivo na formação e perseverança da vida cristã". Estas últimas sessões solenes apresentaram ainda duas palestras com projeções luminosas, de autoria do Prof. Carlos Alberto de Sá Moreira, sobre "As obras do Aleijadinho em Congonhas do Campo" e "São Francisco da Bahia".

Não queremos deixar sem registro a valiosa colaboração que prestaram às Semanas as catequistas D. Eunice Guimarães, D. Olivia Marins e D. Nise Codeço, bem como os corais do Ginásio e Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora e do Orfeão Santa Cecília, sob a direção do maestro Newton Perissé Duarte. A fim de consolidar os frutos alcançados em Macaé, a Revda. Madre Inspetora Salesiana permitiu que a Revda. Irmã Zilda de Castro volte mensalmente àquela cidade para se ocupar do curso de formação de catequistas.


Conferência do Exmo. Sr. Bispo Diocesano

A FORMAÇÃO CATÓLICA NO AMBIENTE CULTURAL E SOCIAL CONTEMPORÂNEO

Na sessão inaugural da Semana Catequética de Campos, o Exmo. Revmo. Sr. Bispo Diocesano pronunciou a seguinte conferencia, subordinada ao título "A formação católica no ambiente cultural e social de hoje":

A situação da sociedade atual em face da Religião parece-me muito bem representada, e de modo intuitivo, numa charge de um semanário italiano, em número do ano passado. De um lado figurava uma bomba de gasolina; do outro, um desses oratórios muito comuns nas esquinas das cidades antigas da Itália, em homenagem a Nossa Senhora, cuja imagem, sob o título do Bom Conselho, se encontrava num quadro envidraçado posto dentro do oratório. Embaixo da bomba de gasolina lia-se: Religião 1958; e sob o oratório: Religião 1858.

Aí estão dois símbolos que bem indicam o caminho percorrido nestes cem anos. Há um século, o homem do povo ainda cuidava seriamente da piedade; hoje não vale mais a pena erigir oratórios nos cruzamentos de vias públicas. A preocupação dominante é a felicidade terrena, figurada, muito a propósito, pela bomba de gasolina que lembra o dinheiro, os automóveis, os prazeres.

Naturalmente, a passagem do oratório para a bomba de gasolina não se fez num repente. Não foi uma transição abrupta. Não; a queda da humanidade, a infecção pelo espírito do mundo foi obra lenta e, por isso mesmo, profunda. Não se pense que o oratório e a bomba de gasolina são como a cor do vestido que varia, de um dia para o outro, de acordo com as circunstancias mais diversas, e muito superficiais. Não basta trocar uma coisa pela outra, edificar uma igreja em vez de construiu um cinema, para já se ter corrigido, emendado a situação religiosa do homem de hoje. Como a decadência se processou de maneira lenta e quase imperceptível, a não ser nas comparações de períodos distantes da história, assim a regeneração não se fará a marteladas, mas demanda um conhecimento exato das condições atuais para se procurarem os remédios que hão de ser aplicados. Para tanto, nada melhor do que examinarmos as causas que, pouco a pouco, foram alargando e aprofundando a fenda aberta no coração do homem, até levá-lo à presente indiferença prática em matéria de Religião. Teremos, assim, igualmente, um diagnóstico da situação da sociedade hodierna sob o aspecto religioso.

Como marco inicial dessa decadência, podemos assinalar o triunfo do liberalismo com as revoluções que se seguiram à queda do legitimismo francês em 1830. Com a ascensão de Luís Filipe, instalou-se na França, e depois um pouco por toda parte, o agnosticismo oficial. Até então, sem embargo das opressões, mais ou menos graves, que por vezes pesavam sobre as consciências dos povos em virtude dos desmandos governamentais, não se havia ainda cometido o pecado público oficial, com que o Estado se declara ostensivamente ignorante em matéria religiosa, desconhecendo na vida pública a existência e os direitos de Deus.

Naturalmente, o Estado não passou logo a perseguidor aberto das consciências. Mas firmou o princípio do qual, sem mais esforço, em virtude de seu próprio dinamismo, surgiria toda espécie de perseguições brancas, mais terríveis, nos seus efeitos, do que as sanguinolentas.

Entre as finalidades do bom governo, colocava Santo Tomás o bem espiritual dos súditos (cf. "De Regimine Principum", cap. 15). Em outras palavras, todas as medidas de ordem temporal tomadas pelos governos para melhorar a vida dos súditos deveriam, sempre e positivamente, favorecer a prática da virtude e da Religião, e assim auxiliá-los positiva, embora

(continua)