CARLOS EDUARDO SCHAFFER
especial para "Catolicismo"
Em 2100 locais de venda distribuídos por toda a província de Quebec, os canadenses podem agora adquirir o livro "Revolução e Contra-Revolução", de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.
A nova edição da obra básica das TFPs e entidades afins existentes nas Américas e Europa é de 16 mil exemplares, em língua francesa. Atualizada com a 3.a Parte, escrita em 1977 (ver "Revolução e Contra-Revolução, 20 anos depois", em "Catolicismo", n.° 313, de janeiro de 1977), a edição canadense distingue-se pela abundante ilustração. O livro atinge agora a impressionante tiragem de 120 mil exemplares em cinco idiomas, nos seguintes países: Argentina (2 edições), Brasil, Canadá, Chile, Espanha (3 edições), Estados Unidos, França e Itália (3 edições).
O lançamento, realizado pela Editora Paul Dottini, a 29 de novembro p.p., foi abrilhantado com a presença de personalidades e numeroso público, reunidos no Salon Vice-Royal do prestigioso Ritz Carlton Hotel de Montreal. Compareceram ao ato o senador Leopold Langlois; o deputado federal Bernard Loiselle; o diretor regional do Ministério dos Assuntos Culturais da Província de Quebec, Sr. Pierre Ouellet; os cônsules do Brasil, Chile e Uruguai, em Montreal, respectivamente Srs. Aloisio Gomide, Luiz Goycolea e Sergio Gutierrez; presidentes das seguintes entidades: Associação de Pais Católicos de Quebec, Círculo das Fazendeiras da Província de Quebec, Comitê das Associações Húngaras do Canadá e Bloco das Nações Antibolchevistas (ABN).
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira enviou mensagem gravada e fez-se representar pelo advogado José Lúcio de Araújo Corrêa, que falou à imprensa. O livro do pensador brasileiro foi largamente comentado pelos jornais e emissoras de rádio e televisão canadenses de língua francesa. A mensagem enviada pelo autor da obra foi transmitida pela maior emissora de televisão do país, a Rádio Canadá. Fotos do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, cenas de campanha da TFP brasileira e dos Jovens Canadenses por uma Civilização Cristã foram projetados no vídeo.
O mais importante tabloide canadense de língua francesa, o "Montreal Matin", publicou em sua edição de 9/ 12/ 78, elogioso artigo sobre "Revolução e Contra-Revolução" e os Jovens Canadenses por uma Civilização Cristã, entidade afim às TFPs, que organizou a edição canadense da mencionada obra.
Por outro lado, o jornal comunista "A Luta", publicação bilingue do Partido Proletário Canadense e órgão do Grupo Marxista-leninista, atacou com virulência o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e os jovens que abraçaram seu ideal na grande nação do Norte.
Os Jovens Canadenses por uma Civilização Cristã tornaram-se largamente conhecidos em 1978 por sua campanha contra uma peça blasfema representada no Théàtre du Nouveau Monde, de Montreal, de 10 de novembro a 10 de dezembro. Em sua peça "Les fées ont soif ("As fadas têm sede"), a teatróloga Denise Boucher desenvolve a seguinte ideia: durante dois mil anos a Igreja apresentou uma figura da Santíssima Virgem que, em última análise, contribuiu para "escravizar" a mulher. Segundo a autora, seria necessário "libertá-la" destruindo a figura que se formou da Mãe de Deus, substituindo-a por um novo modelo cuja realização mais próxima seria o de uma mulher pública.
Representando esta e outras blasfêmias contra Nossa Senhora e o Divino Espírito Santo, a peça teatral emprega com frequência termos crus, palavras de baixo calão e os palavrões mais baixos.
Ante esse ataque ignóbil à Religião, os Jovens Canadenses por uma Civilização Cristã organizaram um abaixo-assinado às autoridades civis e religiosas da cidade de Montreal, solicitando-lhes providências no sentido de impedir a representação da peça. Em menos de um mês foram colhidas 22 mil assinaturas. No dia 25 de novembro, os Jovens Canadenses organizaram um ato de reparação em frente ao teatro, onde rezaram o terço, entoaram cânticos religiosos e pronunciaram discursos sobre a gravidade do fato.
Em vista da inação das autoridades, os Jovens Canadenses, juntamente com outras organizações, iniciaram processo na Justiça contra os autores da peça, o livro que a reproduz, o teatro que a representou e pedindo a proscrição da peça de maneira que a mesma não possa ser divulgada por nenhum modo.
A campanha dos Jovens Canadenses por uma Civilização Cristã recebeu grande apoio da opinião pública, manifestado por centenas de cartas e de telefonemas de aplauso à iniciativa.
O editor Paul Dottini (esquerda) no ato de lançamento da edição canadense de "Revolução e Contra-Revolução", de Plínio Corrêa de Oliveira
Membros do movimento "Jeunes Canadiens" apresentam ao prefeito de Montreal 20 mil assinaturas contra peça teatral blasfema
Em vista da atitude do Governo brasileiro ao rejeitar a solicitação das Filipinas para que fossem acolhidos em nosso território fugitivos vietnamitas, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional da. TFP, enviou no dia 30 de dezembro último, ao Ministro das Relações Exteriores, Sr. Azeredo da Silveira, o seguinte telegrama:
"Tendo esta Sociedade, em telex de 29 do corrente, pedido a V.Excia. que o Brasil abrisse generosamente suas portas e suas vastidões inocupadas, aos heróis vietnamitas, trânsfugas gloriosamente inconformados com a escravidão de sua Pátria ao comunismo internacional, peço vênia para externar a V.Excia. todo o pesar que teve a entidade ao tomar conhecimento na imprensa de hoje, de que nosso Governo lhes havia recusado asilo.
Tal recusa contradiz o sentido profundamente cristão da política internacional do Brasil, sempre propensa a manifestar, na relação com os outros povos, aquela bondade que, na vida pública como na vida privada, é um dos aspectos mais atraentes do trato dos brasileiros entre si, ou com estrangeiros.
Seja-me permitido acrescentar que, num momento em que se acentua sempre mais a função social da propriedade privada, pondo em relevo, segundo o ensinamento tradicional da Igreja, que os necessitados têm direito à ajuda daqueles em cujas mãos sobram os bens ou os espaços úteis, não parece coerente que o Brasil explique seu inexorável fechamento à miséria dos vietnamitas, alegando — como foi feito — unicamente vantagens de ordem material.
Sendo a TFP uma das componentes da opinião pública nacional, julgo dever levar ao conhecimento de V.Excia. esses sentimentos, participados pelos sócios, cooperadores e simpatizantes dela em todo o País.
Fazendo-o, aproveito o ensejo para reiterar a expressão do constante propósito da entidade de, no mais escrupuloso cumprimento da lei, cooperar com as autoridades constituídas para a cristã grandeza do Brasil.
E acrescento, em nome da TFP e do meu próprio, os melhores votos de um 1979 rico em graças para V.Excia. e para os grandes assuntos de interesse nacional confiados a sua lúcida e experimentada gestão".
COOPERADORES DA SOCIEDADE Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), portando seus conhecidos estandartes e as capas rubras da entidade, estiveram no dia 14 de janeiro na favela da vila São Rafael, para fazer a distribuição de roupas, brinquedos e gêneros alimentícios. Essas dádivas foram arrecadadas durante o período natalino junto à população paulista, a qual, como de costume, atendeu de modo simpático ao apelo dos cooperadores da TFP.
Joaquim Ferreira, um dos organizadores da campanha, comentou no final desta: "Já há alguns anos temos a satisfação de empregar parcelas de nosso tempo livre para prestar auxílio aos pobres. E o resultado alcançado é um estímulo para repetirmos essa campanha".
Na foto, aspecto da campanha.