ZARAGOZA, Espanha —"Acolhida com indiferença geral, derivada da incredulidade e do misterioso debilitamento da fé, exibe-se em Zaragoza a peça de teatro blasfema 'Los virtuosos de Fontainebleau'. TFP Covadonga alça seu protesto, que deseja fazer chegar como um brado de inconformidade e reparação até os pés da Virgem Maria. Transeunte, une-te ao menos interiormente a este ato de inconformidade contra a blasfêmia e a indiferença". Uma enorme faixa com esses dizeres foi estendida pela TFP Covadonga na Praça do Pilar, nesta cidade.
Nessa peça, encenada pelo grupo catalão "Els Joglars", a certa altura surge no palco uma figura representando Nossa Senhora do Pilar — com manto vermelho, coroa dourada e resplendor —tocando pandeiro e dançando.
O Arcebispo de Zaragoza, D. Elias Yanes, teve também oportuna intervenção, dando a público nota de censura contra o "agravo à Virgem do Pilar e à maioria dos habitantes da cidade".
Os promotores da peça, por sua vez, declararam-se surpresos com os protestos, alegando que já a estão apresentando há um ano na Espanha, sem quaisquer reações. Com tal alegação, eles indiretamente confirmam a veracidade dos dizeres da faixa de TFP-Covadonga.
SAINT LOUIS, Estados Unidos — Por ocasião do cruzeiro fluvial através do rio Mississipi, realizado a bordo do barco "Delta Queen", com a participação de 127 norte-americanos e 46 soviéticos, a Sociedade Americana de Defesa da Tradição, Família e Propriedade manifestou seu protesto pela iniciativa.
Quando a embarcação chegou a St. Louis — ponto final do "cruzeiro da paz", como foi chamado — cerca de 500 pessoas encontravam-se sob o Gateway Arch (Arco de Gateway). Nesse local a TFP norte-americana estendeu uma enorme faixa salientando o absurdo daquele show de convergência, lembrando que 256 milhões de habitantes da Rússia "vivem sob tirania, ateísmo, miséria e KGB".
Esta manifestação, como a de outros populares presentes, foi documentada por fotógrafos e cinegrafistas soviéticos.
Segundo noticiou o "St. Louis Post Dispatch", um dos agentes russos realizou uma cerimônia simbólica misturando água do rio Volga com lama retirada do Mississipi, evocando "a amizade e a paz".
SÃO PAULO — O livro "As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia", de autoria do engenheiro Antonio Augusto Borelli Machado, vem sendo amplamente divulgado em todo o Brasil por sócios e cooperadores da TFP. E para atender o constante interesse do público, a Editora Vera Cruz acaba de lançar a sua 21ª edição, que totaliza assim 455 mil exemplares.
Estampado inicialmente em forma de artigo, nas páginas de Catolicismo", o ensaio de Antonio Augusto Borelli Machado foi ampliado e editado em formato de livro de bolso, com sucessivas edições a partir de 1973. Com 94 páginas, o livreto reúne informações provenientes dos principais estudiosos que escreveram sobre as aparições da Santíssima Virgem aos três pastorinhos, contendo também, como prefácio, uma substanciosa visão de conjunto do assunto Fátima, escrita pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.
CASIMIRO DE ABREU (RJ) — Por ocasião do dia da Pátria, a Comissão de Produtores e Trabalhadores Rurais pró-Concórdia Social, recentemente constituída, promoveu no Pavilhão de Esportes desta cidade uma programação especial para fazendeiros e trabalhadores rurais.
Realce especial foi dado à recepção da imagem da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Além de cânticos e rápidas representações teatrais, constou do programa uma palestra proferida pelo Sr. José Alberto Palmeira Ribeiro, sócio da TFP, que expôs aos 400 participantes do encontro a fundamentação doutrinária da posição assumida pela entidade contra a Reforma Agrária. Solidarizando-se com a TFP, falaram também os Srs. Dilvo Peres, em nome dos produtores rurais, e Celso Silva, representando os trabalhadores agrícolas.
JOÃO PESSOA — Luiz Henrique, jovem estudante de Comunicação da Universidade da Paraíba, não se sentiu em condições de redigir uma carta ou um artigo para manifestar seu desacordo com a campanha desenvolvida pela TFP contra a Reforma Agrária.
Por isso, munido de brocha e tinta-preta dirigiu-se às dependências de uma coordenadoria do estabelecimento, pichando as paredes divisórias com frases "Abaixo a TFP" e também contra uma entidade ruralista. O gesto causou perplexidade e desagrado entre professores e estudantes, repercutindo também em órgãos de imprensa locais.
O DITO DO ÍMPIO Voltaire "Menti, menti, que sempre alguma coisa ficará" parece orientar os agro-reformistas detratores da TFP.
Com efeito, embora a entidade se empenhe em refutar com clareza e precisão as acusações que, através dos órgãos de comunicação social, contra ela são assacadas, estas, por sua repetição, vão se tornando um velho realejo. E para acusadores que, por falta de provas e de argumentos, não fazem outra coisa senão repetir surradas calúnias já tantas vezes repetidas, não há outro meio senão repetir os mesmos desmentidos.
Assim, a título de exemplo, colocamos ao alcance do leitor mais dois desmentidos da TFP às calúnias difundidas por uma como que "mafia" agro-reformista.
O primeiro deles foi publicado pelo semanário "Edição do Brasil" (Belo Horizonte), de 18 a 24 de agosto. Responde a declarações do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Minas Gerais (FETAEMG), Sr. Joaquim Ferreira Alves, feitas a propósito da atuação da TFP em Montes Claros (MG). Diz a nota da TFP:
"...devemos esclarecer que não existe qualquer ligação entre TFP e UDR. Enquanto a UDR demonstra primordialmente caráter profissional e técnico, a TFP é de caráter sobretudo doutrinário (ideológico dir-se-ia no sentido corrente e um tanto abusivo do termo). Mas as circunstâncias de visarem, talvez, o mesmo fim, que é estabelecer barreiras à Reforma Agrária, não ensejou até agora qualquer ligação entre ambas as entidades.
"Além disso, a TFP confirma a realização de várias palestras sobre o caráter socialista e confiscatório da Reforma Agrária, para fazendeiros e trabalhadores rurais na região de Montes Claros, como aliás em várias outras regiões do País, inteiramente dentro da lei e com vistas à harmonia social.
"Os expositores da TFP limitam-se a explicar o teor dos documentos (pareceres dos profs. Silvio Rodrigues e Orlando Gomes) a fazendeiros interessados em conhecê-los bem, não os aconselhando nem desaconselhando, porém, a se armarem ou a organizarem corpos de guarda".
Na "Folha de Londrina", de 14-8-86, a matéria da TFP responde às acusações feitas na tribuna da Assembleia Legislativa, pelo deputado estadual Márcio Almeida, do PCB, repetindo as mesmas inverdades contidas na matéria do Sr. Joaquim Ferreira Alves. Ao deputado do PCB a TFP responde:
"Não causa espanto que o referido deputado comunista se volte contra a TFP com acusações inteiramente infundadas, já que, por certo, ele não conseguiu encontrar nada de consistente para basear suas invectivas.
"Acusar de ilegal e de fomentar a violência, a difusão dos pareceres de dois grandes jurisconsultos brasileiros (...) é verdadeiramente brincar com as palavras. Com efeito, esses dois eminentes juristas apenas indicam, com base em dois artigos do código civil, de que modo podem os proprietários reagir contra uma ação claramente ilegal, que é a invasão e o esbulho de suas terras.
"Merece atenção o empenho com que um deputado comunista procura tolher a ação — inteiramente legal e pacífica — desenvolvida pela TFP, numa época de abertura política, em que o normal é o debate democrático. Se antes de ascenderem ao poder — que a Providência preserve o Brasil desta desgraça — os vermelhos tentam, desse modo, suprimir as liberdades de seus adversários e abafar qualquer voz discordante da sua, pode-se imaginar o que fariam caso subjugassem nossa Pátria".
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Ainda na "Folha de Londrina", foram publicadas novas acusações à TFP lançadas pelo deputado estadual Márcio Almeida, do PCB. Entre elas a de que esta entidade defende de forma "raivosa" o latifúndio, e de que tem "preconceitos anticomunistas".
"Aponte o acusador uma só passagem de qualquer das numerosas obras editadas pela entidade em que até mesmo transpareça a pretensa 'forma raivosa' de defender algumas de suas posições", replica a TFP, em comunicado publicado no mesmo jornal em 9 de setembro último.
Quanto à questão dos preconceitos anticomunistas, a TFP pergunta: "Será que o deputado julga ser preconceito toda a doutrina contrária ao comunismo?" E conclui o comunicado: "Neste último caso, poder-se-ia dizer que nosso acusador está imbuído de um preconceito marxista em relação aos anticomunistas..."