Em nossos dias, o problema das relações entre Igreja e Estado é um dos que se encontram no centro dos acontecimentos. Mas qual deve ser, segundo a doutrina católica, esse relacionamento? Qual é seu ponto central? O que dizem os Padres da Igreja, Doutores e Pontífices a respeito das relações entre o poder espiritual e o poder temporal? Que responsabilidades têm eles entre si e os fiéis em relação a ambos? Quais as consequências que acarretam o indiferentismo e a, neutralidade do Estado em face da Religião católica, única verdadeira, e das falsas confissões religiosas? O laicismo da sociedade atual constitui um dos fatores mais importantes para a desagregação da civilização contemporânea?
A chave dessa candente temática resolve-se na doutrina da Realeza efetiva de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre o universo espiritual e material. Todas as desigualdades harmônicas que Deus ama e deseja que existam na criação para refletir Sua imagem, formam como que uma imensa pirâmide, no topo da qual encontra-se a obra-prima de Deus, a mais perfeita criatura: Maria Santíssima. E acima dEla, o Verbo Divino Encarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo — Rei do Universo.
Esse conjunto de assuntos — de máxima atualidade — é desenvolvido com profundidade e erudição por um teólogo reconhecido como dos maiores do Brasil: D. Antonio de Castro Mayer. Pastor vigilante, lutador incansável contra os erros que ameaçam seu rebanho, o Bispo de Campos recorda a doutrina social da Igreja atinente a esses temas, focalizando especialmente concepções errôneas que hoje grassam entre os fiéis e não raro entre eclesiásticos.
Pela sua elevação e atualidade, esta Carta Pastoral do Bispo de Campos interessará não só a seus diocesanos — aos quais ele se dirige — mas a todo o católico desejoso de conhecer os importantes princípios que devem reger uma ordem social verdadeiramente católica.