políticos e não podem exercer cargos públicos. O maometano que se converte ao catolicismo tem de suportar toda sorte de sanções, devendo temer pela própria vida (cfr. DF, abril de 1991 –– Ver as siglas das fontes no final das notas).
No verão de 1990, foi criada por vinte e quatro governos de países africanos a “Organização do Islã na África” (OIA), com sede em Lagos, capital da Nigéria. Na sessão de fundação da entidade foi resolvido aniquilar o Cristianismo e outras religiões não-islâmicas.
Para tanto, foram dados os primeiros passos concretos: somente muçulmanos podem ser indicados para cargos públicos de importância. Tão logo que possível deverá ser introduzida a charia(2) ou seja o direito islâmico, que discrimina brutalmente os católicos (cfr. IGVK).
É de se perguntar se o massacre de árabes católicos no Líbano não tem relação com essa política religiosa. O Líbano católico praticamente foi destruído.
– No Egito, “organizações islâmicas” fanatizam a população muçulmana através de folhetos. Os católicos de rito copta são espancados, torturados e mortos. Suas igrejas, lojas e casas arrasadas. Em nenhum caso os agressores são presos (cfr. IGVK).
– Quem se converte ao cristianismo é preso imediatamente, sem ordem judicial. Não pode mais usar seu nome; sua mulher e filhos lhe são retirados, sua família destruída. Pelo contrário, se um cristão se perverte ao maometanismo (o que se dá o mais das vezes sob coação) seu nome é divulgado, ele é honrado como herói, fazem-se procissões, abre-se-lhe uma carreira promissora (idem).
– Em maio de 1990, em Abu-Qurgas e outras localidades os fundamentalistas destruíram diversas igrejas, pois, segundo uma antiga lei, os cristãos não podem construir nem restaurar seus templos sem expressa permissão governamental (idem). Naquela mesma cidade, alguns sacerdotes foram encarcerados (cfr. MN, julho/agosto de 1990)
– Em fins de outubro de 1990, quatro católicos recém-batizados no Cairo foram presos, barbaramente torturados, espancados, queimados com pontas de cigarros acesos. Eram acusados de “colocar em perigo a unidade nacional através de ações contrárias à religião celeste”... (cfr.IGFM, junho/julho de 1991)
– No Egito, quarenta mil católicos apostatam por ano! (cfr. IM, março de 1990).
Com cerca de 100 milhões de habitantes, a Nigéria é o país mais populoso da África. Ali o Islã impulsiona sua expansão de modo mais agressivo. O governo é fortemente islamita, não admitindo qualquer política de tolerância em relação aos católicos.
Na cidade de Kano, ao norte do país, produziu-se autêntica “caçada aos cristãos”, com numerosas vítimas, que foram rapidamente enterradas ou queimadas. Segundo o diário “Nigéria Tribune”, foram 300 as vítimas fatais. Ao brado de “Alá é grande”, centenas de muçulmanos incendiaram igrejas, residências e casas de comércio (cfr. IM, 17-10-91).
Em abril de 1991 deram-se enfrentamentos religiosos, desencadeados por fundamentalistas islâmicos, em Bauchi e Katsina, no decurso dos quais foram queimadas 12 igrejas e morreram 84 pessoas. Pouco antes, o semanário católico “Independant” denunciara a política do coronel Adisa, governador do estado de Oyo, quando este anunciou que as escolas públicas e privadas que não ensinassem o Islã poderiam ser fechadas (cfr. MN, novembro de 1991).
O Sudão é o maior país africano. De seus 24 milhões de habitantes, 2 milhões são católicos que vivem sobretudo nas províncias do sul. O islamismo é a religião oficial do país, cuja população é 60% muçulmana.
Desde 1983, com a introdução da charia, a situação dos cristãos piorou consideravelmente. Todos os não-muçulmanos estão privados praticamente de qualquer direito.
Por ocasião do III Encontro de Antropologia e Missão, organizado na Espanha pela revista “Mundo Negro”" e pelos missionários combonianos, o ex-ministro sudanês, exilado, Bona Malwal declarou: “Pelo que eu conheço do Islã no Sudão, parece que a destruição do Cristianismo em seu território é um dos princípios básicos do integrismo islâmico, o qual tem como alvo particularmente a Igreja Católica. Prova disso é a destruição, nos últimos anos, de uma série de instituições cristãs. Deram-se numerosos casos de fundamentalistas islâmicos agredirem médicos e religiosas que desenvolviam seu trabalho sanitário em hospitais. Durante os anos 60, o governo fechou todas as igrejas do sul do país, edificando uma mesquita no lugar de cada uma delas” (Cfr. “El Islam en Africa, un reto al cristianismo”, Editorial Mundo Negro, Madri, 1990).
É ainda Bona Malwal quem declara: “Durante os dois ou três últimos anos, um bom número de negros do sul do país foram presos e vendidos como escravos. Em 1987, as milícias locais, armadas pelo governo de Kartum, assaltaram nossos povoados, e como se não bastasse roubarem tudo o que possuíamos, levaram também milhares de jovens. Alguns conseguiram escapar, outros foram mortos, muitos ainda vivem como escravos no norte do Sudão” (Cfr. MN, janeiro de 1990).
Em fevereiro de 1989, os seis Bispos católicos do país escreviam ao Primeiro-Ministro, Sadik el Mahdi: “Nossa consciência nos obriga a declarar que houve sérias violações de