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EXCERTOS

Lourdes – 1858-2018

Plinio Corrêa de Oliveira

Em memória do 160º aniversário das aparições de Nossa Senhora a Santa Bernadette em Lourdes, reproduzimos a seguir trecho de uma conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em 10 de fevereiro de 1965, sem sua revisão.

Nossa Senhora de Lourdes desejou ser conhecida enquanto sumamente benfazeja. Assim, sugiro pensarmos numa grande graça para pedir a Ela. Devemos ser ousados em nossas orações, pedir coisas arrojadas, não coisas insensatas, e pedir com muita insistência. Por exemplo, pedir uma graça que diga respeito à santificação, e depois algo que se queira de temporal, mas que Ela nos conceda se for para o bem de nossas almas. Isso nos leva a refletir no panorama de nossa vida espiritual, a ter uma visão de nós mesmos e de nossas atividades.

Na igreja do Sagrado Coração de Jesus [na capital paulista] há uma gruta com uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes [foto]. Não é uma imagem qualquer, é a própria imagem que era venerada na Basílica de Lourdes, na França, antes da imagem atual, segundo documento [foto] guardado na igreja. Portanto, essa imagem constitui um elo entre Lourdes e o Brasil.

Nunca devemos nos esquecer de que no Evangelho as doenças do corpo são tratadas como sendo símbolos de doenças da alma. Assim como alguns sofrem paralisia do corpo, outros sofrem paralisia de alma; alguns sofrem de cegueira no corpo, outros na alma; surdez, mudez e outras enfermidades. Se tivermos defeitos de alma que desejamos corrigir, seria o momento adequado de os levarmos àquela gruta de Nossa Senhora de Lourdes e pedir a Ela que nos cure.

Isso tem muita razão de ser, pois se a Virgem Santíssima deseja tanto curar corpos perecíveis e mortais, quanto mais desejará curar almas imperecíveis e imortais. Nosso Senhor Jesus Cristo não veio à Terra para salvar corpos, veio para salvar almas.

Nossos pedidos não podem deixar de ser muito gratos a Ela. Pedidos feitos para nós ou por outrem; por alguém a quem desejamos fazer um bem; por uma alma cujas dificuldades nos amedrontam; por um amigo cujas aflições, tentações ou perigos constituem para nós uma fonte de preocupação.