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ostentando o mesmo grau de imoralidade das demais. As chamadas musas do carnaval exibem-se escandalosamente, conscientes de que assim satisfazem os desejos baixos da maioria do público ali presente. Quem vai ao carnaval vai atrás disso...

De nada adianta dizer que a Escola de Samba Unidos da Vila Maria fará uma como que "bolha moralizada" (moralizada?), que só existirá junto à imagem, e não no carnaval que se desenrolará em torno dela. Alegar essa "atenuante" não passa de uma imensa hipocrisia.

Seria algo como levar a imagem a uma praia nudista, garantindo que os que a carregarem não estarão nus. Por aí vemos o insustentável dessa autorização absurda, que põe à sombra a imoralidade gigantesca reinante nesses eventos, à qual se soma o consumo de drogas, destemperos sexuais, bebedeiras desenfreadas, numa atmosfera de bacanal.

Mas não é só isso. Há uma enorme agravante, no caso. Ficará a impressão extremamente danosa para os católicos, e mesmo para os não católicos, de que a Igreja já não censura a imoralidade carnavalesca. E que tudo aquilo que acontece no Sambódromo não é mais considerado uma grave ofensa a Deus e a Nossa Senhora. Portanto, o carnaval tal como vemos hoje, com suas cenas de nudez e imoralidade, não tem nada de mais.

Ora, é evidente que esse endosso eclesiástico ao carnaval vai estimular a ousadia rumo ao nudismo total. E nas ruas, e até mesmo dentro das igrejas, como infelizmente estamos vendo, o despudor irá aumentar ainda mais.

É francamente inacreditável que a maioria dos pastores de almas não dê importância a isso. Há não sei quantos anos a omissão deles em relação à progressiva imoralidade do carnaval e dos trajes civis vem chamando a atenção.

No que dará isso? Dará na estatística que a revista "Carta Capital" publicou em novembro último: a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil!

O estupro é uma coisa abominável e deve ser severamente punido. Mas a culpa é só dos estupradores? A atração exercida pela maneira provocativa de certas modas não tem também responsabilidade nisso? Uma vez que o senso moral e religioso está desaparecendo, o que deterá as pessoas que não põem freio a seus instintos baixos?

Imaginemos que aparecesse a moda de, durante a noite, as casas ficarem com as portas visivelmente abertas. Haveria espanto em se constatar um aumento de roubos nelas?

Na lógica dessa argumentação, esse imenso pecado de permitir a condução ao Sambódromo de uma imagem sacrossanta de nossa Rainha e Padroeira é próprio a acarretar consequências imprevisíveis, caso os brasileiros não reajam à altura.

Houve tempo em que nós, católicos, éramos 97% dos brasileiros. Hoje, por causa da crise pós Concílio Vaticano II, minguamos para o pífio índice de 50%.

Como consequência, agora há ambiente para se fazer o que há 10 ou 20 anos era inimaginável: expor Nossa Senhora ao vilipêndio de desfilar num bloco de carnaval, e assim jogar lama na aura de santidade e respeitabilidade d’Aquela que foi a tal ponto pura, que foi Virgem antes, durante e depois do parto.

Voltemo-nos a Ela e peçamos que tenha compaixão do Brasil e dos brasileiros inconformes com esse sacrílego vilipêndio, que já começaram a protestar.#

P.S.: Quem desejar participar desse protesto, pode fazê-lo por meio do site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira:
https://ipco.org.br/ipco/51644-2/#.WJqgdTsrK9I.