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INFORMATIVO RURAL

Movimento ambientalista é uma fraude

O Brasil não produz hoje a metade da borracha natural que consome. Gastamos 412 mil toneladas e produzimos apenas 193 mil toneladas de florestas plantadas. Menos de 1% da produção nacional vem do extrativismo dos seringais nativos. Nesse sentido, podemos dizer que o movimento ambientalista brasileiro constitui uma fraude. Nos anos de 1980, os seus ecólatras fizeram o mundo acreditar que o extrativismo representava o futuro da Amazônia. Era mentira. (Cfr. matéria do "Canal Rural", publicada em 25-12-16: Setor de borracha no Brasil busca autossuficiência da produção.

(Cfr.http://www.codigoflorestal.com/2017/01/o-movimento-ambientalista-brasileiro).

"Quem vai pagar esta conta?"

A pergunta em epígrafe foi feita ao ministro da Agricultura Blairo Maggi (foto), em Marrakesh. Para ele, os agricultores e pecuaristas brasileiros são atores que podem ajudar o meio ambiente, mas devem ser compensados. Aos produtores rurais cabe a tarefa de reflorestar 12 milhões de hectares e recuperar 15 milhões de pastagens degradadas, com vistas a melhorar a eficiência da pecuária e evitar novos desmatamentos. Cabe-lhes também ampliar a área de plantio direto e reduzir o uso de nitrogênio nos adubos pela inoculação de rizobiuns nas gramíneas, disse o ministro, que calcula em cerca de US$ 40 bilhões o custo das intenções previstas no Acordo de Paris. "Quem vai pagar esta conta?" – questiona Blairo Maggi –, acrescentando que os agricultores do Brasil fornecem alimentos a mais de um bilhão de pessoas utilizando apenas 8% do território nacional para plantio e 19,7% para pecuária, e ainda preservam às suas custas 11% do território brasileiro em suas propriedades.

(Cfr.https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Sustentabilidade/noticia/2016/11/acordodo-clima-vai-custar-us-40-bilhoes-ao-brasil-diz-maggi.html).

Neve no Saara. Resfriamento global?

Boa parte do Hemisfério Norte ficou coberta de neve no fim de ano. Mas, o que dizer do deserto do Saara? Também uma região dele ficou coberta, 37 anos depois! Segundo noticiou o jornal inglês "Daily Mail", na tarde de segunda-feira, 19 de dezembro de 2016, voltou a nevar no deserto africano. O fotógrafo amador Karim Bouchetata registrou o fenômeno na região de Ain Sefra (Argélia), situada a mil metros do nível do mar. A neve caiu por cerca de meia hora. O fenômeno havia sido visto pela última vez também em Ain Sefra, conhecida como Portão do Deserto, em fevereiro de 1979.

Indústria de invasão indígena

O vereador indígena Aguilera de Souza, de Dourados (MS), defende que a Polícia Federal investigue quem está por trás das invasões de áreas nas imediações da Reserva Indígena e alerta as autoridades sobre a presença de estranhos. Ele classificou ainda como "muito importantes" as denúncias feitas pelo cacique guarani Renato Machado, uma das principais lideranças da Reserva Indígena de Dourados, sobre manipulação nas invasões de propriedades vizinhas às aldeias. "Li a matéria antes de sair de casa e posso afirmar que essa situação preocupa muito as famílias da Reserva Indígena de Dourados, mesmo porque não concordamos com essas ocupações", enfatizou Aguilera, em entrevista por telefone. Durante sessão da Câmara Municipal, o vereador ocupou a tribuna para cobrar uma investigação séria da Polícia Federal (PF) sobre a presença de famílias indígenas de outros municípios, e até de outras etnias, nas invasões de áreas particulares em Dourados. Disse ele: "A Polícia Federal precisa investigar isso, porque essas pessoas vêm de outras localidades e acabam passando para a sociedade a impressão de que tais ocupações estão partindo das famílias indígenas de Dourados".

Agronegócio sustenta maior superávit da história da balança

A balança comercial do Brasil teve o maior resultado positivo da história em 2016. Com sete produtos entre os dez mais exportados pelo País durante o ano, o campo teve participação decisiva no maior superávit registrado pela balança comercial brasileira desde o início da série histórica, em 1989.

No último ano, a diferença entre as exportações e importações ficou em US$ 47,7 bilhões (o recorde anterior havia sido obtido em 2006, com US$ 46,4 bilhões).

Em parte, o saldo é consequência da recessão econômica no Brasil e do dólar em alta, que levaram a uma queda de 20,1% nas importações. Por outro lado, a moeda americana valorizada evitou um tombo maior nas exportações e a receita caiu apenas 3,5%, com destaque para a soja, que ganha pelo montante e continua sendo a campeã do comércio exterior (as vendas da oleaginosa renderam US$ 19,3 bilhões); e para o açúcar também, cujas exportações cresceram 40,35% em receita, totalizando US$ 8,3 bilhões.

Ao todo, o montante exportado pelo Brasil em 2016 foi de US$ 185,2 bilhões e as importações ficaram em US$ 137,5 bilhões, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). (Fonte: "Gazeta do Povo", 3-1-17).

Salvação com nova lavoura

Após os contratempos climáticos de 2016, o Brasil deverá ter safra recorde de grãos este ano. O agronegócio pode, assim, crescer o triplo do esperado para a atividade econômica em geral (0,5% a 0,7%), estimam economistas, ajudando o PIB do País a ficar positivo em 2017.

A expectativa de uma safra recorde levou economistas a apostarem no agronegócio como a salvação para que a economia brasileira não amargue o terceiro ano sem crescimento no ano que se inicia.

De acordo com o Banco Santander, o setor deve ser responsável por metade do magro crescimento econômico previsto para o País em 2017, de 0,7% nas contas do banco (o mercado espera 0,5%). O PIB do agronegócio, que representa quase um quarto (22%) do PIB nacional, deve crescer 2%, quase três vezes mais, segundo a CNA. Só o PIB agropecuário, que tem peso menor na economia, de 5%, deve crescer 4,2% este ano, depois de cair 6 % em 2016, segundo projeções do Santander. (Fonte: Daiane Costa, "O Globo", 4-1-17).

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