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POR QUE O NOSSO MUNDO POBRE E IGUALITÁRIO SE EMPOLGOU COM O FAUSTO E A MAJESTADE DA COROAÇÃO?

Plinio Corrêa de Oliveira

Por ocasião da posse do General Eisenhower no cargo de Presidente da República dos Estados Unidos, escrevemos algumas considerações que despertaram interesse entre os leitores de CATOLICISMO. Prometemos, então, analisar igualmente as cerimônias da coroação da Rainha da Inglaterra, Elisabeth II. É deste compromisso que nos vimos desobrigar.

MONOGRAFIA SOCIAL DE PALPITANTE INTERESSE

A esplêndida cerimônia proporcionou uma visão de conjunto - num plano simbólico apenas, mas que precisamente por ser simbólico traduz melhor do que qualquer outro alguns aspectos da realidade - da Inglaterra com tudo quanto ela é, possui e pode nos dias de hoje. As instituições inglesas, seu significado íntimo, seu passado, suas presentes condições de existência, as tendências com que caminham para o futuro, a situação atual da Grã Bretanha na Commonwealth e no mundo, as perspectivas favoráveis e também as brumas espessas que se delineiam para ela nos horizontes diplomáticos, tudo enfim se refletiu de algum modo na coroação, e nas cerimônias que a antecederam e seguiram. Há pois em todas estas uma tal riqueza de aspectos, capaz cada um, de despertar tantas considerações, que não seria demais se uma equipe de especialistas, nesta época de investigações sociológicas, consagrasse às cerimônias, manifestações e solenidades de que a coroação foi o ponto central, um inquérito acurado, que formaria por certo alguns grossos volumes.

Nossas aspirações, evidentemente, têm de ser mais limitadas. Não queremos tratar de todos os aspectos das festas da coroação, e nem sequer intentamos enumerá-los. Queremos considerar tão somente uma faceta deste vasto assunto.

Efetuada a coroação, a Rainha se dirige, com seu séquito para a porta da Abadia de Westminster, onde é aguardada por uma imensa multidão fremente de entusiasmo. A jovem Soberana é precedida por quatro pajens, depois dos quais vem o Grande Camareiro, ladeado por dois Pares do Reino. A cauda do manto real é carregada por seis jovens da nobreza. Segue após a Camareira Mor, acompanhada por um pajem. No cortejo, cada pessoa tem uma função, uma situação hierárquica, uma dignidade própria. Não se trata do cortejo de um déspota pagão, no qual só figuram escravos carregados de algemas. A Inglaterra medieval, da qual datam as cerimônias de coroação, era católica e concebia o poder do Estado, representado pelo Rei, como a garantia de todas as preeminências legítimas. O paganismo moderno concebe-o como um rolo compressor que tudo nivela e arrasa.

A IGUALDADE, ÍDOLO DE NOSSO SÉCULO

Em todos os domínios da vida hodierna se manifesta a influência avassaladora do espírito de igualdade. Outrora, a virtude, o berço, o sexo, a educação, a cultura, a idade, o gênero de profissão, as posses, outras circunstâncias ainda, modelavam e matizavam a sociedade humana com a variedade e a riqueza de mil relevos e coloridos, influíam de todas as maneiras nas relações entre os homens, marcavam a fundo as leis, as instituições, as atividades intelectuais, os costumes, a economia, e comunicavam a toda a atmosfera da vida pública e particular uma nota de hierarquia, de respeito, de gravidade. Nisto estava um dos traços espirituais mais profundos e típicos da sociedade cristã. Haveria exagero em se afirmar que hoje todos estes relevos e matizes foram abolidos. Seria entretanto impossível não reconhecer que muitos desapareceram de todo, e que os poucos que restam vão minguando e desbotando dia a dia.

Sem dúvida, a vida é uma transformação constante de tudo quanto não é perene. Que muitos dos matizes de outrora desaparecessem, e outros se formassem, seria normal. Mas em nossos dias não há por assim dizer uma só transformação que não tenha por efeito um nivelamento, que não favoreça direta ou indiretamente o caminhar da sociedade humana para um estado de coisas absolutamente igualitário. E quando os de baixo relaxam a “poussée” igualitária, são os de cima que se encarregam de a levar por diante. Este fenômeno não está circunscrito a uma nação, nem a um continente, e parece impelido por um vento que sopra no mundo inteiro. O tufão nivelador retifica aqui e acolá - na Ásia, por exemplo, e em certas regiões hipercapitalistas do Ocidente - abusos intoleráveis, impondo em outros lugares mudanças admissíveis, destruindo em outros, enfim, direitos incontestáveis e ferindo a fundo a própria ordem natural das coisas. Em todos estes casos, porém, o que importa notar é que este tufão igualitário, de amplitude cósmica, não cessa de soprar. Feita uma reforma justa, ele tende a continuar sua faina niveladora e passar para o que é duvidosamente justo, e uma vez atingido este ponto, entra com ímpeto crescente para o terreno do que é francamente injusto. Esta sede de igualdade só se sacia no nivelamento completo, total, absoluto. A igualdade é a meta para a qual tendem as aspirações das massas, a mística que governa a ação de quase todos os homens, o ídolo sob cuja égide a humanidade espera encontrar a idade de ouro.

UM FATO DESCONCERTANTE: A POPULARIDADE DA COROAÇÃO

Ora, enquanto este tufão sopra com uma força sem precedentes, em pleno desenvolvimento deste imenso processus mundial, uma Rainha é coroada segundo ritos inspirados por uma mentalidade absolutamente anti-igualitária. Este fato não irrita, não provoca protestos, e pelo contrário é recebido com uma imensa onda de simpatia popular. O mundo inteiro festejou a coroação da jovem soberana inglesa, quase como se as tradições que ela representa fossem um valor comum a todos os povos. De toda a parte afluíram para Londres pessoas desejosas de se embevecer com espetáculo tão anti-moderno. Diante de todos os aparelhos de televisão, se aglomeraram ávidos, sedentos de ver a cerimônia, homens, mulheres, crianças de todas as nações, falando todas as línguas, exercendo as mais variadas profissões, e, o que é mais extraordinário, professando as mais diversas opiniões. Neste imenso movimento de alma da humanidade contemporânea, há algo de surpreendente, de contraditório, de desconcertante talvez, que exige uma análise detida. E é este o objeto do nosso estudo.

ALGUMAS EXPLICAÇÕES

Este fato chamou a atenção de diversos comentaristas, que propuseram algumas explicações. Uns lembraram que, à medida que a igualitarização se alastra e os reis se vão fazendo raros, uma coroação também se vai tornando mais singular, mais estranha, mais interessante. Outros, mal satisfeitos com estas razões, procuraram motivo diverso. A beleza das cerimônias, consideradas em seu aspecto meramente estético, atrairia a atenção dos amadores do gênero. A debilidade destas explicações é óbvia. Tudo, no noticiário da coroação, demonstrou que as massas se comoveram com ela, não por um simples impulso de curiosidade, para ver a reconstituição de uma cena histórica ou o desenrolar de um espetáculo artístico, mas por um imenso movimento de admiração quase religiosa, de simpatia, de ternura mesmo, que envolveu não só a jovem Rainha, mas tudo aquilo que ela e a instituição monárquica da Inglaterra simbolizam. Se a coroação tivesse sido para os que a viram um simples espetáculo histórico, uma mera curiosidade artística, que tão bem ou melhor poderia ter sido apresentada por atores profissionais, como explicar o frêmito de alegria, o renovar de esperanças de um porvir melhor, as manifestações apoteóticas, as aclamações sem fim, dos dias da coroação ?

O Sr. Menotti del Picchia aventou outra explicação. O homem mostrou em todos os tempos, em todos os lugares, uma fraqueza: o gosto pelas honrarias, pelas distinções, pela gala. Ora, o igualitarismo racional e austero de nossos dias não alimenta em nada esta fraqueza. E, assim, quando uma oportunidade como a coroação a isto dá ensejo, o homem sente todo o deleite que a satisfação de suas fraquezas costuma proporcionar-lhe.

A nosso ver, há muita ganga nesta opinião, mas há também um filão de ouro. O filão está em reconhecer que há na natureza humana uma tendência profunda, permanente, vigorosa, para o que é gala, honraria, distinção, e que o igualitarismo hodierno comprime esta tendência, gerando uma nostalgia profunda que explode sempre que para isto encontra uma ocasião. A ganga está em considerar esta tendência uma fraqueza. Que o gosto pelas honrarias e pelas distinções dê origem a muitas manifestações da pequenez humana, não há quem o negue. Deduzir daí que este gosto seja em si mesmo uma fraqueza, que erro! Como se a fome, a sede, o desejo de repouso, e tantas outras tendências naturais ao homem, e em si muito legítimas, devessem ser consideradas más, errôneas, ridículas, pelo simples fato de que dão ocasião a excessos e mesmo a crimes sem conta! Até os sentimentos mais nobres do homem podem levá-lo a fraquezas. Não há sentimento mais respeitável do que o amor materno. Entretanto, a quantos erros pode conduzir, a quantos já tem conduzido, a quantos ainda, conduzirá de futuro...

UMA VIRTUDE ESSENCIAL: O BRIO

O gosto do homem pelas honrarias, pelas distinções, pela solenidade, não é senão a manifestação do instinto de sociabilidade, tão inerente à nossa natureza, tão justo em si mesmo, tão sábio quanto qualquer outro dos instintos com que Deus nos dotou.

Nossa natureza nos leva a viver em sociedade com outros homens. Mas ela não se contenta com um convívio qualquer. Para as pessoas de uma estrutura de espírito reta, e portanto feita exceção dos excêntricos, dos atrabiliários, dos nevropatas, o convívio humano só realiza perfeitamente seus objetivos naturais quando baseado no conhecimento e na compreensão recíproca, e quando desse conhecimento e compreensão nasce a estima, a amizade. Em outros termos, o instinto de sociabilidade pede, não um convívio humano baseado em equívocos, eriçado de incompreensões e de atritos, mas uma contextura de relações pacíficas, harmoniosas e amenas.

Antes de tudo, queremos ser conhecidos pelo que efetivamente somos. Um homem que tenha qualidades tende naturalmente a manifestá-las, e deseja que essas qualidades lhe granjeiem a estima e a consideração do meio em que vive. Um cantor, por exemplo, tende a fazer-se ouvir, e a despertar no auditório o gosto que as qualidades de sua voz merecem. Pela mesma razão, tende um pintor a expor suas telas, um escritor a publicar seus trabalhos, um homem culto a comunicar o que sabe, etc. E por motivo análogo enfim o homem virtuoso se preza em ser havido por tal. A indiferença omnímoda em relação ao conceito que tem de nós o próximo, não é virtude mas falta de brio.

Claro está que o reto e comedido desejo de boa reputação pode facilmente corromper-se, como tudo quanto é inerente ao homem. É uma consequência do pecado original. Assim também o instinto de conservação pode facilmente degenerar em medo, o razoável desejo de alimento em gula, etc. No caso concreto da sociabilidade, é muito fácil que cheguemos ao excesso de considerar o aplauso de nossos semelhantes um verdadeiro ídolo, o objetivo de todos os nossos atos, o motivo de nosso procedimento virtuoso; que para alcançar este aplauso simulemos predicados que não temos ou reneguemos nossos princípios mais sagrados (quem saberá jamais quantas almas o respeito humano arrasta ao inferno!); que levados por esta sede cometamos crimes para galgar postos e situações eminentes; que fascinados por este objetivo demos uma importância ridícula aos menores fatores capazes de nos pôr em relevo; que sintamos ódios violentos, exercitemos vinganças atrozes contra quem não reconheceu em toda a sua pretensa amplitude os méritos que imaginamos ter. A História pulula literalmente de tristes exemplos de tudo isto. Mas, insistimos, se com este argumento devêssemos concluir que é intrinsecamente mau o desejo do homem de ser conhecido e estimado pelos seus semelhantes pelo que verdadeiramente é, deveríamos condenar todos os instintos, a nossa própria natureza.

É certo também que Deus exige que em relação ao nosso bom conceito junto ao próximo, sejamos desapegados interiormente, como em relação a todos os outros bens da terra, a inteligência, a cultura, a carreira, a formosura, a fartura, a saúde, a própria vida. A alguns Deus pede um desapego não só interior, mas exterior da consideração social, como a outros pede não só a pobreza de espírito mas a pobreza material efetiva. É preciso então obedecer. E daí o fato de regurgitarem as hagiografias de exemplos de Santos que fogem das mais justas manifestações de apreço de seus semelhantes. Tudo não obstante, é legitimo em si mesmo que o homem deseje ser estimado por aqueles com quem convive.

UMA CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DA SOCIEDADE: A JUSTIÇA

Esta tendência natural está em consonância aliás com um dos princípios mais essenciais da vida social, que é a justiça, segundo a qual se deve dar a cada qual, não só em bens materiais, mas também em honra, distinção, estima, afeto, aquilo a que faz jús. Uma sociedade baseada sobre o desconhecimento total deste princípio seria absolutamente injusta. “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem imposto, imposto; a quem tributo, tributo; a quem temor, temor; a quem honra, honra”, diz-nos S. Paulo (Rom. 13,7).

Acrescentemos que estas manifestações se devem rigorosamente não só aos méritos pessoais, mas também à função, cargo ou situação que uma pessoa possui. Assim o filho deve respeitar seu pai ainda que mau, o fiel deve reverenciar o Sacerdote ainda que indigno, o súdito deve venerar seu soberano ainda que corrupto. São Pedro manda aos escravos que acatem seus senhores ainda que díscolos (1 Ped. 2, 18).

E de outro lado é preciso também saber honrar num homem a estirpe ilustre de que descenda.

Este ponto é particularmente doloroso para o homem igualitário de hoje. É entretanto assim que pensa a Igreja. Leiamos o ensinamento profundo e brilhante de Pio XII:

“As desigualdades sociais, inclusive as que são ligadas ao nascimento, são inevitáveis; a natureza benigna e a benção de Deus à humanidade, iluminam e protegem os berços, beijam-nos, porém não os nivelam. Atendei mesmo para as sociedades mais inexoravelmente niveladas. Nenhum artifício logrou jamais ser bastante eficaz a ponto de fazer com que o filho de um grande chefe, de um grande condutor de multidões, permanecesse em tudo no mesmo estado que um obscuro cidadão perdido no povo. Mas se tais disparidades podem, quando vistas de maneira pagã, parecer uma inflexível consequência do conflito das forças sociais e da supremacia conseguida por uns sobre os outros segundo as leis cegas que se supõe regerem a atividade humana, e consumar o triunfo de alguns, bem como o sacrifício de outros; pelo contrário, tais desigualdades não podem ser consideradas por uma alma cristãmente instruída e educada, senão como disposição desejada por Deus pelas mesmas razões que explicam as desigualdades no interior da família, e portanto com o fim de unir mais os homens entre si, na viagem da vida presente para a pátria do céu, ajudando-se uns aos outros, da mesma forma que um pai ajuda a mãe e os filhos” (Alocução ao patriciado e nobreza romana, “Osservatore Romano”, 5-6 de janeiro de 1942).

O BRIO E A JUSTIÇA IMPÕEM A FORMAÇÃO DO PROTOCOLO

Vimos até aqui, que a própria natureza exige que no convívio social sejam tomados na devida consideração todos os valores humanos, que se diferenciam uns dos outros quase ao infinito.

Como aplicar na prática este princípio? Como conseguir que um valor seja visto e reconhecido por todos os homens, e que cada qual sinta exatamente em que medida esse valor deve ser reverenciado? Mais concretamente, como ensinar a todos que a virtude, a idade, o talento, a estirpe ilustre, o cargo, a função, devem ser honrados? Como indicar a medida exata de respeito e de amor que a cada qual se deve? Em todos os tempos, em todos os lugares, a própria ordem natural das coisas foi resolvendo o problema com o auxílio do único meio plenamente eficaz: o costume.

A mentalidade igualitária só reconhece dois elementos constitutivos da sociedade: o governo que encarna a multidão, e de outro lado, isolado, desprotegido, anônimo, o indivíduo. Na Cristandade medieval, entre o poder estatal, representado principalmente pelo Rei, e os simples particulares, havia uma série de corpos intermediários, como feudos, bispados, universidades, corporações, etc.. Tais corpos constituíam uma defesa do indivíduo contra a onipotência estatal. Cercados de honras e privilégios, representavam-se na cerimônia de coroação com as insígnias e o esplendor correspondentes à sua situação. Vemos aqui o cerimonial para o desfile de um grande Senhor feudal – no caso concreto Philip Mountbatten, Duque de Edinburgo. Essa abundância de gradações intermediárias entre o Rei e o povo caracterizava uma sociedade orgânica, hierárquica, anti-totalitária.

SABEDORIA PROFUNDA DO PROTOCOLO DA COROAÇÃO

Assim, usando os mesmos modos de tratar, para as pessoas de situação idêntica, o bom senso, o equilíbrio, o tacto das sociedades humanas foi criando ponto por ponto, em cada país ou em cada zona de cultura, as regras de polidez, as fórmulas, os gestos, quase diríamos os ritos adequados para definir, ensinar, simbolizar e exprimir o que a cada pessoa se deve, segundo sua situação, em matéria de veneração e estima.

Sob o bafejo da Igreja, a Civilização Cristã levou ao apogeu esta bela arte dos costumes e dos símbolos sociais. Veio daí a maravilhosa distinção e afabilidade de maneiras do europeu, e por extensão dos povos americanos nascidos da Europa; os princípios da Revolução de 1789 se incumbiram de a golpear fundamente.

Os títulos de nobreza, os sinais da heráldica, as condecorações, as regras do protocolo, não foram outra coisa senão meios admiráveis, cheios de tacto, de precisão e de significado, para definir, graduar e modelar as relações humanas dentro dos quadros políticos e sociais então existentes. A ninguém ocorreria ver nisto mera vaidade. A própria Igreja, que é mestra de todas as virtudes e combate todos os vícios, instituiu títulos de nobreza, distribuiu e distribui condecorações, elaborou para si todo um cerimonial de uma admirável precisão no definir todas as diferenças hierárquicas que a lei divina e a sabedoria dos Papas foi criando em seu grêmio ao longo dos séculos. Sobre as condecorações, disse o Bem-aventurado Pio X: “As recompensas concedidas ao valor contribuem poderosamente para suscitar nos corações o desejo de ações relevantes, porque glorificam os homens notáveis que bem mereceram da Igreja ou da sociedade, e, com isso, arrastam os outros pelo exemplo a percorrer o mesmo caminho de glória e de honra. Com esta sábia intenção, os Pontífices Romanos, Nossos Predecessores, cercaram de um amor especial as Ordens equestres, como estimulantes de glória” (Breve sobre as Ordens equestres, pontifícias, de 7 de fevereiro de 1905)

Que haja pois uma insígnia para o cargo supremo do Estado, insígnias próprias para as pessoas de estirpes mais ilustres, trajes de gala para os dignitários incumbidos das funções de maior importância política, que todo o aparato destes símbolos seja utilizado na cerimônia de posse do

(continua)