Nos últimos anos vem ocorrendo um fenômeno tanto mais alarmantes quanto menores reações tem despertado: a crescente influência do marxismo sobre o pensamento católico.
Numerosos católicos, leigos e eclesiásticos — e entre estes até Bispos, como o de Cuernavaca, Mons. Sergio Méndez Arceo — aceitam atualmente o conceito marxista de Cristianismo.
Como se chegou a isso?
A resposta é bastante simples: os marxistas aplicaram o método, profundamente psicológico e eficaz, da graduação. Primeiro, por uma propaganda adequada (durante retiros espirituais, "jornadas", "encontros", "congressos", etc., e em artigos de revistas teológicas) efetuou-se uma "lavagem cerebral" de uma parte do Clero, procurando eliminar a formação e a educação recebidas nos Seminários e Universidades. Depois pôde-se inocular em pequenas doses a cosmovisão marxista, e especialmente o conceito marxista de Cristianismo.
Foi sobretudo através da protestantização que a Teologia católica sofreu a marxistização. O marxismo influenciou profundamente o pensamento teológico protestante, de onde passou para os católicos, através das obras de autores como Karl Barth, Hromadka, Jürgen Moltmann, entre outros, cujas doutrinas encontraram ressonância em teólogos católicos como Ernst Bloch e Hans Küng.
Esse processo é apontado e descrito com clareza e profundidade pelo Pe. Miguel Poradowski, douto teólogo polonês radicado no Chile, no ensaio cujos tópicos mais diretamente ligados às preocupações de "Catolicismo" apresentamos nas páginas 3 a 6.
Roger Garaudy, em conversa com o falecido Cardeal Daniélou
O Pe. Hans Küng, representante católico da "teologia marxista"
Josef Hromadka – Jürgen Molimann – Ernest Bloch – Mons. Méndez Arceo