O Catecismo holandês vê no marxismo elementos aptos para conduzir muitas almas ao Cristianismo (continuação)

que consiste em viver pelos outros e nos outros)" (p. 538). Inventaram esses falsos profetas um evangelho às avessas, completamente contrário ao que nos transmite a lição do Salvador: "Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias, e siga-Me" (Luc. 9,23). Isto tanto vale para velhos quanto para os que se acham na flor da idade. Com efeito, comenta São Luís Maria Grignion de Montfort, toda a perfeição cristã consiste: 1.° - em querer ser santo: "Se alguém quiser vir após Mim"; 2.° - em abnegar-se: "negue-se a si mesmo"; 3.° - em sofrer: "tome a sua cruz todos os dias"; 4.° - em agir: "siga-Me" (cf. "Carta Circular aos Amigos da Cruz", in "Obras de San Luís Maria Grignion de Montfort", BAC, Madrid, 1954, p. 236).

Mas, uma vez que citamos o imortal autor do Tratado da Verdadeira Devoção, continuemos a pedir sua ajuda para desmascarar esses lobos rapaces vestidos de ovelha (cf. Mat. 7, 15). Não é o cúmulo da perversidade valer-se de um Catecismo para perder as almas? Nada para estranhar, pois "jamais esteve o mundo tão corrompido como na hora presente, porque jamais foi tão sagaz, tão prudente à sua maneira, nem tão astuto. Utiliza tão finamente a verdade para inspirar a mentira, a virtude para autorizar o pecado, as próprias máximas de Jesus Cristo para justificar as suas, que até os mais sábios segundo Deus são vítimas de seus enganos. O número desses sábios segundo o mundo, ou desses loucos segundo Deus, é infinito: "stultorum infinitus est numerus" (Ecle. 1, 15)" ("O Amor da Sabedoria Eterna", in "Obras ...", pp. 159-160).

Apresentando "em roupagem nova" a doutrina eucarística

Mostram os autores do "Novo Catecismo" holandês duvidar da existência de Anjos e demônios. Mas em sua empreitada de adulteração da doutrina católica agem segundo a lição do pai da mentira. O demônio, diz São Luís Maria Grignion de Montfort, é um moedeiro falso, astuto e experimentado, que falsifica de preferência as moedas mais valiosas: "Assim como um moedeiro falso não falsifica ordinariamente mais que o ouro e a prata, e muito raras vezes outros metais, porque não valem a pena, do mesmo modo o espírito maligno não falsifica outras devoções tanto como as de Jesus e Maria, a devoção à Sagrada Comunhão e a devoção à Santíssima Virgem; porque estas são, entre as demais, o que são o ouro e a prata entre os metais" (Tratado da Verdadeira Devoção, in "Obras...", pp. 490-491).

Isto posto, vejamos como os teólogos de Nimega tratam do Santo Sacrifício da Missa e de sua parte essencial, que é a consagração do pão e do vinho, após a qual o próprio Jesus Cristo, com seu corpo, sangue, alma e divindade. Se acha presente no altar. Sob o título de "Eucaristia", pontificam eles: "Escrevemos estas linhas, porque certos cristãos se sentem inseguros quando as verdades da fé são, às vezes, formuladas numa roupagem nova, e, sobretudo, quando se atribui agora lugar mais secundário àquilo que, antigamente, ocupava o primeiro lugar. Um exemplo: em catecismos de início deste século, mencionava-se, em geral, "a presença real de Jesus no meio de nós", como sendo o primeiro da instituição eucarística. Só em seguida eram mencionados: 2. a comemoração da morte de Jesus, 3. o fato de Jesus querer ser alimento, e, 4. de a Eucaristia ser o seu sacrifício entre nós. Catecismos mais recentes, pelo contrário, colocam a presença real de Jesus em último lugar. Significa isso que esta é agora negada? -Absolutamente. Significa apenas que a Igreja não sente agora tanta necessidade de acentuá-la tanto quanto o fizeram em períodos cristãos passados. Talvez fosse então necessário, porque determinadas heresias negavam essa presença real. Agora, porém, preferimos vê-la menos isolada e, portanto, mais dentro do contexto de todo o mistério. Esperamos que as palavras finais deste capítulo esclareçam melhor este ponto" (pp. 388-389).

Para dar ênfase ao caráter pastoral do II Concílio Vaticano, então a se realizar, dizia o órgão oficioso da Arquidiocese de São Paulo, no ano de 1962: "Limpo está de heresia o mundo moderno. Não se denuncia cisma". Como se vê, os autores do Catecismo holandês procuram sustentar a mesma opinião no que diz respeito às heresias que negam a presença real, tendo a coragem de fazer tal afirmação da Europa e em particular da Holanda, onde pululam, além das heresias, as profanações do precioso Corpo e do precioso Sangue de nosso Divino Salvador.

Linhas adiante, ao tratar do tempo de duração da presença eucarística, sentencia o "Novo Catecismo": "[...] hoje dá-se solução mais simples e mais humana: pão é algo que se come. Uma vez comido, já ninguém o chama de pão. A espécie de pão cessa no momento de se consumir a hóstia. Já não é, então, algo que serve para comer: já é coisa manducada. Da mesma forma, ninguém chama de pão as pequeninas migalhas. Pedacinhos de hóstia que ficaram sobre o altar não são, pois, presença de Jesus" (pp. 400-401). Pedacinhos de hóstia, conforme decretam os teólogos de Nimega, não são Jesus Cristo presente sob as sagradas espécies, mas devem, pelo visto, ter o destino das migalhas de pão que sobram sobre a mesa após um banquete profano: transformam-se em simples varredura! É claro que se a consagração é feita em refeições comuns em casas particulares, usando o pão trivial e o vinho em garrafão dos repastos ordinários, como abusivamente já faz o Clero progressista em vários lugares do mundo (vejam-se, por exemplo, as fotos que "Catolicismo" publicou em seu n.° 220-221), haverá o problema das sobras que, com toda a certeza, não serão recolhidas a lugar sagrado. Tudo isso, que tem forte cheiro de heresia calvinista, aberra clamorosamente do que ensina a doutrina da Igreja: "[...] o corpo de Cristo Nosso Senhor se contém todo até na partícula de pão [...] Ensinem, então, [os pastores] que Cristo Nosso Senhor não está no Sacramento como que num lugar. Nos corpos, lugar é a resultante natural de sua própria dimensão. Não dizemos que Cristo está no Sacramento, enquanto é grande ou pequeno - o que exprime quantidade - mas que está presente como substância. Ora, a substância do pão converte-se na substância de Cristo, e não em sua grandeza ou quantidade. [...] já que o corpo de Nosso Senhor se substitui à natureza do pão, força é dizer que está no Sacramento, do mesmo modo que estava a substância do pão, antes de ser consagrada. Para esta, porém, tanto fazia encontrar-se em maior ou menor quantidade" ("Catecismo Romano", trad. Pe. Valdomiro Pires Martins, Edit. Vozes Ltda., 1962, H, IV, 41-42).

O que os autores do "Novo Catecismo" querem fazer ressaltar é o caráter preponderante de refeição comunitária que, segundo eles, se deve dar à assembleia eucarística: "A missa é, portanto, reunião em forma de refeição. É-nos oferecido o Corpo de Jesus" (p. 393). Embora mencionem a união íntima descrita pelo próprio Salvador: "O que come a minha carne, e bebe o meu sangue, fica em Mim e Eu nele" (Jo. 6, 57), mais adiante voltam com o mesmo refrão: "Alguém poderia perguntar-se: "Não é isso estranho: refeição e, simultaneamente, ação de graças? Não exclui uma a outra? Come-se ou dão-se graças; mas ambas estas coisas ao mesmo tempo? - No capítulo sobre a Última Ceia, vimos como, na ceia pascal, os judeus as combinava [sic]: Comendo o cordeiro pascal, cantavam e davam graças, em comemoração da libertação da escravidão egípcia. O caso é o mesmo na Santa Missa: agradecendo, tomamos uma refeição, em comemoração da libertação do pecado. Hoje em dia, conhecemos ainda a combinação de palavras com a bebida, no caso de brinde. Na missa, dirigem-se palavras Àquele que é a fonte primordial da alegria que comemoramos: o Pai de Jesus e nosso Pai" (p. 394).

Como veem os nossos leitores, o Catecismo holandês relega para o último lugar a essência do Sacrifício da Missa, para realçar a "refeição comunitária" ou "refeição em comemoração da libertação do pecado". Faz, assim, tábula rasa dos ensinamentos do Supremo Magistério da Igreja, que incisivamente declara: "Afastam-se da verdade aqueles que, capciosamente, afirmam que no Sacrifício da Missa se trata não só de um sacrifício, mas de um sacrifício e de um banquete de confraternização" (Pio XII, Encíclica "Mediator Dei", AAS, vol. XXXIX, p. 563). Desenvolvendo esse tema em sua admirável Carta Pastoral sobre o Santo Sacrifício da Missa ("Catolicismo", n.° 227, de novembro de 1969), comenta S. Excia. Revma. O Sr. D. Antônio de Castro Mayer: "Assim, erram os que consideram a Missa mera assembleia dos fiéis para o culto divino, no qual se faz uma simples comemoração da Paixão e Morte de Jesus Cristo, ou seja, do Sacrifício, outrora, efetuado no Calvário. Incidem igualmente em heresia os que aceitam a Missa como sacrifício de louvor e ação de graças, mas lhe negam qualquer caráter propiciatório, em favor dos homens. Ou os que fingem ignorar a relação essencial que tem a Missa com respeito à Cruz, e pretendem que aquela venha a ser uma ofensa a esta. Do mesmo modo, afastam-se da doutrina católica os que consideram a Missa, principalmente, um banquete do Corpo de Cristo". Além da indispensável ortodoxia, o mínimo que se exige de um Catecismo é uma linguagem clara. As dubiedades do "Novo Catecismo" levaram, neste ponto, a Comissão de Cardeais a exigir de seus autores o seguinte: "6. A PRESENÇA E A CONVERSÃO EUCARÍSTICA. - É necessário que, no texto do Catecismo, se afirme sem ambiguidade que após a consagração do pão e do vinho o próprio corpo e sangue de Cristo se acham presentes no altar, e que, na sagrada Comunhão, eles são recebidos sacramentalmente, a fim de que aqueles que se aproximam dignamente desta Mesa se restaurem espiritualmente em Cristo Nosso Senhor [...]" (loc. cit., p. 689).

Coerentes com sua doutrina sobre a presença real, propugnam os autores do "Novo Catecismo" a extinção do culto externo a Jesus Sacramentado. Escrevem eles: "Quanto à veneração pública [ao Santíssimo Sacramento]: sabemos cada vez melhor que ela consiste, principalmente, na Santa Missa. Tudo parece indicar que a veneração da presença misteriosa permanente deverá fazer-se sempre mais em forma de oração privada. E, mesmo nesta forma particular, deveremos prestar sempre atenção ao sinal exterior da presença: pão, quer dizer, algo que se come" (p. 402). Eis como sorrateiramente se pretende acabar com o culto público ao Santíssimo Sacramento através da Adoração Perpétua, da procissão de Corpus Christi, da Bênção do Santíssimo. Tudo isso, como formas extra litúrgicas de piedade, deve desaparecer da vida da Igreja.

Instrumento para aniquilação da pessoa humana

Mediante a sagrada Comunhão há uma união real entre Deus e o homem, visto que por ela Jesus Se torna alimento de nossas almas, santificando-as. E quanto maior for nosso fervor eucarístico, mais crescerá nossa santificação, levando-nos a praticar cada vez melhor aquilo que é apto para possuirmos a vida eterna, ou seja, amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todas as nossas forças, com todo o nosso entendimento, e ao nosso próximo como a nós mesmo (cf. Luc. 10, 27).

Para o Catecismo holandês esta atitude em face da Eucaristia é coisa "do tempo em que o altar estava longe de nós e que a língua era o latim". Os cristãos "começaram então a usar a missa para suas orações individuais. Por melhor que isto seja, a primeira finalidade da Eucaristia é outra. Ela não serve para se esquecer do vizinho, mas justamente para se saber e sentir-se solidário com ele" (pp. 357-358).

Perfeitamente farisaica, tal preocupação "comunitária" se estriba em um raciocínio capcioso: quem reza recolhido, em íntima união com Deus e com as intenções de Jesus Cristo que Se oferece sobre o altar, seria levado a se esquecer do "vizinho". Nosso Divino Salvador afirmou justamente o contrário: a condição primeira é a nossa disposição interior, é o ardente amor de Deus, de que promana como consequência necessária o amor de nosso próximo (o qual não é apenas aquele que eventualmente se acha ao nosso lado durante a Missa).

Para a gnose, com sua sequela inarredável que é o socialismo, o "eu" é o inimigo que se há de combater sem tréguas. O socialismo, sinônimo de totalitarismo, quer tudo feito comunitariamente para esmagar a pessoa humana. Muito diversa, e mesmo oposta pelo vértice, é a oração comum da Igreja, pela qual se aperfeiçoam as almas. A celebração litúrgica pública e solene, como tradicionalmente se fez sempre na Igreja - sobretudo através de cânticos sagrados, de que há imenso repositório acumulado durante séculos - continuaria a trazer enorme bem às almas, se a intenção dos progressistas não fosse completamente outra, a de perturbar o espírito dos fiéis, transformando a liturgia em instrumento para aniquilação da pessoa humana, meta visada por todas as manifestações totalitárias, quer sejam religiosas, políticas, sociais ou econômicas.

Outros erros graves em matéria dogmática e moral

Tendo em vista o pressuposto fundamental do "Novo Catecismo", que é a negação da queda de todos os homens em Adão, como estranhar que daí decorram vários outros erros contra a Fé? Não seria necessário que por via de consequência os autores dessa obra corrosiva repudiassem ex professo a infalibilidade da Igreja "na conservação da doutrina da Fé e em sua explicação num sentido sempre idêntico a si mesmo" (item 7 da Declaração da Comissão Cardinalícia)? E se mostrassem partidários de heretizante democratismo ao negar que o poder de ensinar e de governar foi "diretamente conferido ao Soberano Pontífice e aos Bispos que lhe estão unidos na comunhão hierárquica, e não primeiro ao povo de Deus como a intermediário" (item 8)? Sobre esses pontos mais eloquentemente fala a atitude prática dos autores do Catecismo tanto na faina de adulterar os textos da Sagrada Escritura, quanto em sua rebeldia diante do pronunciamento da Santa Sé.

Seu racionalismo vai longe. Partidários do evolucionismo materialista, negam a Deus o poder de fazer milagres: "Não convém falemos em "exceções às leis naturais". Digamos antes: o milagre leva o homem à consciência de que ele não sabe o que pode acontecer nele e no mundo" (p. 132), "não vai contra as forças da criação" (ibid.), o que é refutado pelo item 9 da Declaração dos Cardeais.

Quem se rebela diretamente contra a Justiça de Deus no que diz respeito ao pecado e às penas do inferno e do purgatório, que consideração pode ter pela lei moral e pelo verdadeiro amor do próximo? No item 10 de seu documento, a Comissão Cardinalícia recomenda que "o texto do Catecismo não traga obscuridade quanto à existência de leis morais que, como tais, podemos conhecer e exprimir, de modo que vinculem nossa consciência sempre e em todas as circunstâncias" (loc. cit., p. 691).

Assim, nada para surpreender que o livro se mostre indulgente com o homossexualismo: "Há certo número de pessoas cuja erótica não se orienta para o outro sexo, mas para o sexo ao qual elas mesmas pertencem. A falta de discussão franca sobre o assunto fez surgir, em relação a elas, certas opiniões que, em sua generalidade, são injustas. O homem não possui a força de decidir por si mesmo sobre a tendência de sentir-se atraído ou não pelo outro sexo. [...] Não se entenda mal que a Sagrada Escritura fale de modo, muito severo sobre o contato [...] homossexual (Gên. 19; Rom. 1). Não o faz para condenar a certos homens, que sentem em si tal anomalia, sem culpa própria. Denuncia, com justo rigor, certa epidemia homossexual, que se tornara moda e que, ontem como hoje, pode estender-se também a muitos, que normalmente se sentem atraídos pelo outro sexo" (pp. 444-445). Ainda nessa linha, lê-se algumas páginas adiante que o fato de o II Concílio Vaticano não se ter pronunciado sobre os métodos concretos de "possibilitar as relações de amor entre os esposos, sem que haja possibilidade de concepção de nova vida" (p. 465), equivaleu a derrogar o que o Magistério ordinário da Igreja (agora mais uma vez pela Encíclica "Humanae Vitae") sempre sustentou quanto à iliceidade das práticas anticoncepcionais. Às páginas 457-458 aparece a franca justificação do concubinato. Mais ainda. Consideram os teólogos de Nimega com complacência o vício solitário: através da compreensão dos pais, os jovens não verão tal vício, durante a puberdade, "principalmente sob o sinal de pecado. Nessa fase emocional e instável, não existe geralmente, para o pecado grave, a necessária liberdade. (Aliás, também para adultos, faltará liberdade nessa matéria, em caso eventual, num grau muito maior do que se pensava antigamente)" (p. 471). E mais adiante se esclarece que "o que precede não vale, naturalmente, [...] como iniciação" apenas para crianças do sexo masculino (pp. 471-472). Ficaria incompleto este círculo de horrores, se não se justificasse também o suicídio em determinadas circunstâncias: "A vida não nos pertence. Mas pode haver casos em que alguém, em consciência, não tenha outra alternativa senão acabar com a própria vida" (p. 489).

Muito longe iríamos se fôssemos comentar o que o "Novo Catecismo" fala sobre "mundividências" que nos viriam do hinduísmo, do budismo, do islamismo, do humanismo ateu e do marxismo. Basta que citemos um dos locais em que o marxismo é apresentado como "paradoxo: nascido num mundo judeu-cristão", os elementos "cristãos" no marxismo podem vir a ser, para muitos, caminho para um Cristianismo novamente vivido. Nesse sentido, podemos talvez chamá-lo, não somente de "mundividência" pós-cristã, mas, também, de "cosmovisão" pré-cristã" (p. 42). Teilhard de Chardin diria: de acordo!

É tempo de encerrarmos ates comentários. Fazendo-o, com todo o respeito e veneração queremos estranhar que, diante dos erros básicos desse hediondo "Novo Catecismo", a Comissão Cardinalícia, após indicar alguns pontos em que ele escandalosamente se afastou da verdadeira doutrina, elogie "sua índole pastoral, litúrgica e bíblica", aprovando nele "o louvável propósito de apresentar a eterna mensagem de Jesus Cristo de maneira acomodada ao modo de pensar dos homens de nosso tempo" (Declaração, loc. cit., p. 691). Pode-se apontar qualidades reconfortantes em um vinho quando sua análise denuncia dose letal de veneno, a qual os fabricantes se recusam a extirpar (extirpação aliás difícil, tão indissoluvelmente as duas coisas se acham combinadas)?

De qualquer maneira, o que toca às raias do inconcebível em matéria de fraude é o modo como a Editora Herder, dizendo ter "a anuência da Cúria Metropolitana de São Paulo", lançou essa edição brasileira que estamos comentando. Em suas primeiras páginas, a Declaração da Comissão Cardinalícia é substituída por uma glosa elaborada, ao que parece, com o propósito deliberado de salvar o "Novo Catecismo" das críticas emanadas da Santa Sé, suavizando-as, deformando-as, e às vezes até mesmo invertendo-lhes o sentido. Pôr em circulação entre os fiéis brasileiros, para alimento de suas almas, esse livro deletério, é agir como o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra, e se lhe pedir um peixe, lhe oferecerá uma serpente (cf. Mat. 7, 9-10). Diante do espetáculo de tamanha calamidade, será o caso de bradarmos:

"Fogo, fogo, fogo! Socorro, socorro, socorro! Fogo na casa de Deus, fogo nas almas, fogo até no santuário! Socorro, que nosso irmão está sendo assassinado, socorro que nossos filhos estão sendo estrangulados, socorro que nosso bom pai está sendo apunhalado" (São Luís Maria Grignion de Montfort, "Oração abrasada").


ESCREVEM OS LEITORES

R. G. DO SUL

Exmo. Revmo. Sr. D. Frei Candido Maria Bampi, O. F. M. Cap., Bispo Auxiliar de Caxias do Sul: "Queiram remeter, por Reembolso, ao abaixo assinado, 12 exemplares do CATOLICISMO, n.° 227, novembro de 1969, — ou antes, melhor ainda (se as possuírem) em brochura, 12 exemplares da Carta Pastoral sobre o Santo Sacrifício da Missa, de Dom Antonio de Castro Mayer.

De antemão o abaixo assinado agradece e distribuirá com prazer a esplêndida Pastoral entre Sacerdotes, para que a leiam também e expliquem ao povo de Deus".

SÃO PAULO

Exmo. Revmo. Mons. Angelo Ramires Lucena, Vigário Capitular de Bauru: "O jornal CATOLICISMO há muito tempo vem, mantendo uma luta tenaz a favor da verdadeira tradição da Igreja de Cristo, que por muitos é mal vista e mal entendida.

É um verdadeiro sinal de contradição neste mundo conturbado que caminha cego para o abismo das negações, dos erros doutrinários e da ruína.

Aos que combatem o jornal é fácil verificar o engano. O jornal está aí. Leia-o, estude-o e se convença de que o jornal é combativo e contundente na defesa intransigente da Igreja Católica".

RIO DE JANEIRO

Da. Catarina Wagner de Brito, Fazenda Mambaça, Usina Santa Cruz, Campos: "[...] CATOLICISMO, jornal cujo valor cresce sempre no conceito dos bons católicos. Que a Divina Providência que nos deu como Pastor D. Antonio de Castro Mayer, culto, santo e piedoso Bispo, o guarde por muitos anos à frente de nossa Diocese".

VENEZUELA

Sr. Ricardo Zuloaga, Caracas: "[...] reciba una vez más mi agradecimiento por el regular envío de esa interesante publicación que con tanto valor y claridad enfoca los problemas a que tienen sometidos nuestros países las ansias de dominación del extremismo internacional y de lo cual también es víctima, en buena parte, la Iglesia Católica".

R. G. DO SUL

Revmo. Pe. Frei Teodoro de A. Chaves, Garibaldi: "Remeto um escrito sobre uma apreciação que Frei Boaventura Kloppenburg publicou na R.E.B., relativa ao Novo Catecismo Holandês.

Se julgarem conveniente poderão publicá-lo em CATOLICISMO, que é um jornal que realmente amigos e inimigos leem; os primeiros com amor e aprovando, os outros com ódio e detestando. "É inevitável que haja heresias", escreve São Paulo, como "é inevitável que haja escândalos", disse o Mestre Divino".

R - Estamos publicando o artigo em outro local desta edição.

SÃO PAULO

Revda. Irmã Beatriz de Jesus Crucificado, O. I. C., Mosteiro da Imaculada Conceição e de Santa Clara, Sorocaba: "Apreciamos muito os artigos publicados em CATOLICISMO; admiramos o seu trabalho incansável em prol da "Tradição, família e propriedade", e bem assim o empenho que está fazendo para que o "divórcio", destruição da família, seja condenado.

Parabéns pelo transcurso do aniversário da fundação de CATOLICISMO. Sugestão: continuar os trabalhos. Deus os ajudará. Nós rezamos e rezaremos por essa causa tão santa".

GUANABARA

Da. Maria José do Carmo Santos, Rio, em carta ao Sr. Alberto Luiz Du Plessis: "Por infelicidade, há dias veio-me às mãos a última página de CATOLICISMO de agosto do corrente ano [1969]. Qual não foi a minha estupefação e indignação quando li o seu cruel e criminoso artigo: "Tal é o açodamento, que nem mesmo o ridículo os detém". Confesso que me escandalizei horrivelmente e comigo todas as pessoas a quem o mostrei. Lembrei-me então das palavras de Jesus: "Ai daquele homem por quem vem o escândalo". Ainda que fosse verdade a infâmia lançada contra um morto — e que morto! — O senhor que se diz católico não tinha o direito de divulgar a suposta falta. Como o senhor teve coragem, Sr. Plessis, de reproduzir com comentários esta miséria ditada por um livro conhecido como escandaloso? agora, sou eu quem lhe diz a verdade: o senhor, sim, é que "se tornou réu de gravíssimo pecado" contra a caridade. Eu não creio que, por mais que os senhores vejam com cores negras a humanidade — com exceção dos privilegiados integristas — o senhor acredite, Sr. Plessis, que um chefe de família realizado, um católico consciente como Roberto Kennedy tivesse uma ligação ilícita e demonstrasse um desprezo tão criminoso pela vida alheia. Como também o senhor não há de acreditar que uma nobre figura como Martin Luther King todo dedicado a uma nobilíssima causa, a atraiçoasse com os comunistas e, por outro lado, fosse tão permeável aos encantos do belo sexo!...

E o que eu considero pior ou mesmo diabólico nos membros do CATOLICISMO é o gozo sádico que não conseguem ocultar quando tentam destruir a reputação alheia.

A estas horas, o seu miserável artigo já terá chegado às mãos do Senador Edward Kennedy.

Um dia, Sr. Plessis, Deus lhe pedirá contas severas desse seu crime, com as mesmas palavras que dirigiu a Caim: "Que fizeste? a voz do sangue de teu irmão clama da terra por Mim".

Espero que esta minha carta seja publicada em o CATOLICISMO".

R - Estamos diante de uma carta iracunda, e a paixão não é boa companheira nem da verdade, nem da lógica.

Manda a caridade que não se difame o próximo, mas essa mesma caridade ordena que se preservem as almas, especialmente as das gerações novas, contra os maus exemplos daqueles que são apresentados como os dirigentes da sociedade, ou como modelos para os demais. Assim agiram os Santos Padres e todos os apologistas do Catolicismo até hoje. O suave São Francisco de Sales estabelecia como obrigação o denunciar a presença do lobo vestido de ovelha.

Não é dos menos graves deveres dos jornalistas católicos o de orientar os leitores, desviando-os dos falsos ídolos. Têm eles o direito de recear que lhes sejam tomadas contas das almas que terão naufragado na Fé ou na Moral por causa do silêncio com que eles hajam permitido produzissem os escândalos seus frutos deletérios. Aos seus ouvidos soam desde já palavras com as do Senhor a Caim: Que é feito de teu irmão? Sua alma clama contra ti que a perdeste.

Por pior que seja o conceito que a autora desta carta faz dos redatores de CATOLICISMO, não deixa de ser verdade que eles estão cientes de suas obrigações como jornalistas católicos. Teríamos assim imenso prazer em publicar as provas com que a missivista desmentisse os fatos alegados contra o Senador Robert Kennedy. Provas, e não afirmações gratuitas que procedem da iracúndia, como a acusação feita — entre outras — a todos de CATOLICISMO, ou seja, a de um "gozo sádico que não conseguem ocultar quando tentam destruir a reputação alheia". Não nos cabe perguntar se Da. Maria José do Carmo Santos refletiu sobre as contas que dará a Deus Nosso Senhor por essa calúnia que assim lança ao vento.

RIO DE JANEIRO

Revma. Irmã Maria Escolástica, O. C. D. Mosteiro das Carmelitas, Teresópolis: "Tenho a comunicar-lhe o seguinte: acontecendo que um determinado número de o CATOLICISMO [n.° 224, de agosto de 1969] me caiu sob os olhos, li o artigo do Sr. Alberto Luiz Du Plessis "Tal é o açodamento, que nem mesmo o ridículo os detém". Nele o Sr. Du Plessis, em termos os mais crus abonam e propalam o que um livro — imprensa vulgar! — dos Estados Unidos publicou sobre o falecido Senador Robert Kennedy. Uma vez que, nós aqui acreditamos na honradez e virtude do Senador Robert Kennedy e mantemos com a família Kennedy vínculos de uma fiel e sincera amizade, com a permissão de nossa Madre Priora pedimos que suspenda a remessa de o CATOLICISMO para o nosso Mosteiro. Grata pela atenção".

■ Ainda uma vez, estamos diante de uma reação ditada pelo sentimento. Aponta assim esta carta termos "os mais crus" onde — para usar uma expressão corrente nos documentos eclesiásticos — nada havia de "ofensivo aos ouvidos piedosos".

Igualmente, a missivista julga "imprensa vulgar" o livro que narra os fatos pouco edificantes do malogrado Senador Kennedy. Com os recursos financeiros e publicitários que possui, teria muita facilidade a família Kennedy de desfazer as acusações que de qualquer maneira, em imprensa vulgar ou nobre, mancham a memória de um seu membro proeminente. Ora, não nos consta que semelhante desmentido tenha vindo a lume. De onde se conclui que nada havia a desmentir.

Pelo exposto; pode a Revda. Irmã avaliar da justiça com que recusa receber nosso mensário, enviado, aliás, graciosamente a seu Carmelo.

ARGENTINA

Sr. Carlos Alejandro Pitt, Córdoba: "[...] he venido recibiendo CATOLICISMO, el provecho de cuya lectura me excuso de encomiar".

RIO DE JANEIRO

Revmo. Pe. Reynato Breves Filho, Barra do Piraí: "Estando com o Sr. Bispo, recomende-me a Ele. Como o admiro! É um grande Bispo! Estou estudando a linda Carta Pastoral sobre a Missa".

SÃO PAULO

Exmo. Revmo. Mons. João Batista Lavéllo, Serra Negra: "Aprecio sobremaneira CATOLICISMO e admiro e louvo a coragem (sem temor) de dizer a verdade, doa a quem doer.

Parabenizo os ilustres redatores pela campanha permanente, vibrante e tenaz contra o comunismo ateu e contra os fantoches progressistas que querem fazer da Igreja de Cristo, um circo de variedades e pantomimas. Aprecio também os debates e a polêmica com certas autoridades que só querem ver nos outros hipocrisia, deslealdade e não olham para a sua cauda envenenada".

EQUADOR

Revmo. Pe. Oswaldo Fierro, Quito: "[...] su prestigiosa revista CATOLOCISMO, [...] que ha llegado a mi conocimiento por medio de un amigo.

He leído con muchísimo interés su revista y me gusta la orientación que tiene, por lo mismo le ruego enviarme un ejemplar pues quiero aprovechar de su lectura, sobre todo ahora que hay tanto desconcierto y falta de orientación en la Doctrina".

R. DE JANEIRO

Revmo. Pe. Alfredo Oelkers, Pároco de Lídice: "[...] queira remeter-me, quanto antes, cinquenta a cem exemplares avulsos deste formidável número do CATOLICISMO, número 220-221 — abril-maio de 1969, combatendo assim os "Grupos ocultos que tramam a subversão da nossa santa Igreja"... antes de que é tarde. E assim me mande junto a nota que liquidarei imediatamente".

MINAS GERAIS

Sr. Ubirani Souza, Serra dos Aimorés: "Até que enfim encontrei um jornal! Eu já quase estava desanimado de continuar na Igreja com tantos escândalos dados por Padres e Religiosos hoje. Parece que o mundo está ficando de cabeça para baixo. Mas para mim foi uma grande alegria quando por um acaso um colega me deu para ler um número de CATOLICISMO".

SÃO PAULO

Revmo. Pe. José Lelio Mendes, Mairiporã: "Diante da marcha conturbada da Igreja para o Pai, alguém que se atreve — meu caso — a desejar continuar recebendo o CATOLICISMO, creio que já seria a demonstração do apreço que se tem por tão ilustre jornal católico.

Gostaria de um jornal mais adaptado ao povo, mas percebo também a necessidade de artigos extensos bem mais argumentados que os vulgares que andam à solta por aí. Continuem nessa linha! Não importa que, como o cego do Evangelho, nossos pais sejam perseguidos, que sejamos expulsos das sinagogas por fariseus que sentem a verdade pesar sobre seus erros. Cristo nos fez ver: importa pregá-lo".

AMAZONAS

Revmo. Pe. Alcionilio Brüzzi, S. D. B., Taraquá, Rio Uaupés: "Recebi os n°s 220-221 e 223 de CATOLICISMO. São preciosismos para mim e muito lhe agradeço. Foi para mim uma revelação essa atitude de oposição sistemática à Igreja, do IDO-C e Grupos Proféticos, que eu já entrevira aqui no fundo da selva amazônica, ao receber casualmente um número das "Informations Catholiques Internationales". [...].

Mas, infelizmente, a grande defecção no seio da Igreja está a provar a superficialidade das convicções dos pretensiosos sábios do século XX, "homens de consciência adulta", como blasonam (talvez devessem dizer consciência adúltera). A adoração da novidade e da moda é um sintoma de debilidade mental. E a lamentável defecção de tantos católicos, Religiosos e Padres veio provar que grassava uma oligofrenia espiritual.

Estou convicto que os mais jovens dentre os que ora lutam nas fileiras da TFP verão os consoladores resultados desta depuração que se processa no seio da Igreja, na hora presente, resultados profeticamente entrevistos por Dom Bosco no seu sonho de 7 de janeiro de 1870. Embora, quiçá, essa transformação deva ser precedida pela catástrofe de que Fátima é uma advertência, e o sonho de Dom Bosco um impressionante esboço.

FRANÇA

Sr. Jean Ousset, Office International des Oeuvres de Formation Civique et d'Action Doctrinale selon le Droit Naturel et Chrétien, Secrétariat, Paris, em carta ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, que lhe enviara exemplares de nosso n.° 220-221, dedicado à denúncia da trama desenvolvida pelo IDO-C e pelos "grupos proféticos": "C'est avec joie que nous avons reçu, Michel de Penfentenyo et moi, les précieux envois que, sous le signe de la Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, vous avez eu la bonté de nous adresser.

Notre travail est tel, et nous parvenons si difficilement à faire tout ce qui nous assaille, que nous n'avons guère l'occasion de nous redire, comme il faudrait, notre profonde communion de pensée. La situation, en Amérique comme en Europe, devient tragique.

Cette synchronisation dans le combat trouve précisément dans le document que vous m'adressez une illustration toute particulière et bien réconfortante.

Puisque vous avez la bonté de redonner un élan nouveau à la diffusion par la revue "Approaches" du document sur l'IDOC, sans que la chose ait à être ébruitée plus qu’il ne faut, vous serez peut-être heureux de savoir que le groupe d'Approaches n'est ni plus ni moins que le groupe de nos amis en Grande Bretagne.

[...] Je suis heureux de cette occasion, Monsieur le Professeur, de vous redire, avec notre admiration, notre três affectueuse fidélité".

MINAS GERAIS

Revmo. Pe. Ernesto Antonio Voltarelli, Seminário Nossa Senhora de Sion, São. Sebastião do Paraíso: "Quero lhes pedir um grande favor: parem de nos enviar o luxuosíssimo CATOLICISMO. Ninguém aqui o lê; nas poucas vezes que o fizemos, ele só foi causa de irritação e dissabor. Irritei-me profundamente ao ler um número de janeiro p. p. [de 1969] em que um Sr. cônego de Belo Horizonte tripudiava com palavras altamente descaridosas e até baixas seus colegas de sacerdócio e mesmo bispos. Um erro não se corrige com outro erro maior. Todo extremismo é condenável. Com pretexto de combater o esquerdismo, CATOLICISMO e TFP radicalizam-se num extremismo exagerado de direita, a tal ponto que se esquecem até do maior preceito em que Cristo fundamentou sua doutrina: a Caridade. Que "catolicismo" é este? — Não é com um jornalzinho de papel finíssimo, eivado de ilustrações caríssimas, nem com "dezenove caravanas de propagandistas, motorizadas" (donde vem o dinheiro para tanto?) com rapazes perfumados e engravatados etc., etc., que se combate o comunismo. Tive ocasião de constatar nas portas de uma igreja de São Paulo com que falta de educação e até brutalidade estes rapazes da TFP tratavam senhoras moças que não queriam assinar seus papeluchos contra isso e contra aquilo, bem como seu alto grau de ignorância.

Não queremos receber CATOLICISMO em que é publicada uma pastoral sobre o Sto. Sacrifício da Missa, na qual o autor, apesar de Bispo da Igreja, faz questão de ignorar a Instrução sobre a Constituição da Sagrada Liturgia, a Constituição "Missale Romanum", citando 23 vezes a Mediator Dei e somente 3 o Vaticano II quando lhe convinha (à moda protestante). Parece que Paulo VI ainda está para ser eleito e que o Vaticano II se vislumbra num futuro muito longínquo. Teria muito que falar, mas paro por aqui para não me exceder.

Agradecemos encarecidamente, porém dispensamos o envio de CATOLICISMO, apesar de gratuito"...

R - Mais uma carta que merece, ela sim, as increpações com as quais gratifica a quantos não leem pela cartilha do progressismo. O missivista ataca com palavras altamente descaridosas e até grosseiras os admiráveis propagandistas da TFP, um seu colega de sacerdócio e até um Bispo insigne. Um erro não se corrige com outro erro maior. S. Revma. parece esquecido do maior preceito de Jesus Cristo, que é o da caridade.

E depois de tudo, o Revmo. Padre sai-se com este fecho: "paro por aqui para não me exceder". Será mesmo que julga não se ter excedido?

Quanto à estatística das citações encontradas na luminosa Pastoral de nosso Bispo Diocesano, sobre o Santo Sacrifício da Missa, parece o missivista acreditar que o Vaticano II acabou com a Tradição. Do contrário, não estranharia ele que um Bispo, ao tratar de determinado assunto, tome como base uma Encíclica pontifícia escrita especialmente para elucidar o mesmo assunto.