ESCREVEM OS LEITORES
ITÁLIA
Revmo. Pe. Avelino Costa, Casa Generalícia da Congregação do Espírito Santo, Roma: "Desde há muito sou leitor cuidadoso do jornal CATOLICISMO, pelo qual nutro profundas e sinceras simpatias.
Tenho [...] recebido regularmente todos os números, o que agradeço profundamente.
[...] acontece que em julho do ano passado o Conselho Geral da Congregação do Espírito Santo, de que faço parte, foi transferido para Roma, pelo que venho solicitar que seja para aqui enviado o jornal [...].
Renovo os meus agradecimentos pela gentileza, reafirmo as minhas simpatias pelo jornal, a que auguro o maior dos progressos, fico sempre disposto a fazer por ele o que me for pedido, prometo-lhe, Senhor Diretor, as minhas preces, junto de Deus".
SÃO PAULO
Revda. Irmã Fulgencia Cremona, Asilo de Mendicidade, Pinhal: "[...] O dinâmico, justo e instrutivo jornal, CATOLICISMO".
BAHIA
Sr. Antonio Mota de Oliveira, Feira de Santana: "Acho o jornal altamente precioso. Grande e belo jornal".
SÃO PAULO
Prof. Francisco Domingo Segura, São Paulo: "Meus parabéns por todos os artigos. Leio com sumo interesse "Ambientes, Costumes e Civilizações".
PORTUGAL
Nosso confrade de Lisboa, o semanário "O Debate", reproduziu em seu n.o 808 o artigo "A família no Estado comunista", do nosso colaborador Alberto Luiz Du Plessis, estampado no n.° 186 de CATOLICISMO.
R. G. DO NORTE
Sr. Felipe Neri de Andrade, Natal: "Como sempre, o jornal — uma verdadeira revista — continua cada vez melhor na sua feição material e despertando o mais vivo interesse pelos assuntos nele veiculados".
R. DE JANEIRO
Sr. Carlos Albino dos Santos, em carta a nosso colaborador, Dr. Edwaldo Marques: "Quero por esta expressar-lhe toda a minha satisfação ao ler o seu maravilhoso artigo "Questão de vida ou de morte para a Alemanha e para o mundo", publicado no jornal CATOLICISMO, do mês de outubro de 1966, número 190".
SÃO PAULO
Sr. José Ribeiro da Cunha Junior, São Paulo: "Tenho especial interesse em conhecer o estudo [sobre Fátima, em CATOLICISMO] de D. Antonio de Castro Mayer, DD. Bispo de Campos, de quem conservo gratas recordações do tempo que (há mais de cinqüenta anos) fomos coroinhas aqui, em São Paulo, na Igreja de São João Batista, quando o saudoso Cônego depois Monsenhor Manoel Meirelles Freire era seu Vigário".
R. DE JANEIRO
Sr. Fernando Antonio Possidente, Santo Antônio de Pádua: "Tudo está de primeiríssima ordem e que Deus Nosso Senhor, por intercessão da Virgem Santíssima, Medianeira, continue a derramar bênçãos e graças sobre essa folha e seus colaboradores, que tanto bem têm feito a nós, filhos da Santa Igreja, orientando-nos, formando-nos e protegendo-nos contra a peste do liberalismo, [...]".
FRANÇA
"Una Voce", boletim da "Association pour la sauvegarde du latin et du chant grégorien dans la liturgie catholique", de Paris, noticia a publicação e transcreve tópicos da Carta Pastoral do Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer, intitulada "Considerações sobre a aplicação dos documentos promulgados pelo Concílio Ecumênico Vaticano II", estampada nos n.os 185 e 186 de CATOLICISMO. Trecho da mesma Carta Pastoral foi igualmente transcrito no mensário "El Eco de la Milagrosa", órgão da "Asociacion de Hijos de Maria de la Medalla Milagrosa", de Cartagena (Espanha).
R. DE JANEIRO
D. Therezinha de Jesús de Souza Gomes Bachenann, Rio de Janeiro: "Não há ideal nesse órgão de divulgação, não há piedade, não há enfim, sem enumerar o evidente, o Cristo. O que existe é tudo farisaísmo, dogma, [ilegível], hipócrita, primário. Nunca, nunca órgão tão mentiroso, tão empolado, tão cheio de si poderá revelar por uma fresta a luz sublime do Cristo perdoando, dando-se até a morte. É por essas e outras, senhores, que nós os católicos avançados temos uma tão grande luta, luta desigual mesmo, para provar que o Catolicismo não é mais o que é êste nefasto órgão de divulgação de Vv. Ss. Esse órgão e seus dirigentes mereciam o silêncio. Meus pêsames".
É o caso de perguntar o que diria a carta de um órgão que merecesse uma objurgatória.
GUANABARA
Revmo. Pe. Guilherme Vanotti, S.S.S., Vigário da Paróquia de Sant' Ana, Rio de Janeiro: "Os meus parabéns, o meu abraço, a minha benção sacerdotal aos bravos e destemidos Srs. Dirigentes de CATOLICISMO, que desfralda na tempestade e na confusão atual a Bandeira da verdade e moral eterna conforme os ensinamentos dos Sumos Pontífices de Roma, cuja missão se perpetua através dos séculos contra os sequazes de Satanás, pai da mentira. Um profundo agradecimento ao Exmo. Sr. Dr. Antonio Rodrigues Ferreira pela admirável defesa da família cristã brasileira".
SÃO PAULO
D. Mafalda Brancalion, São Paulo: "Aprecio muitíssimo CATOLICISMO".
BAHIA
Sr. Adelson Guimarães de Oliveira, Salvador: "Queira Nossa Senhora de Fátima abençoar êste magnífico grupo que redige livros tão claros, brilhantes e de atualidade".
SÃO PAULO
Sr. Carlos Barbieri Filho, São Paulo: "[...] CATOLICISMO que tanto vem ajudando na orientação de milhares de brasileiros".
R. DE JANEIRO
Profa Nair de Souza Motta, Niterói: "Quanto ao jornal, como católica que sou e professora de Ética de uma Faculdade, só me tem sido útil pela atualização dos assuntos sociais de que se ocupa".
CHILE
Dr. Hernán Krause, Viña del Mar: "La línea y orientación de vuestro movimiento que aqui en Chile lo encarna "Fiducia" están en completa oposición a mis criterios. Rogaria pués suspender el envío de la Revista".
SÃO PAULO
Prof. João dos Santos Bispo, Diretor do Instituto de Educação "Regente Feijó", Itu: "O jornal é lido pelos professores e alunos, e apreciadíssimo por todos, dada a orientação segura e a atualidade dos assuntos, divulgados por mãos de mestres".
MINAS GERAIS
Seminarista Adelino Del Colle, Diamantina: "[...] o jornal CATOLICISMO tem-me ajudado muito em todas as circunstâncias. Tem-me sido um constante alimento espiritual e intelectual. Pela sua leitura procuro neutralizar as mortíferas impressões liberais que respiramos neste mundo profundamente corrompido pelo mal da Revolução".
R. DE JANEIRO
O diário "O Fluminense", de Niterói, em edição de 8 de outubro do ano passado, reproduziu como matéria principal de sua secção "Prosa & Verso" um trecho do primeiro dos artigos sobre "Implicações marxistas do teilhardismo", de autoria de nosso colaborador Giocondo Mario Vita, publicado no no 183 de CATOLICISMO. Foi julgado desnecessário indicar que se tratava de uma transcrição. Tampouco se mencionou que o texto apresentado não era senão parte de um artigo.
SÃO PAULO
Sr. Paulo de Santa Maria, São Paulo: "Interessará por certo aos distintos Amigos saber que a Circular do Exmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer sobre o livro "Cristianismo, Sociedade e Revolução", escrito pelo Revmo. Pe. Paul-Eugène Charbonneau, C.S.C., foi reproduzido em "Temas Contemporaneos", mensário do "Instituto de Investigaciones Sociales y Económicas", e em "El Sol de México", ambos da Cidade do México, bem como em "Tradición", de Salta, Argentina".
Trata-se da "Circular sobre a infiltração comunista na Igreja", datada de 30 de agosto de 1965, que estampamos em nosso n.° 177.
BAHIA
Sr. Agostinho José Ferreira, Salvador: "Acompanhei com bastante interesse e verdadeira alegria cristã, nas edições de julho, agosto e setembro de 1966 de CATOLICISMO, o noticiário sobre a campanha da TFP contra a sorrateira introdução do divórcio no projeto do novo Código Civil.
Sinto imensamente não ter assinado o manifesto antidivorcista da TFP, uma vez que só vim a saber muito tempo depois, apesar de ler jornais diariamente e residir numa cidade grande, o que, aliás, deve ter ocorrido com milhares de pessoas, confirmando assim a tese da TFP de que a expressividade do milhão de assinaturas não está nesse número, mas na real possibilidade de se obter uma quantidade muito maior de adesões se a campanha tivesse prosseguido na consulta à opinião pública.
A propósito, estou anexando, para o arquivo desse jornal, um recorte do jornal "A Tarde" (de 5-11-1966), com o artigo "Declínio da "Tradicional" Família", de autoria do Sr. Orlando Gomes, onde o primarismo do raciocínio e a ostensiva indiferença pela moral cristã aliam-se a uma mal disfarçada teoria de que maus costumes podem ou devem ser convertidos em lei".
A PROPÓSITO DE UM DOCUMENTO
Sr. B. X., São Paulo: "Li nos jornais a entrevista do Sr. Bispo [de Campos] a propósito do texto de D. Helder Câmara sobre o que foi resolvido pela CELAM no encontro de Mar del Plata e sobre a "Populorum Progressio". O Exmo. D. Mayer estranhou que esse texto tivesse sido divulgado como uma das conclusões da recente assembleia da CNBB em Aparecida, esclarecendo que "o assunto proposto — a Encíclica "Populorum Progressio", documento complexo que deve naturalmente ser estudado à luz de outros documentos pontifícios — não comportava uma análise rápida, única possível num encontro de quatro dias, com vastíssima agenda de trabalhos. Além disso, normalmente, segundo a tramitação dos trabalhos proposta e aprovada pela assembleia geral, deveria o documento, após as observações dos vários Regionais, ser novamente submetido a estes últimos, a fim de que cada um deles apreciasse as emendas propostas pelos demais, para assim se chegar a uma conclusão que refletisse a média da opinião geral. Tal tramitação, talvez pela angústia do tempo, não foi rigorosamente observada".
"O Estado de São Paulo", contrariamente ao que o nosso Bispo havia afirmado, publicou uma declaração do Sr. D. Lamartine, Bispo Auxiliar do Recife, dizendo que o documento "Nossas, responsabilidades em face da "Populorum Progressio" e da Declaração de Mar del Plata" foi regularmente aprovado pela assembleia plenária da CNBB. S. Excia.. historia mesmo a tramitação do documento até sua aprovação final. Como, especialmente nos tempos de hoje, há coisas que se fazem um pouco atabalhoadamente, gostaria de saber se realmente as coisas se passaram como as história o Sr. D. Lamartine. CATOLICISMO poderia elucidar-me no caso?"
■ Como o assunto desta carta só poderia ser elucidado pelo Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer, perguntamos a S. Excia. o que realmente se passou na reunião de Aparecida. O Sr. Bispo Diocesano nos declarou que não estava habilitado a dizer o que ocorreu na sessão que aprovou o documento, porque a ela não esteve presente. Poderia, no entanto, mostrar-nos a ordem das discussões e votações aprovada logo na primeira sessão, e indicar a parte que não foi cumprida. "Qualquer pessoa, acrescentou S. Excia., percebe como a parte omitida era importante para se chegar a uma conclusão que representasse de fato a média da opinião do Espiscopado". E entregou-nos o programa que passamos a publicar:
"Conferência Nacional dos Bispos do Brasil — VIII Assembléia Geral — Aparecida — 6, 7, 8 e 9 de Maio de 1967. Programa: 7,00 hs. — Concelebração. 8,00 hs. — Café. 8,30 hs. — Início dos trabalhos em plenário. Aprovação da ordem do dia e da pauta. Ata do dia anterior. Breve exposição dos assuntos para debate. Comunicações. 9,00 hs. — Debate dos assuntos pelos grupos de Regionais. 10,30 hs. — Café. 12,00 hs. — Almoço. Repouso. 14,15 hs. — Plenário. Apresentação dos grupos de Regionais. Debates. 15,45 hs. — Lanche. 16,00 hs. — Volta dos assuntos aos grupos de Regionais. Cada grupo escolhe seu representante para a Comissão de Redação final. 17,00 hs. — Concelebração. Reunião da Comissão para apreciação das emendas e redação final do texto para votação. 18,00 hs. — Jantar. 20,00 hs. — Votação em plenário. 21,00 hs. — Encerramento".
"O que faltou nas discussões, disse-nos S. Excia., foi a volta do assunto aos grupos de Regionais, indicada no programa para às 16 horas, quando os Regionais deveriam, após ter ouvido a apresentação marcada para as 14h15, dar a sua apreciação final sobre o assunto. Esse ponto não foi cumprido, aliás, também em outros assuntos".
O Sr. B. X. fala em açodamento com que se fazem as coisas nos tempos atuais. Com toda a reverência que devemos a nossos superiores hierárquicos, sem a menor intenção de censura, apenas para constatar um fato, parece-nos que não seria tão fácil emitir uma opinião bem fundamentada sobre a Encíclica "Populorum Progressio" numa reunião de quatro dias, na qual, entre outros assuntos, se deveria estudar também esse Documento que, ele mesmo, trata nada menos do que dos seguintes assuntos: o colonialismo, a industrialização, o problema agrícola, o crescimento demográfico, as nacionalizações, as rendas, os bens clandestinos no Exterior, o capitalismo, o stakanovismo, a participação nos lucros, o direito à insurreição, as planificações, a alfabetização, o pluralismo sindical, a luta contra a fome, as trocas comerciais e os diversos sistemas com elas relacionados, os contratos internacionais, o nacionalismo, o racismo, a promoção dos "povos jovens", a acolhida aos imigrantes e em particular aos estudantes, a aproximação das civilizações. É este o elenco dos temas versados na recente Encíclica do Santo Padre Paulo VI. Afigura-se-nos, salvo melhor juízo, que nosso Bispo Diocesano tinha razão ao ponderar, na sua entrevista, que a "Populorum Progressio", "documento complexo que deve naturalmente ser estudado à luz de outros documentos pontifícios, não comportava uma análise rápida, única possível num encontro de quatro dias, com vastíssima agenda de trabalhos".
AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZAÇÕES
Que havemos de fazer para atrair multidões como esta?
Plinio Corrêa de Oliveira
Em matéria de apostolado, a preocupação essencial do "aggiornamento" parece consistir em atrair para a Igreja as multidões.
Nosso século, mais do que os anteriores, pode ser chamado o século das multidões. Por toda parte, vemos multidões que se reúnem. E a todo propósito: comícios políticos, competições esportivas, exibições pagãs de beleza feminina, mil outras ocasiões enfim.
Ao considerar essas multidões, é natural que alguém faça a seguinte reflexão: que bom seria, se igual quantidade de pessoas se reunisse a propósito da Religião, para um ato público de culto, um grande sermão, ou uma solene manifestação de fé.
E daí flui naturalmente a grande questão: que meio moderno encontrar, que técnica nova usar, para atrair num sentido religioso tão enormes conglomerados humanos? Como, por exemplo, atrair para uma manifestação católica o mar de gente, que figura no clichê desta página?
Formulada a pergunta, as respostas começam a afluir. Bem entendido, se é por meios modernos que os modernos atraem as modernas multidões, antes de tudo convêm postergar os velhos métodos de apostolado para lançar mão do que haja de mais atual: nada há de suficientemente moderno em tal matéria.
Quanto a usar meios modernos, desde que isso se faça com espírito sacral, com toda a dignidade e elevação, é ótimo e não há o que objetar. Mas quanto a relegar os meios antigos, a coisa está muito longe de ser tão simples.
Com efeito, somos de opinião que os meios mais eficazes para atrair as multidões continuam a ser os antigos: o culto, o púlpito, o confessionário, etc. E especialmente a devoção a Nossa Senhora.
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Algum leitor progressista se contorcerá de cólera. E exclamará: precisamos de novos métodos! Nada se alcança no mundo moderno se não se apela para o moderno. Nossa Senhora morreu há quase vinte séculos, e não interessa mais. O povo de hoje só quer gente de hoje.
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Há uma obsessão do moderno, que, como toda obsessão, impede a lúcida visão da realidade.
As multidões modernas, assoladas pelas preocupações, pelo febricitar da luta quotidiana, pela sensaboria de uma existência votada só ao econômico, se vão tornando cada vez mais apetentes de sobrenatural. E muitos dos tradicionais métodos da Igreja, tão impregnados de nobreza, piedade e senso do sobrenatural, se vão revelando sempre mais eficazes para atrair as massas.
Alguém sorrirá com desdém. Onde e quando os métodos tradicionais poderiam atrair tanta gente quanto a que está na foto?
Pois bem... esta gente está reunida em Fátima, para assistir a missa celebrada em louvor de Nossa Senhora por Sua Santidade o Papa Paulo VI, na elevada beleza do ritual católico.
Contra fatos não há argumentos. Maria atrai a Si as multidões, e se se quer atrair o povo, basta convidá-lo a louvar Maria. Em torno do Vigário de Cristo, ei-lo que reza enlevadamente à Virgem Mãe, sem que para atraí-lo fosse necessário fazer concessões à bossa-nova, ao ié-ié-íé etc.