EXCERTOS
Santo Elias
A espada e o escudo da verdadeira fé
Plinio Corrêa de Oliveira
Nos dias 16 e 20 de julho, celebram-se respectivamente as festividades de Nossa Senhora do Carmo e do Profeta Elias, fundador da Ordem carmelitana. Para marcar essas memoráveis datas, transcrevemos algumas considerações do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em uma conferência de 20-7-67.
Celebramos hoje a festa de Santo Elias. Ele constituiu a primeira Ordem religiosa que houve na História, cujos membros moravam no Monte Carmelo [nas proximidades de Jerusalém].
A Ordem do Carmo tem como finalidade principal propagar o culto a Nossa Senhora. No seu nascimento, combatia também o politeísmo na nação judaica. Os seguidores de Santo Elias eram a espada e o escudo da verdadeira fé.
Elias pode ser considerado o príncipe dos profetas, porque teve um papel maior que todos os outros. Converteu mais gente, atuou mais profundamente no povo judeu, do qual foi um verdadeiro condutor, salvou a nação eleita da ruína e lutou contra os erros do seu tempo. Num momento em que a nação estava completamente deteriorada, a Providência o escolheu para comunicar seu espírito a uma Ordem de religiosos, e a partir dela a toda a nação eleita. Foi escolhido para dirigir o povo de Deus naquele momento de hecatombe, e concentrou em si todo o espírito que Deus queria conceder à nação judaica para que ela ressurgisse.
Elias foi o primeiro a considerar a devoção a Nossa Senhora, simbolizada na nuvenzinha que surgiu no alto do Monte Carmelo, e que se transformou numa nuvem enorme, dando origem a uma chuva que salvou o povo de Deus da miséria. Nossa Senhora é simbolizada pela nuvem, e o Messias é simbolizado pela chuva.
Devemos pedir a Santo Elias um aumento de nossa devoção a Nossa Senhora, pois assim alcançaremos a felicidade celeste. Quanto à felicidade terrena, só uma é verdadeira: conhecer a finalidade para a qual nascemos, segundo os planos de Deus, e realizar essa finalidade.
LEGENDA:
Imagem de Santo Elias na igreja de São José, Madri