A vida da augusta Rainha do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves — nossa primeira Soberana — evoca-se
especialmente neste ano em que se recorda o bicentenário
de seu falecimento. Sua admirável vida vem sendo
reconsiderada pelos historiadores atuais.
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Na História do Brasil e de Portugal uma personagem real é atacada e menosprezada precisamente por sua religiosidade e seus grandes feitos em prol dessas nações. Trata-se da Rainha D. Maria I, a Piedosa, que por três meses foi soberana de jure do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
No fim de sua vida foi acometida por uma doença mental, o que levou seus detratores a qualificá-la simplesmente como Dona Maria, a louca. Os historiadores imparciais, contudo, põem hoje em realce quão injusto é esse título para uma Rainha de tantos méritos.
No dia 20 de março último completaram-se 200 anos de sua morte. Em Portugal, para relembrar essa importante efeméride, realizou-se no Grêmio Literário de Lisboa um Colóquio de Evocação de Dona Maria I, com a participação de distintos estudiosos portugueses e brasileiros e do Príncipe Dom Gabriel de Orleans e Bragança, que fez a leitura de uma mensagem do Chefe da Casa Imperial do Brasil, seu tio Dom Luiz de Orleans e Bragança.
O jornalista responsável por Catolicismo, Nelson Ramos Barretto, esteve presente e obteve uma esclarecedora entrevista com um dos palestrantes e organizadores do brilhante evento, Prof. Ibsen Noronha (foto), professor de História do Direito na Faculdade de Direito