Ainda não se extinguiram totalmente as chamas da revolução que lançou o Irã em uma situação de caos extremamente útil a Rússia. E já começam a crepitar novos incêndios em áreas vizinhas à Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo do mundo. Europa, Estados Unidos e outros países ocidentais a tudo assistem como se pudessem transformar em gasolina as águas do mar.
A ameaça que paira sobre a maior fonte de abastecimento de petróleo do Ocidente é de duas naturezas. Uma, externa, representada pelo conflito entre o Iêmen do Norte, apoiado pela Arábia Saudita, e o Iêmen do Sul, há uma década dominado por um regime marxista submisso a Moscou. Os dois países encontram-se na própria península arábica. O Iêmen do Sul controla o importante estreito de Bab-El-Mandeb, na entrada para o Mar Vermelho.
A monarquia saudita teme, com razão, que a agitação promovida a partir do Iêmen do Sul venha abalar seu governo, bem como os emirados do Golfo Pérsico. O que colocaria em risco a principal fonte de abastecimento de petróleo do mundo. Sobretudo considerando-se a decisão do novo regime vigente no Irã, de elevar a índices insuportáveis os preços do produto.
Grave ameaça contra a estabilidade da Arábia Saudita parte de dentro do próprio ministério do Rei Khaled e decorre da posição omissa do governo norte-americano. Posição esta que, na recente crise iraniana, significou a entrega de uma nação ao caos, habilmente explorado por agitadores comunistas, que apesar de serem minoria, tiram partido da situação.
O governo Carter "aparentemente não tem uma política, definitiva no Oriente Médio e os Estados Unidos renunciaram a seu papel de líderes do mundo para assumir o de espectadores", declarou recentemente o chanceler saudita, príncipe Saud Faiçal. E acrescentou que seu país está disposto a estabelecer relações diplomáticas e comerciais com a Rússia.
Também o emir Abdallah, chefe da guarda nacional - tropa beduína encarregada da segurança interna - defende uma política de "não alinhamento" e até de abertura em relação a Moscou. Abdallah compete com seu meio-irmão o emir sultão Ibn Abdel Aziz, chefe do Exército, na sucessão do atual príncipe herdeiro, o emir Fahd.
Assim, começa a germinar a dissensão em torno do Rei Khaled, tornando possível, de um momento para outro, um golpe palaciano que coloque de repente, as torneiras de petróleo da península arábica sob controle soviético.
Essa possibilidade, prevista pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira já em 1972 (ver "Catolicismo", n.° 335 de novembro de 1978), torna-se dia a dia mais próxima de efetivar-se.
Entretanto, nenhum dos governos líderes do mundo livre parece considerar seriamente tal hipótese tomando medidas concretas que ponham cobro ao crescente poderio russo naquela estratégica região.
Enquanto isso, a população dos países não produtores de petróleo como o Brasil, arca com o pesado ônus de longos anos de uma danosa imprevidência.
Eis Goldorak, herói das multidões, líder de audiência nos programas de televisão da França. O leitor deixaria seus filhos brincarem com ele?
Frio, metálico, desproporcional, monstruoso, em outros tempos este robô poderia meter medo até em adultos. Hoje, a publicidade é capaz de tornar Goldorak tão aplaudido que firmas especializadas vendem roupas que o imitam. E as crianças se vestem com elas (foto menor) como antigamente se vestiriam de Branca de Neve ou de Robin Hood.
Foram-se os sonhos dourados com um mundo maravilhoso de lindas fadas, príncipes encantados, palácios de pedras preciosas e carruagens de cristal. O universo infantil representava um paraíso cheio de beleza e inocência que as bruxas do horror procuravam, sem êxito, destruir. A luta entre o bem e o mal formava o espírito da criança para a vida, inculcando-lhe desde o princípio a ideia de realidades que conduzem ao sublime ou ao hediondo, a uma eternidade que premia ou castiga cada um segundo suas obras.
Os personagens que se apresentam às crianças de hoje não lembram precisamente o paraíso. Conheça o Animal, a Porquinha, o Harry Louco, e o leitor, ou leitora, perguntar-se-á se os heróis atuais não recordam seres opostos ao paradisíaco... Página 4.
Trinta e sete japoneses crucificados por sua fidelidade à Religião católica, em Nagasaki, no Século XVI. Entre eles, três adolescentes de 12, 13 e 14 anos. Nagasaki, como Hiroshima, eram cidades onde havia grande número de católicos. E ambas foram alvo de bombardeio atômico, no fim da Segunda Guerra Mundial.
O leitor talvez se surpreenda, mas o Japão está entre os países que maior número de mártires deram à Igreja.
Na página 2 são narrados os belos episódios do florescimento da Fé no Império do Sol Nascente.