Pentecostalismo "católico": perplexidades, apreensões e suspeitas

A chamada "Renovação Carismática"

Constantino Di Pietro

Este ano o Congresso Mundial dos pentecostalistas teve lugar na própria Roma, centro da Cristandade.

O grande número de participantes e os prestigiosos apoios que receberam, fazem pensar que esse ainda mal conhecido movimento tenha alcançado já proporções consideráveis. Apesar do grande número de livros e artigos publicados a respeito, a confusão e as controvérsias em torno dele não têm senão crescido. Assim é importante que os católicos desejosos de permanecer fiéis à doutrina tradicional da Igreja analisem com cuidado e atenção esse novo fenômeno. O presente trabalho tem como objetivo contribuir para essa indispensável análise.

Origens protestantes do pentecostalismo

Vejamos, em suas grandes linhas gerais, as origens do movimento.

O assim chamado pentecostalismo clássico surgiu no século passado, nos Estados Unidos. Em 1892, dois pastores protestantes, W. F. Bryant (metodista) e R. G. Spurling (batista) fundaram uma nova seita na Carolina do Norte, a igreja pentecostal. A concepção protestante de que "só a Bíblia é suficiente", os dois pastores acrescentaram a sua própria doutrina da necessidade de um "batismo no Espírito pela imposição das mãos", cuja eficácia seria atestada pelos carismas, como o dom das línguas, o dom de profecia, o dom de cura.

O movimento expandiu-se rapidamente pelos Estados Unidos, tanto mais quanto pretendiam pregar uma religião viva, em contraste com as religiões institucionalizadas. A partir de 1900, um jovem pastor metodista, Charles Parham, deu novo impulso ao pentecostalismo, através de experiências com os alunos de sua escola bíblica de Topeka (Kansas). Um pastor negro de nome Seymour levou o movimento para Los Angeles, onde surgiram explosivamente várias comunidades.

Tendo havido alguns excessos de exaltação religiosa, as igrejas batistas e metodistas afastaram-se do movimento. Os que haviam aceitado o espírito pentecostal, vendo-se excomungados de suas igrejas, reuniram-se em novas comunidades denominadas genericamente pentecostais. Atualmente contam-se nos Estados Unidos 55 confissões com esse título. A maior das federações é a chamada Assembléia de Deus.

A partir de fins da Segunda Guerra, uma nova onda de movimentos com as mesmas características, saídos das seitas protestantes, deu origem ao neo-pentecostalismo, que se desenvolveu na década de 50. É significativo, entre estes grupos, a associação de homens de negócio Full Gospel Businessmen Fellowship.

Cursilhistas fundam o "pentecostalismo católico"

Em fins de 1966, depois de um Congresso Mundial de Cursilhos de Cristandade, em Duquesne, Pittsburg, alguns participantes encontraram — segundo consta, por acaso — dois livros pentecostalistas: The Cross and the Switchblade (A Cruz e o Punhal) — no qual o pastor D. Wilkerson narra o seu apostolado entre os jovens marginais de Nova York, dados à droga, ao furto e à prostituição — e They speak with other tongues (Eles falam em outras línguas) , onde o jornalista J. Sherill apresenta, de modo fascinante, os progressos das comunidades pentecostais nos Estados Unidos (1). Entusiasmaram-se desde logo com os livros, julgando terem encontrado neles aquele algo mais que lhes parecia faltar ao Cursilho.

Puseram-se em contacto com um pastor da igreja episcopal, o qual os apresentou a uma senhora pentecostalista episcopaliana. Esta, por sua vez, convidou-os a uma reunião no dia 13 de janeiro de 1967, sob a presidência de Florence Dodge, pentecostalista presbiteriana. Numa segunda reunião presidida por Mrs. Dodge, dois cursilhistas — Patrick Bourgeois e Ralph Keifer receberam o batismo do Espírito. Nascia assim o chamado pentecostalismo católico ou Renovação Carismática.

De Duquesne, o movimento passou rapidamente para a Universidade Notre Dame, em South Bend, onde se fundou um grupo, cuja primeira sede foi — segundo a revista canadense Michael(2) — a casa de um capelão local do Opus Dei, Pe. Robert Connor. O grupo de Notre Dame foi o propulsor e o núcleo de expansão do movimento. Em março de 1967 ele se uniu ao grupo protestante Full Gospel Businessmen Fellowship, já mencionado.

Se em 1967 o movimento começara com cerca de 90 pessoas, no ano seguinte já eram cinco mil nos Estados Unidos. Sua expansão pelo mundo foi rápida, dos Estados Unidos à Europa, à Ásia, à América do Sul e à África. Um boletim da Renovação Carismática brasileira vangloria-se de que um livro-chave do movimento já foi traduzido até para o sotho, língua dos bantus africanos.

Crise interna?

Os dados referentes ao número de adeptos variam enormemente, de acordo com a fonte. Enquanto algumas publicações dizem que só no Brasil havia, em 1971, 4 milhões de adeptos, outros atribuíam um total de apenas 600 mil para o mundo inteiro, em 1975... Outras, ainda, falam de um total mundial de 15 a 33 milhões. Como se vê, a confusão é total a respeito, e os dados tão disparatados entre si, que nem os próprios pentecostalistas sabem avaliar, nem aproximadamente, quantos são na realidade.

O Pe. Antonio Barruffo, S.J., procura explicar essa divergência e fornece dados bem mais modestos : "Por se tratar antes de uma "corrente espiritual" com forte dinamismo de crescimento, difícil se torna fornecer dados numéricos exatos sobre o número dos que participam dela efetivamente. Há quem calcula que, nos Estados Unidos, sejam de 60.000 a 120.000 e, no mundo inteiro, entre 200.000 e 300.000"(3).

Decadência confessada da maneira mais penosa

O movimento atravessaria no momento uma etapa difícil, a crermos no Pe. Edward O'Connor, uma das suas mais importantes figuras. Ele revela que o número dos desertores é crescente, assim como o dos grupos que se dissolvem. Diz que o movimento perdeu o entusiasmo inicial e que, literalmente, corre o risco de se evaporar. Seriam muitas as "rivalidades pessoais" e as "dolorosas divisões" em seu seio. Afirma ainda que, neste momento, os esforços do pentecostalismo católico para continuar avançando, são "como os cosméticos com que uma mulher de idade tenta agarrar-se às aparências de sua juventude desvanecida"(4). Tudo isto lhes teria impedido de levar adiante uma ação social mais significativa.

Uma doutrina de pretensões universais

A doutrina desse movimento resume-se no pedido e obtenção de um Segundo Pentecostes, com as características de interconfessionalidade, comprovação de seus efeitos pelo dom das línguas e outros carismas, tudo o que, deve produzir uma conversão e uma renovação de peculiaridades especiais. Assim, segundo eles, esta renovação deve transformar primeiramente os indivíduos, depois as igrejas institucionais. Por fim — como veremos em interessantes documentos — esperam levar a cabo a reforma da sociedade humana e das estruturas sociais e estatais, através de uma ação social inspirada diretamente pelo Espírito Santo.

As pretensões universais desta renovação tanto espiritual, como social, não podiam deixar de suscitar apreensões, apesar de sua relativamente discreta organização, e do grande empenho de seus líderes em que suas características mais preocupantes não apareçam claramente. Os líderes agem com grande precaução neste sentido.

O que não impediu certa inquietação entre membros do Episcopado.

1 - Repercussões mundiais

Com efeito, na medida mesma em que o movimento ganhava proporções mundiais, vozes episcopais foram-se fazendo ouvir, denunciando abusos, alertando quanto a perigosos desvios contra a fé e o modo de entender a vida cristã, bem como o caráter exclusivista e até sectário do pentecostalismo dito católico, mais conhecido como Renovação Carismática. Também Teólogos, Moralistas e outros especialistas nas Ciências Sagradas, têm externado suas preocupações com relação a certos aspectos do movimento, quando não ao seu todo.

Apreensões da Hierarquia

Em 1971, Mons. Timothy Manning, Arcebispo de Los Angeles, hoje Cardeal — que não pode ser apontado como tradicionalista — publicou uma Carta Pastoral de advertência aos fiéis católicos, assinalando que "o excessivo emocionalismo, credulidade e pretensiosos espetáculos carismáticos, questionam a autenticidade da atividade do Espírito". E alertou especialmente quanto ao aspecto sacramental do movimento (5).

Mons. Robert J. Dwyer, — Arcebispo de Portland, Oregon — em um artigo muito difundido, considera o pentecostalismo "uma das mais perigosas tendências na Igreja em nossos dias, estreitamente ligada em espírito a outros movimentos desagregadores e divisionistas, ameaçando grande dano à unidade da Igreja e prejuízo para incontáveis almas. E nós não somos, de forma alguma, o único dentre os Bispos a pensar assim".

O Prelado compara o movimento de Renovação Carismática com o brahamanismo, os gnósticos, quietistas, cátaros e montanistas, nos quais vê características idênticas e os mesmos "começos inocentes". Afirma que esse movimento produz "curto-circuitos" na Igreja e opera com substitutos dos Sacramentos (6).

Até o liberal Episcopado canadense, numa recente apreciação — aliás bastante moderada — do pentecostalismo, apontou o excessivo relevo dado à sensibilidade, a escassa reflexão bíblica e doutrinária, e a evasão da realidade (7).

O Arcebispo Mons. Marcel Lefèbvre, respondendo através de uma revista canadense sobre o que se deve pensar do pentecostalismo católico, afirmou que ele representa "nem mais nem menos que uma volta ao protestantismo", e que "devemos estar atentos a estas coisas e rejeitá-las absolutamente” (8).

Os Cursilhos, como vimos, aparecem significativamente nas origens do chamado pentecostalismo católico, e a doutrina carismática não é senão a exacerbação dos pontos de partida cursilhistas, pelo que é oportuníssimo transcrever algumas passagens da famosa Carta Pastoral sobre Cursilhos de Cristandade, do insigne Bispo de Campos, D. Antonio de Castro Mayer, a esse respeito: "Com efeito, mais do que sobre o papel do conhecimento intelectual da Revelação, insistem eles [os cursilhistas] sobre a "VIVÊNCIA", ou seja, a experiência, o contacto vivo, a atração entusiasta". "Se vê que Cursilhos procuram a conversão, mediante uma via predominantemente alógica, que chamam de "VIVÊNCIA". "Nossa apreensão aumenta, amados filhos, pelo fato de que a minimalização do papel da inteligência, na conversão do indivíduo, vem acompanhada de muita ênfase dada ao fator emotivo". "A importância que Cursilhos dão às emoções e impressões levou muitos a aproximarem o tríduo cursilhista de uma lavagem de cérebro” (9).

E o Boletim Diocesano, publicado em Campos sob a égide de D. Antonio de Castro Mayer, em dois números sucessivos, mostra as reservas que o movimento inspira, e aproxima a ideologia carismática das concepções modernistas sobre a fé, como se verá adiante (10).

"Males graves que afetam a fé católica"

O Pe. John A. Hardon, S.J. — Professor de História das Religiões no Bellarmine School of Theology, de Chicago — em conferência durante a reunião anual do Clero de Nova York, assinalou que o pentecostalismo segue "o mesmo curso do gnosticismo, do montanismo e do iluminismo", e o qualifica como a "erupção de males novos e graves que afetam a fé católica". Observa ainda que tudo se baseia em uma pretensão e convicção de "obter pessoalmente uma infusão preternatural", e que constitui uma ideologia que não se identifica com o catolicismo tradicional. Cita trechos dos próprios pentecostalistas, nos quais estes atacam a Teologia mística tradicional dos Doutores da Igreja (11).

Excitação sensorial e emocional

D. Peter Flood, O.S.B. — autoridade em assuntos médico-morais — analisa cientificamente o fenômeno de falar em línguas ou glossolalia, e outras manifestações no movimento carismático. Compara a excitação sensorial das reuniões de grupo com a produzida em ratos ao serem-lhes aplicados eletrodos nos centros hipotalâmicos. Assinala a grande analogia com movimentos heréticos do passado, especialmente com o de Montano, que se dizia "porta-voz do Espírito Santo".

Salienta que é significativo o cuidado dos pentecostalistas católicos em chocar o menos possível o pensamento católico local, o que explicaria a multiformidade desses grupos, conforme as circunstâncias. E finaliza: "Como todas as formas de puro deleite sensorial, esta excitação emocional pode descer fácil e rapidamente ao plano sensual"(12). É, aliás, o que tem acontecido, como veremos.

"Uma experiência religiosa subjetiva"

Já o Pe. Leslie Rumble, M.S.C. — doutorado pela Universidade Angelicum, de Roma, e autor de cinqüenta estudos sobre religião comparada — afirma que os pentecostalistas alteram a liturgia católica com interjeições descabidas, e qualifica suas manifestações de "experiência religiosa subjetiva, acrítica e neo-romântica". Baseou seu estudo, entre outras coisas, no testemunho de "muitos desiludidos". Encontra graves erros contra a fé nos diversos aspectos da assim chamada teologia carismática (13).

Por sua vez, o Pe. Augustine Serafini considera também o pentecostalismo como uma "experiência muito subjetiva"; aponta muitas doutrinas erradas no movimento, e dá muita importância à conclusão teológica tradicional de que é necessária a primazia da inteligência como requisito de catolicidade das proposições espirituais, o que falta fundamentalmente no pentecostalismo (14).

Em Le Pentecôtisme, Effusion de l'Esprit Saint ou Sacrement du Diable? o teólogo francês Pe. Noël Barbara relaciona claramente esse movimento com a diabólica operação de destruição da Igreja, que está sendo realizada pelos progressistas; o Pe. Barbara cita uma famosa sentença de Santo Agostinho: "Na medida em que se esteja unido à Igreja, se possui o Espírito Santo" (15). O que é justamente o contrário da orientação carismática.

Fator de exaustão emocional

Muitos outros Bispos, teólogos e especialistas, de uma forma ou de outra, vêm manifestando suas preocupações. Há um grande número de estudos e artigos na tônica dos já citados. Além de tratarem diretamente de questões doutrinárias ou históricas, alguns autores apontam o perigo que esse movimento representa para a vida religiosa, pois o pentecostalismo ataca os três votos tradicionais, a saber, de pobreza, de obediência e de castidade.

De outro ponto de vista, o sociólogo Pe. Andrew Greeley, por exemplo, considera-o como um fator a mais de "exaustão emocional" no cenário norte-americano: "Estamos cansados da ininterrupta corrente de RESPOSTAS MÁGICAS que vêm cada ano: cursilhos, sensitivity, catequese querigmática, pentecostalismo"(16) (destaque nosso).

É interessante a observação do psicólogo italiano Pe. Rosario Mocciaro, que compara as formas de oração carismática com a "exaltação dos torcedores no estádio de futebol"(17).

Em outra linha de manifestações, há Sacerdotes que se declaram simpatizantes do movimento, mas que apontam nele erros como "paraclericalismo", "fundamentalismo", "paródia dos Sacramentos", "aberrações", etc. Entre estes encontram-se o Pe. Robert Wild, o Pe. Anselm Walker e o Pe. Tugwell, O.P.

A inconformidade dos pentecostalistas da primeira hora

São inumeráveis as pessoas que, depois de haverem participado ativamente desses grupos, separaram-se deles em determinado momento, e passaram a criticá-los.

É especialmente significativo o ataque da Dra. Josephine Ford, outrora uma das principais líderes carismáticas nos Estados Unidos, que acusa agora o pentecostalismo de "arrogância espiritual" e de "espírito de sectarismo protestante" (18).

Mais ainda, é digno de nota o depoimento de William Storey, Professor de Liturgia e de História da Igreja na Universidade Notre Dame, e um dos fundadores do movimento, pois estivera no grupo inicial de Duquesne, em 1967. Em larga entrevista, alerta contra os "gravíssimos perigos, erros teológicos, e modelos de resposta incompatíveis com as tradições católicas autênticas"; posposição da Igreja em favor das relações com pentecostalistas protestantes, bem como um "fundamentalismo radical", que é "inconsistente e inaceitável pela comunidade católica". Denunciou ainda "um certo autoritarismo" e uma forma "das mais duvidosas" de psicanálise de amador e de lavagem cerebral.

Abusos e violências

A suas críticas somaram-se as de outros dissidentes, dirigidas especialmente à convenanted community (comunidade na qual membros são vinculados por uma espécie de contrato) True House, de Notre Dame, onde se praticaria a "integração forçada" (breakthrough ministry) , técnica empregada para remediar as dificuldades de certos neófitos de se integrarem à vida comunitária.

Francis Hittinger, ex-membro da comunidade, que era o encarregado dessas sessões, recebia de um dos dirigentes todo um dossier com informações sobre o passado pessoal e familiar do membro "que estava causando problema", bem como de suas fraquezas psicológicas, etc. Uma noite, sem aviso prévio, o indivíduo em questão era arrancado da cama pelo "coordenador" e devia-lhe fazer uma confissão geral desde a infância e reconhecer os seus erros. O coordenador o exorcisava e às vezes queimava seus livros e suas roupas, depois de lhe extorquir promessas humilhantes (como a renúncia aos títulos universitários) e de fazê-lo jurar que jamais contaria a um Sacerdote o que acabava de ser feito com ele. Os defensores dos carismáticos, como o Pe. John Reedy alegam que abusos desses limitaram-se a algumas comunidades, mas que não afetam o movimento pentecostalista em seu conjunto(19).

2. — O Pentecostalismo na corda bamba da análise

A seguir procuraremos fazer um resumo das objeções levantadas ao pentecostalismo dito católico. Os intentos de legitimar esse movimento como católico e verdadeiramente espiritual não conseguiram transpor a corda bamba que a análise estende no caminho da Renovação Carismática.

Essa corda tem três fios fundamentais, que retomaremos juntos, depois de segui-los separadamente. São eles o aspecto histórico, o aspecto ascético e o aspecto propriamente doutrinário.

A. - O extravagante cortejo das préfiguras

Já é um lugar comum comparar o pentecostalismo com diversas seitas da História das religiões. Como carecem de maior interesse, apenas as enumeraremos sumariamente. Segundo os historiadores e teólogos, quase todas elas apresentam os mesmos súbitos fenômenos de dom das línguas, dom de profecia e convulsões espirituais. Para maior comodidade, dividimo-las em três grupos: os não-cristãos, os grupos protestantes e heresias antigas e os grupos progressistas.

• Entre as manifestações não-cristãs, citam-se os eleusinos, dos quais Plutarco escreve que, em meio a exaltações indecentes, tinham o dom das línguas; as danças frigias, referidas por São Jerônimo, com características semelhantes; os derviches; vários conglomerados de seguidores de gurus hinduístas; os budistas zen; os zoroastristas, especialmente em suas origens; certos setores yogas; os cabalistas; os idealistas do pseudo-absoluto de Schelling; os espíritas e algumas das vertentes mais avançadas do hippismo e do estruturalismo.

• Na segunda classificação apontam-se os montanistas; os pelagianos; os illuminati; os alumbrados do tempo de Santa Teresa; os anabatistas; os trembleurs e quakers; alguns mórmons dissidentes; os jansenistas; os quietistas; os exaltados Great Awakenings do século XVIII; os camp meetings e Revivals do século XIX nos Estados Unidos; os holy rollers; o Evangelho integral, e outros muitos. Os próprios pentecostalistas reconhecem como precursores, de modo especial, os movimentos norte-americanos acima citados.

• Encontram-se também insertos na tormenta progressista que aflige a Santa Igreja, com suas características comuns de detrimento da fé em favor da sensibilidade, super-ecumenismo, antiinstitucionalismo, etc. Foi exatamente o que o grande Pontífice de nosso século, São Pio X, condenou

(continua)

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