A 13 de maio de 1917, a Virgem Santíssima aparecia a três pastorinhos em Fátima. Em seguida, advertia para um castigo terrível que viria sobre o mundo se este não ouvisse Suas palavras. Não será a crise que hoje abala a Igreja parte dessa punição? Transcorridos 60 anos, é o momento de se fazer um balanço e considerar a crise atual à luz da mensagem de Fátima. (Página 3).
Em 1968, a TFP coletou 1.600.368 assinaturas para uma mensagem que pedia a Paulo VI medidas contra a infiltração comunista nos meios católicos (foto). O maior abaixo-assinado de nossa História continua sem resposta. Agora, um Arcebispo exibe à imprensa documentos que comprovam a infiltração marxista no Episcopado. O Vaticano relegará essa denúncia ao mesmo descaso com que deixou cair no silêncio a mensagem da maior nação católica da terra, em 1968? Essa é uma das questões abordadas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em entrevista e artigo para a imprensa nacional. (Página 2).
13 de agosto de 1961 — Soldados da Alemanha comunista colocam as últimas lajes de concreto no "muro da vergonha", que até hoje divide Berlim (foto).
O drama de Berlim repete-se na Europa, dividida pela "cortina de ferro". China, Cuba, Vietnã e outros países comunistas são igualmente palco das mais flagrantes e brutais violações dos direitos mais elementares.
Mas, para a Rússia, isso não satisfaz. Ela empreende a guerra psicológica revolucionária nos quatro cantos do mundo, ameaçando também a América do Sul.
Era de se esperar que o Presidente Carter e sua equipe, ao basear sua política na questão dos direitos humanos, voltassem os olhos primordialmente para a tirania praticada nos países comunistas.
Porém, tal não sucedeu.
Em vez de pressionar os regimes marxistas — violadores de todos os direitos humanos — a conduta da Casa Branca criou desnecessariamente sérios atritos e dificuldades com os principais aliados dos Estados Unidos na América Latina, entre os quais o Brasil.
Essa afirmação é feita pela American Society for the Defense of Tradition, Family and Property (TFP), em importante documento apresentado em Washington aos membros do Congresso, ao Departamento de Estado e a influentes personalidades.
Intitulado Direitos humanos na América Latina — O utopismo democrático de Carter favorece a expansão comunista, o documento da TFP norte-americana observa: "É curiosa a conceituação da administração Carter sobre os direitos humanos. Ela se outorgou o direito de definir, dogmaticamente, e com validade absoluta para todos os povos, grande número de pontos controvertidos, como se fosse uma espécie de Vaticano infalível, determinando a natureza das liberdades civis que todas as nações têm que aceitar".
Sustenta ainda o documento que Washington desencadeia sobre aliados latino-americanos uma série de pressões, sanções e ameaças. Enquanto isso, entabola negociações amistosas com inimigos declarados como Cuba e o Vietnã.
Não só pelo interesse que apresenta em relação ao nosso futuro, como pela inteligência e descortino com que foi redigido, o documento da TFP norte-americana merece ser ponderado por todos os brasileiros.
Distribuído às principais agências noticiosas internacionais, um resumo do documento foi publicado em grandes órgãos da imprensa das Américas. (Página 4).