| TFP's EM AÇÃO |

Com estandartes e fanfarra, campanha do livro-bomba na Espanha

MADRI — A Puerta del Sol, uma das mais movimentadas praças desta capital, foi palco, nas primeiras semanas de junho, de uma grande campanha da TFP-Covadonga, para lançamento de seu livro-bomba, "Espanha —anestesiada sem o perceber, amordaçada sem o querer, extraviada sem o saber".

O denso volume, com 580 páginas fartamente ilustradas, e sobretudo muito bem documentadas, sustenta que, sob a influência do Partido Socialista Operário Espanhol — atualmente no Poder — a nação está sendo submetida a um processo anestesiante capaz de desfigurá-la completamente (ver resumo da extraordinária obra na última edição de "Catolicismo").

Antes de sair às ruas, os membros da TFP espanhola foram às Astúrias, região norte do país, para aí rezar aos pés da histórica imagem de Nossa Senhora que se venera na gruta de Covadonga, situada entre as montanhas, próxima ao mar.

Foi nesse local que, no remoto ano de 718, acuados pela invasão muçulmana, Dom Pelayo e seus guerreiros, favorecidos por uma aparição de Nossa Senhora, iniciaram a resistência aos invasores, não aceitando as sugestões do Arcebispo D. Opas.

Este último, verdadeiro precursor dos modernos adeptos da posição "terceira-força", propunha um acordo cristão-muçulmano.

Sim, sim — não, não

Os toques de fanfarra, os estandartes ao vento, a proclamação de slogans, e a distribuição de um substancioso folheto resumindo as teses do livro, como têm sido acolhidos pelo público? Carlos Moya, um dos participantes da campanha, responde: "Com simpatia e aplauso caloroso de muitos e com repulsa de outros. Há os que dizem sim e os que dizem não. A zona nebulosa e indefinida dos indecisos existe, mas é bem menor do que se poderia supor, e tende a diminuir gradativamente".

A atual campanha se desenvolve também por meio de visitas de duplas de cooperadores de TFP-Covadonga a escritórios e residências, como ainda pelo envio de folhetos através do correio.

A título ilustrativo, eis algumas das repercussões:

* Uma dona-de-casa, ante a campanha, numa praça, declara-se enfaticamente favorável ao socialismo, mas é prontamente interpelada por outra senhora que afirma ainda mais alto: "pois eu sou contrária e vou apoiar esses jovens!"

* No centro de Madri, por sua vez, um jovem irritado declara: "Olha, a mim vocês não vão me convencer. Sou anarquista, e não vou sequer fazer caso do que me disserem". Depois, olhando para a movimentação da campanha, acrescentou: "Mas isto aqui... isto aqui é um fenômeno! E inacreditável!"

* Um senhor dirigiu-se a um dos propagandistas, desejando adquirir seis exemplares, pois havia tomado conhecimento da obra através de um amigo... Enquanto isso, na porta de um bar, outro senhor, bem vestido, disse já conhecer bem o socialismo. Ao ser indagado sobre o motivo de sua afirmação, declara laconicamente: "Sou deputado socialista".

* Não muito distante, um motorista de taxi estaciona seu veículo, e desce para adquirir um exemplar. Outro taxista utiliza o rádio de intercomunicação para transmitir a seus colegas um pouco da música executada pela fanfarra; para isso segura o microfone junto à janela.

* "Já era hora de que na Espanha saísse alguém para dizer isto", declarava em alta voz um jovem casal. Do interior de um bar, certo senhor exclama, após observar por algum tempo a campanha: "Es fenomenal!"

* Em face da fanfarra que passa, uma senhora brada: "El Cid! El Cid!" Não muito distante, um homem clama: "D. Pelayo, D. Pelayo!"

É o brado da Espanha autêntica, voltada para o heroísmo dos tempos da cavalaria e da Reconquista, que ecoa em nossos dias, e no qual se reconhece algo do timbre da grandeza de outrora

Enquanto alguns cooperadores ostentam a faixa, outros levantam o estandarte, e outros ainda oferecem ao público a extraordinária obra, a fanfarra executa imponentes marchas e hinos em amplas praças, como a Porta do Sol... ou vai "perfurando" ruas estreitas como a da foto acima

Estandartes e faixas ao alto, no centro de Madri, anunciam a campanha para um atento público.

A plena adesão das duas mulheres ao que lhes está sendo exposto pelo sócio de TFP-Covadonga é notória...

Nesta foto aparece também um dos megafones de que se utilizam os propagandistas, para bradar os "slogans" explicativos da TFP-Covadonga. Com a mão esquerda, o mesmo cooperador da TFP-Covadonga ostenta com galhardia um exemplar do livro.


Nova sede em Fortaleza

A TFP acaba de mudar sua sede em Fortaleza para a Rua Tereza Cristina.

Ao ser desocupado o imóvel da antiga sede, situado à rua Olívio Câmara, 157, no bairro Benfica, numerosos vizinhos e simpatizantes reuniram-se pela última vez ante o oratório de Nossa Senhora de Fátima, erguido pela TFP, junto ao portão de entrada, na década de 70.

Na ocasião, foi rezado o Terço e entoado o hino "Salve Regina", tendo também feito uso da palavra o Sr. Marcelino Coelho, um dos moradores do bairro. Na foto, a nova sede.


"Teologia da Libertação"

LONDRES — O bureau Tradição, Família e Propriedade, desta Capital, publicou o estudo "Uma análise teológica da 'Teologia da Libertação' — Uma `Teologia' sem Deus e uma 'Libertação' escravizante", de autoria do Pe. Victorino Rodriguez y Rodriguez, destacado teólogo dominicano espanhol, e atual Prior do Mosteiro de Santo Domingo, el Real, de Madri.

A Teologia da Libertação, cujos desdobramentos socioeconômicos apresentam enorme afinidade com a teoria marxista da luta de classes, tem despertado a atenção de estudiosos que na Inglaterra acompanham mais de perto os assuntos latino-americanos. Nesses ambientes, como também entre os simpatizantes dos ideais da TFP, a obra do Pe. Victorino Rodriguez y Rodriguez está tendo muito boa acolhida, pela sólida refutação da referida teologia, prenhe de inconsistência e contradições.


A TFP e a sagração episcopal de Ecône

A propósito da sagração episcopal realizada em Ecône (Suíça), em 30 de junho último, pelo Arcebispo Marcel Lefèbvre, o Serviço de Imprensa da TFP distribuiu, nessa ocasião, a seguinte nota aos órgãos de comunicação social:

"A TFP é uma entidade voltada ao estudo e à ação acerca dos problemas sócio econômicos, à luz dos ensinamentos imutáveis da Igreja Católica. A tensão entre o Arcebispo Marcel Lefèbvre e a Santa Sé versa, de modo especial, sobre temas de índole estritamente teológica e canônica, como, por exemplo, se a nomeação de um Bispo por Roma deve preceder necessariamente à sagração deste. Em assuntos dessa natureza a TFP jamais tomou posição".

Página seguinte