CAPA
Presença diabólica no mundo de hoje
Plinio Maria Solimeo
Em nosso mundo cada vez mais paganizado, cresce deploravelmente o número dos que procuram uma solução para seus problemas nas forças ocultas e na superstição. Abandonando o verdadeiro Deus e as graças que Ele nos concede, esses desajustados vão atrás dos falsos recursos que, na linguagem de São Paulo, são demônios.
O Pe. Luis Escobar, exorcista da diocese de Rancágua, no Chile, explica “não ser errado afirmar hoje que padecemos uma ação muito furiosa do demônio no mundo. Como o demônio não é onipotente, ele utiliza as estruturas humanas para suas ações, como oprimir, violentar, destruir”.1
Ou seja, como diz o Exorcismo do Papa Leão XIII: “O dragão maldito transvasou, como rio imundíssimo, o veneno de sua iniquidade em homens depravados de mente e corruptos de coração; incutiu-lhes o espírito de mentira, impiedade, blasfêmia, e seu hálito mortífero de luxúria, de todos os vícios e iniquidades” para seus funestos desígnios.
A presença do Maligno em nosso continente é muito comum nos cultos indígenas e afros. Por isso o exorcista Mons. Lars Messeschmidt, Vigário-Geral de Copenhague, na Dinamarca, afirma: “Meus colegas espanhóis disseram-me que há muitas pessoas na América Latina necessitadas de exorcismo [por estarem sob a ação do demônio]. Isso porque mesclam o Cristianismo com as suas antigas crenças nativas. Esse coquetel religioso é demoníaco”. Ele se refere à magia negra, ao candomblé, à macumba, ao tarô etc., hoje tão comuns no Brasil.
Como se pode ficar sob a ação do demônio nesses cultos? Responde Mons. Lars: “Há duas razões. A primeira é que quando se faz algo insensato, abre-se a porta para a atividade demoníaca: cura alternativa, questões da Nova Era (New Age), clarividência ou cartas de tarô. Essa é a porta que dá acesso ao mundo do oculto, e esse é o mundo dos demônios. [...] O abuso de drogas ou sexo também abre a porta para o diabo”.2
Práticas que o demônio incentiva para agarrar as pessoas
Diz um ditado popular que “bobo é cavalo do demônio”. E isso nunca foi tão certo, pois, por
(continua)