Nixon inaugurou a era da détente com suas viagens a Pequim e a Moscou, em 1972. Na ocasião, as agências internacionais noticiaram que o aeroporto da capital soviética estava repleto de pequenos jatos que para lá conduziram grande número de homens de negócios norte-americanos. Era a abertura de uma nova fase de remessas de créditos, tecnologia e alimentos ocidentais para os cofres e celeiros vazios do mundo comunista.
Dissemos nova fase. Pois não era a primeira vez que a economia ocidental salvava o regime de Moscou. Trotsky e Lenine só entraram na Rússia, em 1917, graças à colaboração do então Presidente norte-americano Woodrow Wilson e do Alto Comando do Exército alemão. Mais tarde, durante a 2a. Guerra Mundial, o Presidente Roosevelt, cercado de representantes da alta finança, dispensou a Stalin uma ajuda sem precedentes.
Tais revelações estão contidas no livro "Wall Street and the Bolshevisk Revolution", do Prof. Anthony Sutton, comentado à página 3.
Na foto, Roosevelt (sentado) com membros de seu governo. Ao fundo aparece Nelson Rockefeller (terceiro da direita para a esquerda), cujo grupo econômico, juntamente com outras organizações ocidentais, auxiliou o financiamento do regime bolchevista em sua fase inicial.
O QUE PENSA o leitor deste indígena australiano? Por que se discute hoje se os selvagens devem ou não ser civilizados? Devem os homens de nossos dias voltar ao período pré-neolítico e à prática da magia, como quem retorna a um paraíso perdido? O que visa LéviStrauss quando faz elogios líricos ao estado tribal, do alto de imponente cátedra no Collège de France? E o progressismo católico, que relação tem com isso?
Neste século, que se jacta do triunfo da ciência sobre a barbárie e a superstição, pareceria incrível que se apresentassem questões como essas. Porém, a tal ponto vai ganhando publicidade a chamada corrente estruturalista, que uma análise se impõe. Desse tema trata o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira na terceira parte de seu ensaio Revolução e Contra-Revolução, comentada por nosso colaborador Gregório Vivanco Lopes, à página 4.
"A Europa será conquistada pelo sul", dizia Lenine. O oráculo do chefe comunista está a ponto de cumprir-se. A África torna-se dia a dia mais vermelha com a crescente interferência russo-cubana. Dócil joguete de Brejnev, Fidel Castro (na foto, com Kadhafi, na Líbia) desfila triunfalmente pela África hoje pontilhada de contingentes militares cubanos. A "descolonização" daquele continente abandonado pelos europeus reverte em novo tipo de colonialismo, de natureza ideológica. A África torna-se desse modo instrumento e trampolim soviético para uma agressão à vizinha Europa, ou mesmo à América do Sul. Página 2.