algo falso, contraditório ou aberrante. E se fosse ele obra de um falsário, dadas as maravilhas que encerra, seria o caso de se dizer: "Que genial e honesto falsário!" Ora, em ciência, a genialidade e a honestidade são características que se opõem ao torpe ofício de falsário.
Em meio a aplausos, Upinsky concluiu: "A escolha dos séculos XIII-XIV enquanto hipótese de trabalho para a determinação da origem do Santo Sudário conduz a absurdos tais que, a admiti-Ia, a ciência teria de renunciar à sua própria credibilidade. Ela tem valor apenas para demonstrar o absurdo que significaria querer tomar a Idade Média como época do aparecimento do Sudário".
No Simpósio de Paris, tratou-se também do modo, ainda misterioso, pelo qual a imagem do Crucificado se imprimiu no Sudário.
Ao centro o Dr. Lavoie (Estados Unidos) ao defender a ressurreição de Cristo expressa pela imagem gravada no Santo Sudario de Turim.
O Dr. Gilbert Lavoie (Estados Unidos), doutor em Medicina e presidente do West Roxbury Medical Associates, apresentou resultados impressionantes de estudos feitos da imagem impressa sobre o Sudário. Sua exímia exposição demonstrava cabalmente que o homem ali representado:
a) morreu em posição vertical de crucifixão;
b) a imagem não pode ter sido formada por nenhum mecanismo tendo por origem um processo de contacto;
c) as manchas de sangue e a formação do vulto daquele homem foram causadas em dois momentos diferentes. O Dr. Lavoie mostrou como os músculos arredondados daquele cadáver - e não achatados, como seriam os de um corpo deitado - bem como a posição distendida dos pés, indicam que aquela imagem foi formada num momento em que o corpo estava alçado, como que suspendido, e não deitado, como se poderia pensar. "Não tenho dúvida de que essa imagem, com tais características, SÓ pode ter sido formada sobre o Sudário no momento da Ressurreição", concluiu, entusiasticamente aplaudido, o Dr. Lavoie.
Quatro cientistas italianos e um norte-americano apresentaram conclusões sobre a formação da imagem no Sudário. Alguns deles dedicam-se há mais de 47 anos a essas experiências.
Mano Moroni (Itália), especialista em eletrônica, demonstrou ser impossível obter uma imagem como a que se encontra no Sudário, pela liberação de calor do corpo humano.
O Dr. Eberhard Lindner (Alemanha) contesta os resultados da análise feita com o Carbono-14, e afirma que a ressurreição do homem ali representado fica provada com as análises já feitas até agora pelos vários ramos da ciência que se ocupam tão detidamente do Sudário.
A que resultado chegou o "Simpósio Científico Internacional de Paris", após a apresentação das numerosas considerações de peritos de variados ramos da ciência, pesquisadores incansáveis que ao longo dos anos vêm tentando desvendar todas as maravilhas contidas no Santo Sudário de Turim?
O teste do ano passado, utilizando o Carbono-14, foi categoricamente rejeitado pela quase totalidade dos participantes. O prof. Mike Tite e seu parceiro francês, Jacques Evin, embora tratados com a cordialidade de praxe pelos colegas durante os debates, não tiveram no Congresso senão o lugar incômodo reservado aos contestatários, que pouco podem fazer para sustentar seu atrevimento. Eles não ousaram sequer criticar nenhum dos milhares de testes feitos com o Santo Sudário e que concluem por sua indiscutível autenticidade.
Segundo o "Daily Telegraph", de Londres, de 25 de março deste ano, quarenta e cinco homens de negócios e "amigos ricos" ofertaram ao Prof. Edward Hall - um dos cientistas que dirigiu a presumida análise do Santo Sudário pelo método do Carbono-14 - um milhão de libras esterlinas por seus serviços, especialmente por ter "demonstrado, no último ano, que o sudário de Turim era uma falsificação medieval". O dinheiro foi entregue numa data bastante significativa: Sexta-Feira Santa, dia 24 de março!
Esse é um presente insólito, ainda mais se considerarmos que as cadeiras de ciência em Oxford estão sendo suprimidas uma depois da outra por falta de verba.
Hall afirmou que usará o dinheiro para criar uma nova cadeira de ciência arqueológica, em benefício precisamente do... Dr. Michael Tite, o cientista que exerceu o principal papel "no desmascaramento do Sudário de Turim" e tentou se defender, em vão, no encontro científico de Paris.
(Extraído de THE CATHOLIC COUNTER-REFORMATION, Morden, Inglaterra, junho-1989).
"O Senhor Deus tinha plantado, desde o princípio, um paraíso de delícias, no qual pôs o homem que tinha formado. E o Senhor Deus tinha produzido da terra toda a casta de árvores formosas à vista, e de frutos doces para comer; e a árvore da vida no meio do paraíso, e a árvore da ciência do bem e do mal" (1).
"Adão e Eva, no Paraíso Terrestre, cometeram uma gravíssima desobediência.
"Comei, disse-lhes Deus, de todos os frutos que quiserdes, mas não toqueis nos frutos da árvore da ciência do bem e do mal. No dia em que os comerdes, morrereis'. O demônio, que tinha sido expulso do céu por soberba, e condenado para sempre ao inferno, levado pela inveja de que outros fossem gozar a felicidade que ele perdera, tomou a forma de uma serpente e disse a Eva: 'Por que não comeis do fruto desta árvore?' Ela respondeu: 'Porque Deus o proibiu, sob pena de morte'. 'Não, replicou a astuta serpente, não morrereis; pelo contrário, assim que o comerdes, tornar-vos-eis semelhantes a Deus, conhecendo, como Ele, o bem e o mal'. A mulher, seduzida por tais palavras, comeu o fruto proibido; em seguida correu levar do fruto ao companheiro, o qual seguiu o seu exemplo" (2).
"No mesmo instante tudo mudou aos olhos de nossos progenitores; o remorso começou a atormentá-los.
Reparando que estavam desvestidos, correram, envergonhados, à procura de folhas de figueira para se cobrirem; e esconderam-se entre as árvores do jardim.
"Imediatamente Deus se fez ouvir: 'Adão, Adão, onde estás?' Ele respondeu: 'Estou escondido, Senhor, porque não ouso comparecer à tua presença'. E Deus disse: 'Por que temes a minha presença, senão por que comeste do fruto proibido?' Replicou Adão: 'Eva, que me deste por companheira, trouxe-me daquele fruto e eu o comi'. Eva escusou-se dizendo: 'Comi do fruto daquela árvore, enganada pela serpente'. Deus, vendo que, após o pecado, ainda procuravam atribuir a culpa um ao outro, pronunciou esta terrível sentença, primeiro contra a serpente": (3).
"Pois que fizeste isto, és maldita entre todos os animais e bestas da terra . .... Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela. Ela te pisará a cabeça, e tu armarás traições ao seu calcanhar''' (4).
Os autores espirituais veem, nesta mulher que esmaga cabeça da serpente, uma profecia a respeito de Nossa Senhora. E São Luis Maria Grignion de Montfort, comentando esta mesma passagem, diz: —Deus não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem e a posteridade do demônio" ("Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem", Vozes, Petrópolis, 1961, 6' ed., p. 56).
"Disse também à mulher: 'Multiplicarei os teus trabalhos, e (especialmente os de) teus partos. Darás à luz com dor os filhos, e estarás sob o poder do marido, e ele te dominará'.
"E disse a Adão: 'Porque deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore, de que eu te tinha ordenado que não comesses, a terra será maldita por tua causa; tirarás dela o sustento com trabalhos penosos todos os dias de tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra, de que foste tomado; porque tu és pó, e em pó te hás de tornar" (5).
A Anunciação - Fra Angélico (detalhe da expulsão de Adão e Eva do Paraíso), Museu do Prado, Madri
"Em seguida, Deus vestiu Adão e Eva de peles de animais e expulsou-os do Paraíso. À porta do jardim colocou um anjo, armado de uma espada chamejante, para lhes vedar a entrada.
"Por esta grave desobediência nossos primeiros pais caíram na desgraça de Deus, e com eles toda a sua descendência.
Mas Deus não quis abandonar o gênero humano na perdição merecida. Depois da queda de Adão e Eva, prometeu que nasceria da mulher Aquele que viria esmagar a cabeça da serpente, isto é, do demônio. Era o Messias prometido, um Redentor, por cuja mediação todos os homens pudessem readquirir o direito à vida eterna" (6).