"Agora podemos afirmar com certeza que eles eram canibais", diz o Pe. Pedro Ignacio Schimitz, diretor do Instituto Anchietano de Pesquisas de São Leopoldo-RS, referindo-se aos guaranis, um dos mais importantes povos indígenas existentes no Brasil à época do descobrimento.
A pesquisa durou quatro anos e foi feita com base numa aldeia guarani que existiu no atual município de Candelária, a 192 quilômetros de Porto Alegre. O achado mais relevante foi a metade da ossada de um homem adulto, fraternalmente partilhada entre três choças. Numa delas estava uma tíbia, com um dos dedos do pé direito; noutra um dos ossos do braço acompanhado de um dos dedos da mão direita; na terceira uma vértebra e um dente.
Em outra aldeia foi descoberto um fêmur quebrado na extremidade, o que denuncia um hábito alimentar comum: "Eles também adoravam sugar o tutano", diz o sacerdote arqueólogo. Muitos desses restos foram encontrados em fogões rústicos e marcados pelas chamas.
O que dirão dessas revelações os que hoje em dia procuram dar uma visualização idealizada e paradisíaca da vida dos índios? Provavelmente não dirão nada. Fingirão que não vira. E continuarão a pregar contra toda forma de civilização, recomendando que se volte à "pureza" da vida tribal. Apóstolos de barbárie , da degradação, interpretados por eles como meros "costumes" estabelecidos num determinado "estagio de civilização"...
Ruas esburacadas, com fachadas de casas cinzentas que estão perdendo o reboco... Nas vielas próximas ao porto, os moradores usam cordas para puxar baldes de água até o quarto andar, porque os encanamentos estão quebrados.
Sob o causticante sol do Caribe, diante das lojas, longas filas de gente que transpira abundantemente. Quem quiser comer pão precisa colocar-se na fila já na noite anterior. Pela manhã e à noite, os trabalhadores são obrigados a esperar até duas horas pelo transporte, porque dois terços dos ônibus, importados da Hungria estão parados por falta de peças de reposição.
Cuba é assim!
"A Igreja Católica perdeu muito da sua capacidade de satisfação das necessidades simbólicas dos indivíduos. A Igreja se esquerdizou, e perdeu muito a sua linguagem; seus rituais se empobreceram com o fim das procissões. Você anda pela Europa e vê o que a Igreja construiu de coisas belas na Idade Média, por exemplo. Quando o próprio Padre diz que tanto faz o sujeito ir à Missa ou discutir os problemas de seu bairro, ele está enfraquecendo a própria fé do indivíduo, na verdade. Assim, você tira o encantamento que a religião traz ao mundo".
Lúcida, sob vários ângulos, esta análise é do professor Flávio Pieruci, de USP, especialista em Sociologia da Religião.
A dessacralização dos templos e a politização da fé tornam cada vez mais impopular a Igreja dita ''progressista".
Esquecidos dessas verdades e desses símbolos que atraíam tanto os fiéis às igrejas de outrora, alguns espíritos "novidadeiros" propõem um novo "marketing" para a Fé. Lançam-se, então, nos braços de especialistas em publicidade, que acabam concluindo como o Prof. Pieruci: a única receita é... voltar aos antigos símbolos que - estes sim! - sempre "funcionaram".
"Estamos entrando num mundo onde a ideia de higiene desapareceu, da mesma forma que o conceito da dignidade humana", descreve o jornalista da revista alemã "Der Spiegel", em visita à Romênia.
Dentro de dois quartos fétidos, em meio a camas frias de metal enferrujado, vivem pequenos farrapos humanos - a maioria com menos de três anos. Alguns completaram oito, mas não diferem dos demais nem no tamanho nem no comportamento. Uma consequência direta dos maus-tratos e da subnutrição.
Confinadas num castelo próximo à fronteira húngara, centenas dessas crianças enjeitadas vivem ainda em autênticos campos de concentração, três meses após a queda e execução do ditador Ceausescu.
Os moradores da região costumam chamar aquele orfanato socialista de "Nova Auschwitz", uma alusão ao tristemente famoso campo de concentração nazista.
"Sugestões oportunas" é um catálogo de livros em lançamento, divulgado pela Editora Vozes dos franciscanos, de Petrópolis, 1989. Nele consta uma obra publicada pela "Livraria Espírita Brasil Central" em favor do Sanatório Espírita de Brasília!
O livro defende que "o próximo é a mesma substância que nós, porque todos temos a mesma centelha divina do mesmo Deus, que é a alma de tudo" (pg. 44).
Trata-se de propaganda abertamente panteísta - é o velho panteísmo pagão, que dizia que tudo é divino - à qual se mesclam versículos do Novo Testamento e referências a Jesus Cristo.
Conhecida como Editora católica - embora tenha recusado o título - as "VOZES" não cessam de veicular trabalhos de cunho marxista, ateu ou amoral, sem que daí lhe advenham quaisquer sanções da autoridade competente.
Sob o título "Economia soviética em farrapos'', a revista U.S.News & World Report publica a seguinte radiografia das desgraças produzidas por 70 anos de comunismo na Rússia:
- 65% dos 4 mil hospitais rurais não dispõem de água quente e 27% não têm sistema de esgoto;
- metade das escolas não possui aquecimento central, água encanada ou banheiros internos;
- em 1913, ainda na época do Czar, era o primeiro país do mundo em exportação de alimentos - hoje é o maior importador;
- 98% das terras aráveis estão em poder do Estado; entretanto, mais de um quarto da produção nacional provêm dos míseros 2% de terras privadas;
- neste ano, espera-se que a Rússia consiga o suficiente para cobrir 70% de suas necessidades alimentícias - o restante deverá vir do Ocidente;
- 20 milhões de operários são alcoólatras, sendo que, só em 1987, mais de 10 mil pessoas morreram por ingerir derivados de álcool, como perfume, graxa de sapato e combustíveis;
- 15% das casas não possuem banheiros;
- 30 milhões de russos não têm acesso à água potável!
É isto que os comunistas brasileiros queriam para nossa pátria? Não seria o caso, pelo menos agora, de dizerem: desculpem-nos, anticomunistas, vocês é que estavam com a razão"?
AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS por Nossa Senhora em Fátima para o afastamento do castigo e a conversão da Rússia foram cumpridas? A consagração realizada por João Paulo III em 1984 atendeu ao pedido formulado por Nossa Senhora? A perestroika em curso naquele país é um indício de sua conversão, do advento da era de paz e do triunfo do Imaculado Coração de Maria?
Eis algumas perguntas-chave que vêm despertando o interesse de um número incontável de nossos contemporâneos, especialmente os que têm fé.
Vozes de peso no mundo católico se pronunciaram em sentidos diversos e até antagônicos no referente a tão momentosas questões
Dentre essas vozes, algumas vêm defendendo uma posição que, esquematicamente, pode ser assim enunciada:
Com a ruína do capitalismo de Estado (regime grosso modo ainda vigente na Rússia), a qual Gorbachev estaria levando a cabo através da perestroika e da glasnost, desapareceria o comunismo. Isso seria um dos efeitos da consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria que João Paulo II fez em 1984. Tal consagração teria preenchido as condições que a Mãe de Deus estabeleceu em Fátima para a conversão da Rússia e o triunfo de seu Imaculado Coração.
Outras vozes, porém, fazem sérias ressalvas a essa visualização. E alegam que ela parte da ideia errônea de que comunismo é coidêntico a capitalismo de Estado.
Por que seria descabida tal identificação?
De acordo com a própria doutrina comunista, o capitalismo de Estado não é senão uma etapa na evolução histórica rumo ao comunismo integral. E a próxima fase dessa evolução consiste no desaparecimento do Estado e na formação de um comunismo de microssociedades, o regime da autogestão, conforme estabelece o Programa do Partido Comunista da União Soviética.
Assim, a Rússia prossegue na via de seus erros e até os está requintando. A perestroika não passa de uma artimanha que está atraindo a simpatia dos burgueses do Mundo Livre e os vai embaindo, muito mais do que conseguira até aqui o comunismo. Em vista disso, os eventos que vêm ocorrendo na Rússia e no leste europeu não podem ser encarados como o desfecho das profecias de Fátima.
Tal é a importante temática da matéria que se estende da página 4 à página 10 da presente edição. Aí o leitor encontrará a sólida argumentação desenvolvida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, na entrevista a ele solicitada pela revista italiana "30 Giorni". Os aspectos mais diretamente relacionados com Fátima são tratados na mesma entrevista pelo Engº Antonio Augusto Borelli Machado.