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Continuação

Prelados de todo o Brasil

gravidade, pelas consequências nefastas de uma possível implantação do divórcio em nosso País".

Exmo. Revmo. Sr.- D. Jaime Luiz Coelho, Bispo de Maringá: "Com fraterno abraço, agradeço o exemplar da sua Carta Pastoral "Pelo casamento indissolúvel", felicitando-o pela ajuda que presta à Igreja e à Pátria".

Exmo. Revmo. Sr. D. José Antonio do Couto, S. C. J., Bispo Coadjutor de Taubaté: "Recebi a Carta Pastoral de V. Excia. "Pelo casamento indissolúvel".

O documento de V. Excia., além de sua doutrina sólida e clara, aparece num momento muito oportuno, isto é, quando está acesa a polêmica sobre a indissolubilidade do matrimônio, e no Congresso Nacional vota-se a lei que introduz o divórcio civil no Brasil.

Muito obrigado pelo precioso presente".

Exmo. Revmo. Sr. D. José Gonçalves da Costa, C. SS. R., Bispo de Presidente Prudente: "Agradeço a remessa da Carta Pastoral sobre o divórcio, que, aliás, já tinha eu, comprado na rua, em São Paulo.

Com essa doutrina do Magistério não concorda o Pe. Jaime Snoek, no último (1.° deste ano) número da REB... Ele sabe melhor que a Igreja e o Papa..." '

Exmo. Revmo. Sr. D. José Lázaro Neves, C. M., Bispo de Assis: "Recebi e venho agradecer sua Carta Pastoral, sólida e substanciosa, sobre o divórcio; creio que terá ampla repercussão.

Na Diocese de Assis, sob a direção do Exmo. Administrador Apostólico D. Antonio de Sousa, também se fez um bom movimento no mesmo sentido. E estamos rezando para que esta praga não entre em nossa Pátria".

Exmo. Revmo. Sr. D. José Nicomedes Grossi, Bispo de Bom Jesus da Lapa: "Acuso o recebimento da Carta Pastoral de V. Excia. "Pelo casamento indissolúvel". Li-a de um só fôlego. Gostei muito.

Por coincidência, achava-se aqui de passagem para Brasília, o Deputado Federal, Vasco Neto, excelente católico e defensor do vínculo indissolúvel do matrimônio, na Câmara Federal. Dei-lhe o exemplar da Carta Pastoral. Julguei oportuna a ocasião para ajudá-lo nos debates, em defesa da causa da Igreja. Gostaria, porém, de ter em minha biblioteca um exemplar da mesma. Se for possível a V. Excia. enviar-me mais um exemplar, ficaria muito agradecido.

Com meus agradecimentos pela gentileza da remessa, subscrevo-me amigo e admirador".

Exmo. Revmo. Sr. D. Manuel Pedro da Cunha Cintra, Bispo de Petrópolis: "Escrevo-lhe para cumprimentá-lo pela Carta Pastoral "Pelo casamento indissolúvel". Como outras, esta também firme e sólida. Em que a gente se pode apoiar. Parabéns. Deus louvado!

Infelizmente nossa vitória contra o divórcio foi melancólica... Também pudera!..."

Exmo. Revmo. Sr. D. Othon Motta, Bispo de Campanha: "Com muito agrado recebi a sua Carta Pastoral sobre o casamento indissolúvel. Dou-lhe os parabéns pela doutrina sólida e pela oportunidade.

Que Deus nos livre deste mal!"

Exmo. Revmo. Sr. D. Paulo Rolim Loureiro, Bispo de Mogi das Cruzes: "Agradeço, vivamente, o exemplar da sua Carta Pastoral em defesa da família contra o projeto de lei que pretende implantar no Brasil a peste do divórcio. Meus parabéns pelo precioso documento pastoral".

Exmo. Revmo. Sr. D. Quirino A. Schmitz, Bispo de Teófilo Otoni: "Obrigado pela bela Carta Pastoral, que acaba de me mandar. Gostei principalmente da parte histórica, assunto que me será de utilidade em pregações e alocuções pelo rádio. Dou-lhe, com alegria, os meus parabéns".

Exmo. Revmo. Sr., D. Tomás Vaquero, Bispo de São João da Boa Vista: "Recebi e agradeço a remessa da Carta Pastoral sobre o divórcio.

Li e gostei. Penso que tenha dado seu contributo para que o divórcio não tenha passado nas Câmaras.

Precisamos dar prioridade à Pastoral da Família. Tudo e todos conjuram contra ela".


ESCREVEM OS LEITORES

Revda. Irmã Olga Ferraz de Campos Sales, Pacoti (CE): "[...] o tão apreciado CATOLICISMO".

Prof. David Piussi, Passo Fundo (RS): "O jornal é um "guia" para todos os católicos que ainda conservam a tradicional orientação da Igreja".

Capitão PM Ralph Rosario Solimeo, São Paulo (SP): "O CATOLICISMO é um jornal necessário para aqueles que se querem manter atualizados dentro da Santa Doutrina".

Sr. Manoel Francisco Conceição Jardim, Rio de Janeiro (RJ): "[...] digo com muita satisfação que a matéria contida no jornal é O máximo em conteúdo. Que Deus abençoe seus redatores e colaboradores".

Sr. Francisco Borgia de Carvalho Pinto, Santo Amaro (BA): "Continuamos a apreciar nosso querido mensário que muita falta nos fez durante o período que passamos em Portugal — de abril a dezembro de 74. Renovamos a assinatura e muito de coração, com os votos que formulamos aos SSmos. Corações de Jesus e Maria para que continuem abençoando tão excelente órgão de apostolado".

Da. Elisa Yoshie Nishida, São Bernardo do Campo (SP): "Aprecio muito o jornal CATOLICISMO, e gostaria de apresentar algumas sugestões para melhorá-lo ainda mais: 1.a) Menos fotografias e mais conteúdo; 2.a) Continuação da secção "Ambientes, Costumes, Civilizações"; 3.a) Substituição dos artigos publicados na "Folha de São Paulo" por outros de assuntos diversos, pois os mesmos já foram lidos por grande número de leitores.

Sr. Gerson Souza Carvalho, Fortaleza (CE): "Na edição de dezembro, de CATOLICISMO, foi transcrito um soneto de Camões com uma rima entre palavras iguais — "contenta". Como leigo no assunto permitam-me consultá-los se não houve, por acaso, lapso na transcrição, visto tratar-se dum autor da mais alta categoria, ou seja, trocada outra palavra que rima com contenta".

■ A transcrição está correta. Pedimos permissão para observar que os dois versos terminados por "contenta" rimam com o que está entre eles e termina por "representa".

Da. Amélia Mendonça Wilmers, São Paulo (SP): "CATOLICISMO para mim está perfeito — nada tenho a sugerir".

Revmo. Frei Alcides Lauvir Secco, Maracaja (SC): "Quanto a mim, não me interesso em assiná-lo, isto porque, em minha opinião, um jornal que critica o Papa, não pode dizer-se católico".

Sr. Joaquim Simas Sobrinho, Serrinha (BA): "Cabe-me dizer da minha satisfação quanto aos nove números recebidos, pelo seu primoroso conteúdo instrutivo e profundamente esclarecedor".

Sr. Aécio Speck Neves, Florianópolis (SC): "O jornal continua bom! Gostaria que os senhores, ao fazerem citações em língua estrangeira, colocassem a tradução após; as citações e referências bibliográficas são boas. Uma análise sobre a situação em Portugal seria interessante".

Revmo. Pe. José Egberto Pereira, Cuiabá (MT): "TFP: é uma organização de moços cheios de ideal cristão. Eles amam a pureza de maneira muito extraordinária, digna de ser imitada.

As acusações levantadas contra eles não têm fundamento in re. Deve ser entendido como afirmações gratuitas, sem base, somente por haver antipatia contra o movimento de moços sérios. Existe apenas uma implicância contra eles, de má fé ou de má informação. Posso afirmar com segurança que são moços bem intencionados, dignos, merecedores de apoio. Digo mais: aqueles que são contra, devem pôr em confronto com as próprias consciências para examinar os próprios interiores, a fim de fazer o juízo, ver quem está errado, ou certo. Quem se opuser contra estes jovens, está contra a FÉ e contra a PÁTRIA. Eles trabalham a bem da paz universal por meio da Fé cristã".

Revmo. Prof. Pe. Pedro Teixeira Pereira, S. D. B., Belo Horizonte (MG): "Somos antigos admiradores do periódico CATOLICISMO. Mas as circunstâncias de viagens, mudanças de residência e de trabalho na Congregação Salesiana me deixaram de lado dos estudos e lucubrações do grande CATOLICISMO.

A revista é um tratado mensal profundo que faz pensar e muito me ajudou na catequese para Cursos Ginasial e Científico. Na longínqua Missão Salesiana do Maturacá, ao lado dos indígenas Guaiakás achávamos tempo para nossos estudos no texto CATOLICISMO — isso quase à sombra do Pico da Neblina, do lado de cá da Venezuela, na Amazônia brasileira.

Agora, transferido para os trabalhos de Clubes vocacionais nos colégios salesianos, com sede em Belo Horizonte, [...] venho pedir informações como se faz a assinatura [

São Francisco de Sales os mantenha sempre ágeis na pena, fiéis na doutrina e terníssimos filhos de Maria SSma. que com tanto carinho dizemos Auxiliadora dos cristãos".

Da. Antonieta Gomes Machado, Campos (RJ): "Venho através desta manifestar-lhe meu apoio e admiração pelo jornal CATOLICISMO.

Tem realmente a matéria e os assuntos para iluminar e dirigir os católicos nestes tempos de confusão e provação, ao contrário de certas publicações que se dizem católicas [...].

Aproveito a oportunidade para firmar meu protesto contra a campanha difamatória que se vem fazendo por todo território nacional contra a benemérita TFP.

Depois de uma brilhante e vitoriosa campanha contra a praga do divórcio, iniciou-se uma orquestrada campanha de injúrias contra esta patriótica entidade.

Das várias acusações que se vem fazendo contra a entidade, há uma que julgo de direito responder. Diz-se que a TFP defende a família, mas que separa os filhos dos pais. Isto é a mais absurda das calúnias! Como mãe de um participante da TFP, e como Conselheira da Associação das Mães Cristãs, tenho a declarar que só tenho a elogiar a formação que a TFP dá aos rapazes, e que a acusação que a TFP separa os filhos dos pais é uma aberrante calúnia.

Aqui ficam meus sentimentos de estima e admiração pelo CATOLICISMO e aos seus propagandistas, os heroicos rapazes da TFP.

Pedindo a Nossa Senhora Aparecida que abençoe ao presidente da entidade, o Prof. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, por tão meritória obra, bem como aos demais, despeço-me oferecendo-lhes minhas orações".


VIETNÃ CATÓLICO IMPLORA NOSSA AJUDA ESPIRITUAL

De Bangcoc, Tailândia, escreveu-nos em 17 de abril p.p. o Revmo. Pe. Generoso Bogo, missionário brasileiro, há muitos anos no Vietnã, que presenciou a recente invasão desse país pelas tropas comunistas. Seu depoimento se reveste de grande interesse, razão pela qual o reproduzimos aqui na íntegra:

"Prezado Diretor,

Por estas duas linhas agradeço-lhe a gentileza de me ter enviado para Danang (Vietnã) alguns números de "Catolicismo". Peço suspender a remessa. Deixei Danang na Quinta-feira Santa. No sábado a cidade já caía sob os comunistas. Eu fora enviado para Saigon em busca de transporte para duzentas Irmãs, 950 órfãos e 250 aspirantes (meninas), mas os aviões não puderam mais aterrisar em Danang. — Conheci a divisão do país e o êxodo de 1954. Conheci os ataques do Ano Novo (Têt) de 1968, as ofensivas de 1972, mas o que vi em Danang há três semanas é do domínio da ficção que passou à realidade. Dantesco. Apocalítico. Nada de literatura nestas linhas.

Os termos que evocam a mais odiosa e pagã tirania dizem tudo por si mesmos. O Vietnã traído e massacrado. Traído pelo mundo livre. Abandonado por um cristianismo em plena decadência. Esquecido e desprezado pela passividade da consciência universal adormecida. "Os foguetes soviéticos disporiam de uma carga de justiça superior à dos americanos?" — Vinte divisões de soldados regulares comunistas penetraram no Vietnã do Sul apoiadas por milhares de tanques russos, em flagrante negação de todos os acordos de paz. Quem protestou?

E como pode ser que ainda haja cristãos e católicos que acreditem no marxismo e o apoiem? E quando eu volto ao Ocidente e ouço muitos imbecis falarem das vantagens do comunismo, pergunto-me a mim mesmo se eu mesmo não fiquei louco. É possível nesse caso aceitar a ideia de um cristão autêntico que procura a colaboração com o marxismo? — É coisa certa e ensinada pela Igreja que não poderá jamais existir um "modus vivendi", uma acomodação entre o Evangelho e o comunismo. Onde o comunismo se instala a Religião deve morrer. E o sangue dos mártires dessa opressão total e desumana deixa de ser semente de novos cristãos. A Igreja desaparece sem nenhuma esperança de ressurreição. O Vietnã cristão e livre foi demolido pela imprensa dita católica. Quando nós que vivemos muitos anos no Vietnã refutávamos todos os artigos tendenciosos e contra a verdade dos fatos, seus diretores não respondiam às nossas cartas ou, o que é o pior, limitavam-se a responder que nós não estávamos "por dentro" dos fatos!... Rezemos pelo Vietnã e pelos imbecis e covardes que, pelas suas mentiras, o traíram, o submergiram na tragédia. Os cristãos do Vietnã, envolvidos no sistema diabólico e cruel do desprezo total do homem e do paganismo, mendigam nossa ajuda espiritual".


BISPO DE CAMPOS TOMA A DEUS POR TESTEMUNHA: A TFP ESTÁ SENDO CALUNIADA

O Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer escreveu ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, uma carta relativa ao estrondo publicitário de que está sendo alvo a entidade. Dessa missiva, datada de 31 de maio, publicamos abaixo os principais tópicos, acrescentando-lhes subtítulos:

"Em silêncio, mas constrangido, presenciei à expansão da campanha, há dias desencadeada pela imprensa e outros meios de comunicação, contra a benemérita associação. que se gloria de tê-lo como Presidente.

Considerando a ausência de fundamento, esperava eu que essa campanha não passaria de uma explosão efêmera, destinada a murchar-se por si mesma e a desaparecer. Uma vez que ela continua, não posso, em consciência, manter meu silêncio.

Noto, aliás, que, de modo geral, a população não se está deixando impressionar pelo alarido suscitado pelos inimigos dos ideais da TFP, de maneira que fica ele circunscrito a determinados grupos, reduzidos, mas dotados de singular poder publicitário.

Protesto

Eis, no entanto, que essa campanha veicula tais injustiças, que não posso abster-me de contra ela formular meu protesto. Protesto que, no meu caso, é tanto mais imperioso quanto, tomando em consideração minhas relações com a TFP, a campanha me atinge na minha honra de Bispo da Santa Igreja.

Com efeito, orientei e acompanhei a atuação da TFP, diríamos, desde antes de ela nascer. Pois fui colaborador assíduo do "Legionário", participando ativamente das reuniões de seus diretores, desde 1936. E os responsáveis por aquele semanário católico eram precisamente os que hoje são os veteranos da TFP. O convívio e a cooperação com esse grupo de apóstolos leigos se estendeu pelos anos afora, até a fundação da entidade cívica de inspiração católica que é a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, e continuou até o presente.

Se, pois, a TFP fosse subversiva, nazifascista, perturbadora da ordem pública, se ela separasse, contra a ordem natural, os filhos dos pais, o que dizer de um Bispo que mantém mais contínuo contato com essa Sociedade, que a conhece em todos os aspectos de suas atividades, e aceita, de bom grado, o oferecimento da mesma para difundir sua Pastoral, em que, contra o divórcio, reivindica os direitos de Deus sobre a sociedade humana? Ele seria cúmplice e até mesmo conivente.

Por isso, como Bispo da Santa Igreja, tomo a Deus como testemunha de que essas acusações contra a TFP são falsas, e que portanto mantenho ilesa minha honra de Bispo.

Testemunho

De modo especial, devo protestar contra a acusação de que a TFP desenvolve atividades monarquistas, bem como de que tem caráter nazifascista, ou tenha organização paramilitar. Sociedade cultural, devotada à defesa dos ideais consubstanciados na trilogia de seu nome, sempre agiu, e, por princípio, sempre age, dentro da Ordem legal, fora de qualquer competição partidária, empenhando-se apenas pelo triunfo dos princípios da civilização cristã, de que são fundamentos basilares a Tradição, a Família e a Propriedade.

Externo-lhe, pois, Dr. Plinio, meus sentimentos de pesar por essa campanha destituída de qualquer conteúdo objetivo, injusta, pois, e densa de aversão emocional, e desejo que este testemunho chegue a todo o público brasileiro, e possa animar a todos os sócios, militantes e correspondentes da TFP. Possa ele ser ouvido, outrossim, das nossas mais altas autoridades. Estou, aliás, certo de que elas não se deixarão impressionar por uma propaganda que, cessada a campanha, deixará, pela sua inconsistência, confundidos até mesmo muitos dos que nela cooperaram.

Já antes do movimento empreendido para obviar a aprovação das emendas constitucionais divorcistas, os que acompanham as atividades da TFP já sabiam que o êxito do empreendimento, bem acolhido por todo o Brasil — os exemplares da Pastoral vendidos em pouco mais de trinta dias superam a casa dos 70 mil — suscitaria contra a Sociedade ódios e mesmo um estrondo publicitário. Estávamos, porém, igualmente convencidos de que a TFP não temeria correr o risco, por amor à instituição da Família. Na realidade, o estrondo publicitário veio e vai-se estendendo além de toda medida imaginável.

Dignidade

Censurável embora, em toda linha, ele me dá a grande satisfação de poder felicitar as vítimas desse estrondo, pela dignidade, elevação e galhardia com que se defendem. Seja-lhes de conforto a bênção contida na bem-aventurança proclamada por Nosso Senhor Jesus Cristo: "Felizes os que são perseguidos por amor da Justiça, que deles é o Reino dos Céus" (S. Mat. 5, 10).

Que Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, ajude a TFP na sua atuação em defesa da civilização cristã.

Queira, Sr. Dr. Plinio, aceitar a expressão de minha admiração e grande estima em Nosso Senhor".


Arcebispo de Cuiabá: forças ocultas desencadeiam estrondosa campanha

S. Excia. Revma. D. Orlando Chaves, Arcebispo Metropolitano de Cuiabá, deu a público, em data de 3 de junho, o seguinte texto:

"1. A Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, TFP, merece todo aplauso das forças sadias da Pátria brasileira, pela sua atitude destemida com que vem lutando contra a introdução do divórcio no Brasil.

Em campanha anterior colheu em toda a nação 1.600.000 assinaturas contra o divórcio, prova de que nosso povo cristão não quer este câncer da sociedade moderna. Agora, na última batalha divorcista, foi uma das forças mais atuantes para a derrota dos inimigos da família, espalhando pelo Brasil inteiro a Carta Pastoral do apostólico Bispo de Campos contra o divórcio. Foram divulgados quase 100 mil exemplares do substancioso documento.

2. Certamente é por sua atitude destemida e eficaz contra o divórcio e sobretudo contra o comunismo internacional, ateu, que ela está sofrendo uma rude campanha por forças ocultas, que desencadearam uma estrondosa propaganda publicitária de norte a sul do Brasil contra ela. É necessário que nossas Autoridades estejam de sobreaviso perante esta campanha tão amplamente urdida pelas hostes do mal. Quem está lucrando com tudo isso é o comunismo que tenta todos os meios para a conquista de nossa Pátria cristã.

3. Felizmente, as acusações que fazem contra a TFP não têm fundamento e cairão por si.

4. Cumpre-me incentivar esta intemerata Sociedade a pugnar em defesa dos valores básicos de nossa civilização cristã — Tradição, Família, Propriedade.

5. Termino fazendo um pedido à TFP: que no calor de sua luta, aliás digna de encômio, contra o comunismo, não leve a mal o esforço que a Santa Sé está fazendo para dialogar com os governos comunistas, com o fim de minorar a perseguição ateia, sistemática, que fazem contra os católicos remanescentes nos países além da cortina de ferro. A ação da Santa Sé em favor deles merece o máximo louvor e admiração, por parte de todos os católicos.

Trata-se de salvar nossos irmãos na fé que padecem os horrores da mais cruel perseguição. Isto é genuína caridade cristã para com os que sofrem.

Cuiabá, 3 de junho de 1975

† D. Orlando Chaves,

Arcebispo de Cuiabá".


Bispo ucraniano apóia TFP

O Exmo. Bispo D. José Romão Martenetz, O. S. B. M., Eparca ucraniano no Brasil — a maior autoridade do rito ucraniano católico em nosso País — dirigiu carta ao Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer, na qual externa seu pleno apoio à atuação da TFP. Eis a íntegra do documento, datado de Curitiba, em 6 de junho:

"Excelentíssimo Sr. Bispo,

Com satisfação li a carta de V. Excia., dirigida ao Exmo. Sr. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, em defesa da Sociedade TFP. Verdadeiramente, a campanha desencadeada pelos meios de comunicação contra a TFP teve sua origem na atuação que a Sociedade desenvolveu em prol da família brasileira. Outro motivo não pode haver, pois é notório que a Sociedade acata as autoridades constituídas, não perturba a ordem, não assalta bancos, não sequestra pessoas, nem aviões nem tampouco organiza guerrilhas, não trama a subversão. Sendo assim, único motivo da campanha contra a TFP pode ser o fato de que ela lutou frontal e publicamente contra o divórcio, conseguindo seu intento. Por isto está de parabéns.

Com fraternais e cordiais saudações, Irmão em Jesus Cristo

D. José R. Martenetz, O. S. B. M."


Arcebispo de Niterói: incitam ódio dos inimigos da Igreja

O Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Almeida Morais Júnior, Arcebispo Metropolitano de Niterói, afirmou em carta ao Sr. Bispo Diecesano, datada de 12 de junho:

"A altura em que V. Excia. se coloca no desempenho de sua sagrada missão episcopal, a publicação e distribuição aos milhares, de sua bela Carta Pastoral sobre o divórcio, a missão em que os moços da TFP dão realce aos méritos de V. Excia. e incitam o ódio dos inimigos da Igreja, tudo lhe dá admirável singularidade. Envio a V. Excia. os meus aplausos e peço a Deus lhe conceda muita vida e saúde".


A QUEDA DO VIETNÃ, FRUTO AMARGO DA "DÉTENTE"

A exemplo do que ocorrera por ocasião da entrada dos comunistas na capital do Cambodge, em todas as sedes da TFP o estandarte social foi hasteado a meio pau, e tarjado de negro, durante três dias, a partir de 30 de abril último, data em que a cidade de Saigon foi dominada pelos vermelhos. Ao mesmo tempo, a entidade promoveu um tríduo de preces no oratório de Nossa Senhora da Conceição, instalado em sua sede da Rua Martim Francisco, na Capital paulista, por intenção de todos os que tombaram na defesa do Vietnã, e para obter da Mãe de Deus graças especiais para os católicos sul-vietnamitas, postos agora sob a bárbara tirania comunista. Na ocasião, a TFP distribuiu o seguinte comunicado à imprensa:

"Em sinal de luto pela queda do Vietnã do Sul sob o jugo comunista, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade hasteou em todas as suas sedes, tarjado de negro; seu estandarte rubro marcado pelo leão dourado.

Por três dias consecutivos, às 19 horas, a TFP promoveu no oratório instalado em sua sede da Rua Martim Francisco, n.° 669, em São Paulo, a recitação de um terço nas intenções de todos os heróis que tombaram na luta contra o comunismo, em defesa do Vietnã. As orações tiveram também por objetivo obter de Nossa Senhora da Conceição auxílio especial para os sul-vietnamitas, que penetram agora nas trevas profundas do regime vermelho.

Esta Sociedade — já de há muito, a organização civil anticomunista mais importante do Brasil — não podia ficar indiferente à tragédia que se abateu sobre um país maciçamente anticomunista, do qual faz parte considerável número de católicos".

Prossegue o comunicado da TFP:

"O tratado de Paris de 1973, que instaurou a "détente" entre nações comunistas e anticomunistas a propósito do Vietnã., continua a produzir suas vítimas. Ontem tombava, ao cabo de uma luta nobre e árdua, o cadáver do Cambodge. Sobre ele cai hoje, ao final de longa e heroica epopeia, o cadáver glorioso do Vietnã.

A diplomacia dos EUA, e com ela a de quase todos os países ocidentais, deu crédito à palavra das nações comunistas, empenhada no Tratado de Paris. Depois de dois anos de violações contínuas por parte dos vermelhos, bem como de ingenuidades, concessões e recuos igualmente contínuos da diplomacia norte-americana, os comunistas acabam de se assenhorear escandalosamente da região que haviam pactuado não invadir.

Contra estes fatos protesta a TFP; em nome dos princípios de moralidade que constituem a base do convívio internacional. Tal protesto assume, em um de seus aspectos, nota especialmente dolorida. A maior solidariedade que possa unir criaturas humanas é a que vincula, na ordem sobrenatural, um católico a outro. No Vietnã do Sul, passam a estar sujeitos à sanha anticristã dos comunistas dois milhões de católicos, que lutaram como heróis contra a escravização de seu país pelo moderno Anticristo.

Entre esses heróis sobressaíram-se dois Prelados.

O primeiro deles, Mons. Pierre Nguyen Huy Mai, Bispo de Ban Mê Thuôt, cidade localizada 160 km ao norte de Saigon, foi assassinado recentemente com dois Padres de sua Diocese, ocupada agora pelos norte-vietnamitas.

O segundo é o Bispo da nova Diocese de Phan Thiet, executado juntamente com sete Sacerdotes, no dia 5 de abril.

Circula também a notícia de que, nas regiões dominadas pelos comunistas mais ao norte do país, estão ocorrendo, diariamente, milhares de execuções.

A TFP protesta com energia não menor contra a indiferença sonolenta e egoísta com a qual incontáveis católicos presenciam, no Ocidente, esta imensa tragédia. Tal atitude é tanto mais reprovável quanto abre caminho para erro ainda maior: a indiferença diante do prosseguimento da "détente", inspiradora do Tratado de Paris e que se estende hoje, de uma forma ou de outra, por quase todo o âmbito das relações entre o bloco comunista e o anticomunista.

O transe em que assim se encontra o mundo não comporta uma sonolência hedonística e materialista. Ele exige oração, vigilância, ação contínua. "Vigilate et orate", preceitua o Evangelho.

O protesto da TFP não se reduz a um vão gesto de inconformidade. Ele importa num apelo à luta e à oração, dirigido a todos.

Sem isto não afastaremos de nosso País catástrofes como a que ensanguentou o Vietnã e o Cambodge. Ou como a que está ameaçando prostrar por terra nosso querido e glorioso Portugal.

E um dos meios mais eficientes para realizar os propósitos de oração, vigilância e ação consiste em que cada qual, implorando a graça divina, combata em si e em torno de si o espírito da "deténte"..