TFP ELEGE DIRETÓRIO PARA O BIÊNIO DE 1968-1970
Realizou-se no dia 7 de março p.p. a 8.a assembléia geral ordinária da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, na qual foram eleitos os membros da Diretoria Administrativa e Financeira Nacional, da mesa do Conselho Nacional e dos Diretórios Seccionais e Subvencionais, para o biênio 1968-1970.
Como já noticiamos anteriormente (ver "Catolicismo", n.° 189, de setembro de 1966), os órgãos de cúpula da TFP são a assembléia geral dos sócios e o Diretório Nacional. Este último, com sede em São Paulo, é constituído pelo Conselho Nacional (CN) e pela Diretoria Administrativa e Financeira Nacional (DAFN).
São atribuições do plenário do Diretório Nacional, entre outras, propor à assembléia geral a admissão e a exclusão de sócios fundadores e honorários, bem como deliberar sobre a agregação e o desligamento de sociedades de análogo fim.
Cabe exclusivamente ao Conselho Nacional estudar os assuntos de caráter cultural e cívico que interessem à TFP, pronunciar-se em nome dela nessas matérias — coletivamente ou através do Presidente — e orientar do ponto de vista cultural e cívico as atividades sociais.
É da competência exclusiva da Diretoria Administrativa e Financeira Nacional a direção de todas as atividades econômicas, financeiras, administrativas e filantrópicas da associação, bem como o exercício das demais atribuições que os estatutos não confiram a outro órgão.
O Conselho Nacional é integrado por membros natos, que são os sócios que assinaram a ata da fundação. Para o biênio 1968-1970 a mesa do CN ficou assim constituída, como resultado da eleição efetuada na citada assembléia geral: Presidente, Prof. Plinio Corrêa de Oliveira; Vice-Presidente, Prof. Fernando Furquim de Almeida; 1.° Secretário, Sr. Eduardo de Barros Brotero; 2.° Secretário, Sr. Caio Vidigal Xavier da Silveira.
A DAFN ficou composta da seguinte maneira: Diretor Superintendente, Sr. Plinio Vidigal Xavier da Silveira; Diretor Vice-Superintendente, Sr. Celso da Costa Carvalho Vidigal; Diretores Vogais, Srs. Adolpho Lindenberg, José Carlos Castilho de Andrade, Luiz Nazareno Teixeira de Assumpção F.°, Marcos Ribeiro Dantas e Otto de Alencar e Sá Pereira.
A Sociedade está dividida em Secções, integradas pelos sócios residentes em uma ou mais unidades da Federação. As Secções dos Estados têm sede na respectiva capital, exceção feita da Secção do Estado do Rio, cuja sede é nesta cidade.
Cada Secção tem um Diretório Seccional, ao qual compete, sob a autoridade da Diretoria Administrativa e Financeira Nacional e do Conselho Nacional, dirigir as atividades da Secção (a Secção de São Paulo é dirigida diretamente pelo CN e pela DAFN).
Os Diretórios Seccionais ficaram assim constituídos para o referido biênio:
— Diretório Seccional do Ceará: Presidente, Sr. Carlos Augusto Garcia Picanço; Vice-Presidente, Sr. José Gerardo Ribeiro; Secretário, Sr. Juraci Josino Cavalcanti; Tesoureiro, Sr. Cristiano de Assis Nobre Almeida;
— Diretório Seccional de Pernambuco: Presidente, Sr. Paulo Teixeira Campos; Vice-Presidente, Sr. Acúrcio Batista Tôrres; Secretário, Sr. José Jozefran Berto Freire; Tesoureiro, Sr. Carmanoelito de Brito;
— Diretório Seccional da Bahia: Presidente, Sr. Jaymiêr José Rocha Cairo; Vice-Presidente, Sr. Waldemar Policarpo da Silva Filho; Secretário, Sr. Laedio Ernandes Bastos; Tesoureiro, Sr. Jurandir Bastos da Silva;
— Diretório Seccional do Distrito Federal: Presidente, Sr. João Sergio Guimarães; Secretário, Sr. Gilberto Martins do Nascimento; Tesoureiro, Sr. Vasco de Sá Guimarães;
— Diretório Seccional de Minas Gerais: Presidente, Sr. Antonio Rodrigues Ferreira; Vice-Presidente, Sr. Milton Luiz de Salles Mourão; Secretário, Sr. Vicente José Ferreira Netto; Tesoureiro, Sr. Aloizio Augusto Barbosa Tôrres Pereira;
— Diretório Seccional do Estado do Rio de Janeiro: Presidente, Sr. Vivaldo Rangel; Vice-Presidente, Sr. Antonio Carlos Andrade de Carvalho; Secretário, Sr. Fernando Bianchi dos Guaranys; Tesoureiro, Sr. Hercílio Monteiro Alves;
— Diretório Seccional da Guanabara: Presidente, Sr. Henrique Barbosa Chaves; Vice-Presidente, Sr. Paulo Eugênio Niemayer; Secretário, Sr. Marcos Ribeiro Dantas (que acumulará êste cargo com o de Diretor-Vogal da DAFN); Tesoureiro, Sr. Murillo Maranhão Galliez;
— Diretório Seccional do Paraná: Presidente, Sr. Luiz Augusto da Silva Franco; Vice-Presidente, Sr. Carlos Eduardo Schaffer; Secretário, Sr. Atila Sinke Guimarães; Tesoureiro, Sr. Luiz Fernando de Barros;
Diretório Seccional de Santa Catarina: Presidente, Sr. Marivaldo Pereira; Vice-Presidente, Sr. Arnobio José Glavan; Secretário, Sr. Paulo Roberto Gomes Faraco; Tesoureiro, Sr. Antonio Lino Cesario da Silva;
— Diretório Seccional do Rio Grande do Sul: Presidente, Sr. João de Menezes Costa; Vice-Presidente, Sr. Ildefonso Homero Gonçalves Barradas; Secretário, Sr. Airton Tadeu Ribas Fernandes; Tesoureiro, Sr. Bernardo Glowacki.
Os estatutos sociais facultam que as Secções contenham Subsecções, formadas pelos sócios residentes nas cidades que a elas emprestam o nome. As Subsecções podem ter um Diretório Subseccional, subordinado ao Diretório da respectiva Secção.
Os Diretórios Subseccionais não sofreram modificação na última assembléia geral ordinária, permanecendo com a seguinte composição:
— Diretório Subseccional de Ponta Grossa: Presidente, Sr. Luiz Felix Borsato; Vice-Presidente, Sr. Leonardo Przybysz;
— Diretório Subseccional de Blumenau: Presidente, Sr. José Roberto Silveira; Secretário, Sr. Hermelino Busarello; Tesoureiro, Sr. Querelo Kito.
Os estatutos da TFP prevêem, ainda, que a Sociedade conceda o título de militantes da Tradição, Família e Propriedade a pessoas extrínsecas aos quadros sociais, de comprovada dedicação na defesa da Tradição, da Família e da Propriedade. Caso os militantes residentes numa mesma cidade ou bairro, ou pertencentes a um mesmo setor profissional, venham a constituir um núcleo, êste será sempre extrínseco à Sociedade.
Atualmente, há militantes da Tradição, Família e Propriedade em 38 cidades, distribuídas por 15 unidades da Federação: Manaus, no Amazonas; São Luis, no Maranhão; Fortaleza e Crato, no Ceará; Recife, em Pernambuco; Salvador, na Bahia; Brasília, no Distrito Federal; Goiânia, em Goiás; Belo Horizonte, Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Juiz de Fora, Ouro Preto e Uberaba, em Minas Gerais; Vitória e Guaçuí, no Espírito Santo; Niterói, Campos, Bom Jesus de Itabapoana, Natividade do Carangola, São Fidélis e Tocos, no Estado do Rio; Rio de Janeiro, na Guanabara; São Paulo, Amparo, Lins, Olímpia, Ribeirão Preto, Santos e São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo; Curitiba, Londrina, Ponta Grossa e Rio Negro, no Paraná; Blumenau e Rio Negrinha em Santa Catarina; Porto Alegre e Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul.
Esta lista de cidades constitui uma expressiva mostra da aceitação dos ideais propugnados pela entidade, e justifica, assim, o que tem sido dito, com muito acerto, a seu respeito: é uma força nova a serviço do Brasil.
LUMINOSA TRAJETÓRIA
DE VINTE ANOS
Há vinte anos atrás, a 23 de maio de 1948, na Basílica do Carmo da cidade de São Paulo, era elevado à plenitude do Sacerdócio S. Excia. Revma. O Sr. D. Antonio de Castro Mayer. São quatro lustros de benemerências, não só para esta Diocese, onde mais de perto colhemos os frutos de seu incansável labor apostólico, mas para toda a Igreja de Deus.
Podemos afirmar que o traço mais característico da tão rica personalidade de D. Antonio de Castro Mayer é seu zelo pela ortodoxia, sua confiança na eficácia da pregação da palavra divina, nisso que Santo Hilário chamava a "virtude da doutrina" que conserva o corpo para a eternidade, preservando a alma da corrupção dos erros que a assediam por todos os lados. Aí estão, como significativos marcos de uma trajetória que se estende por vinte anos, as luminosas Cartas Pastorais que, ultrapassando as fronteiras da Diocese e do País, foram levar o sal da boa doutrina a inumeráveis almas que se sentem perplexas diante de estranhos contubérnios do sim e do não.
Entre esses oportuníssimos documentos, ressalta a famosa CARTA PASTORAL SÔBRE PROBLEMAS DO APOSTOLADO MODERNO, que valeu ao seu ilustre Autor uma carta que em nome do Papa João XXIII lhe enviou, a 19 de agosto de 1959, S. Excia. Revma. Mons. Angelo Dell'Acqua, então Substituto da Secretaria de Estado do Santo Padre, na qual são realçados a "dedicação e zelo, a caridade e fortaleza" com que D. Antonio de Castro Mayer instrui e governa o rebanho que lhe foi confiado. Além das duas edições que teve em nosso País, essa memorável Pastoral foi traduzida e publicada na França, na Espanha, na Itália e na Argentina, sendo transcrita e comentada por numerosos órgãos católicos do novo e do velho mundo.
A 13 de maio de 1961, deu a lume S. Excia. Revma. outro importante documento, que foi a CARTA PASTORAL PREVENINDO OS DIOCESANOS CONTRA OS ARDIS DA SEITA COMUNISTA, a qual haveria de alcançar também enorme repercussão. No seu incansável afã de lutar pelas verdades que hoje, desgraçadamente, vão sendo negadas mesmo em certos ambientes católicos, dirigiu D. Antonio de Castro Mayer a seus diocesanos, a 15 de agosto de 1963, uma oportuníssima CARTA PASTORAL SÔBRE CASTIDADE, HUMILDADE E PENITÊNCIA - CARACTERÍSTICAS DO CRISTÃO, ALICERCES DA ORDEM MORAL, na qual considera os problemas da atualidade a partir dos altos cimos da teologia e da moral.
Da brilhante atuação do Exmo. Sr. Bispo Diocesano quando do II Concílio Ecumênico Vaticano, relembramos aos nossos leitores a momentosa entrevista concedida a 23 de outubro de 1963, em Roma, a representantes da imprensa mundial, sobre a situação dos leigos na vida da Igreja dentro das perspectivas em que o Concílio tratou a matéria, e especialmente a lúcida intervenção de S. Excia. Revma., em setembro de 1965, a respeito do Esquema sobre a Igreja no mundo contemporâneo. Foi outrossim por iniciativa do ínclito Prelado, juntamente com o Exmo. Sr. D. Geraldo de Proença Sigaud, que duzentos Padres Conciliares apresentaram àquela augusta Assembléia o pedido de uma nova condenação do marxismo, do socialismo e do comunismo, bem como quinhentos Bispos subscreveram outra petição, dirigida ao Santo Padre, na qual pediam a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria na conformidade da mensagem de Fátima.
À vista das graves e importantes questões suscitadas a propósito do Concílio, escreveu S. Excia. Revma. uma série de esclarecedores e providenciais documentos, entre os quais releva notar a Carta Pastoral de 8 de dezembro de 1963, intitulada OS DOCUMENTOS CONCILIARES SÔBRE SAGRADA LITURGIA E INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, O DECRETO SÔBRE O USO DO VERNÁCULO NOS ATOS LITÚRGICOS, de 16 de julho de 1964, a INSTRUÇÃO PASTORAL SÔBRE A IGREJA, de 2 de março de 1965, e a Carta Pastoral com oportunas CONSIDERAÇÕES A PROPÓSITO DA APLICAÇÃO DOS DOCUMENTOS PROMULGADOS PELO CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, de maio de 1966.
Fervoroso propagador da devoção à Virgem Mãe de Deus, a 2 de fevereiro do ano passado deu a público o ínclito Bispo de Campos sua mais recente Carta Pastoral, ao ensejo do 250.o aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida e do 50.o aniversário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, ligando esses dois grandes acontecimentos marianos a profundas e atualíssimas considerações sobre a preservação da Fé e dos bons costumes.
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Valendo-se desta oportunidade, "Catolicismo", unindo-se ao júbilo de toda a Diocese, deseja testemunhar, de público, toda a sua gratidão a D. Antonio de Castro Mayer pelo prestigioso e decidido apoio que S. Excia. Revma. sempre dispensou a esta folha, e às campanhas em que ela se tem empenhado. Partilhamos dos sentimentos daqueles que vêem no Exmo. Revmo. Bispo de Campos o glorioso e intrépido amigo, o batalhador destemido de prélios memoráveis, contra a reforma agrária socialista e confiscatória, contra a ainda recente tentativa de implantação do divórcio no Brasil, contra o comunismo internacional, e isso não somente através de seus valiosíssimos pronunciamentos doutrinários, mas também de tomadas de atitude desassombradas.
Às homenagens que a S. Excia. foram prestadas por ocasião deste aniversário, "Catolicismo" junta as suas, ardorosamente filiais e respeitosas.