na “preservação da memória e na difusão do pensamento desse extraordinário brasileiro que é Dr. Plinio Corrêa de Oliveira”.
Em seguida, mostrou com muita clareza a liceidade do atual processo de impeachment, cujas causas vão muito além das “pedaladas ficais”.
O TCU emitiu dois acórdãos analisando as contas do governo federal do ano de 2014 e solicitou à presidente da República para apresentar as justificativas de sua conduta. Entre os pontos examinados pelo TCU figuravam o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, o desempenho da economia brasileira no período e as providências adotadas pelo governo para a correção das falhas apontadas referente ao exercício de 2013.
O desempenho da economia brasileira em 2014 foi o pior resultado do PIB desde 2009, sendo nosso PIB inferior ao de países como o Cazaquistão. A inflação saiu de controle e o Brasil começou a ter um crescimento inferior às médias dos BRICs; a oferta de emprego e o consumo estagnaram, a poupança nacional diminuiu, a taxa de investimento caiu e a taxa de juros subiu; o real perdeu seu valor em relação ao dólar e o rating de risco do Brasil piorou. Isso em 2014. Depois a situação continuou piorando.
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Os auditores começaram a observar que a União não contabilizou em seu passivo certas operações que deveriam ter sido contabilizadas para compor a sua dívida. E perguntaram como é possível que valores de financiamentos concedidos à União, no montante de R$ 40,25 bilhões, estejam registrados nos ativos do Banco do Brasil, BNDES e do FGTS sem a devida contrapartida? Onde foram registrados esses passivos?
O TCU constatou ainda a ocorrência de “atrasos sistemáticos no repasse de volume expressivo de recursos do Tesouro Nacional para a Caixa efetuar os pagamentos de despesas da União, constituindo-se uso desmedido da força institucional do ente controlador sobre a instituição financeira controlada” (Parecer do TCU, p. 610).
Entretanto, as “soluções” cogitadas pelo governo do PT para resolver a crise são:
Aumentar impostos (IR de 40%, heranças 25%, IOF) (PEC 140/2015) Reduzir valores de aposentarias e pensões com reajustes abaixo da inflação = sacrificar idosos, viúvas e órfãos. Dar uma “uma guinada à esquerda” com mais apoio, ou seja, mais dinheiro para os movimentos sociais. Reduzir o orçamento dos órgãos de controle e congelar salários do funcionalismo público, especialmente Polícia Federal e auditores do TCU. Anunciar um novo PAC. Aumentar gastos com publicidade.A situação do governo federal pode ser comparada à de uma pessoa que estourou o limite do cheque especial, fez vales na boca de caixa da empresa onde trabalha, soltou cheques pré-datados para pagar com o salário do próximo mês e ainda quebrou o “porquinho” com as economias das crianças para suprir despesas domésticas etc. Uma pessoa assim se descontrolou financeiramente. É isto o que, segundo o auditor do TCU, aconteceu no governo de Dilma Rousseff.
Terminou a palestra afirmando que a solução já tinha sido prevista pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Se simplesmente aqueles que são bons tivessem consciência do momento atual, se eles tivessem consciência do que eles poderiam, caso se levantassem e se unissem [...]. Eu não quero dizer que com o simples fato de se levantarem, ganhariam a batalha. Mas eu afirmo, pelo menos, que eles se levantando, a batalha teria outra fisionomia e seria a letra maiúscula de um capítulo de ouro cuja palavra final seria VITÓRIA!”.
Fotos e vídeos das conferências podem ser acessados no site do Instituto, no link: http://ipco.org.br/ipco/video-da-conferencia-impeachment-da-dilma-pedaladas-fiscais/#.V2fpl9KU3IU
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A segunda conferência foi proferida pelo deputado federal e jornalista Paulo Eduardo Martins, figura conhecida nos meios conservadores. O presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, Dr. Adolpho Lindenberg, o apresentou dizendo que certamente ele é uma esperança para o novo quadro político brasileiro.
O deputado parabenizou a apresentação do Dr. Leonel Coimbra, afirmando que, “diante de tantos fatos tão bem detalhados e explicados de uma forma tão didática, se Dilma Rousseff estivesse presente nesta sala, ela diria: ‘Eu confesso!’”
O orador observou que durante as discussões no Congresso Nacional, até jornalistas e apresentadores de telejornais estavam convencidos de que houve as tais “pedaladas fiscais” e crime de responsabilidade fiscal. Contudo, continuavam afirmando que a Dilma é uma pessoa honesta.
Disse enfaticamente que ela fez parte de uma organização visando “assaltar” a Petrobras. Em “uma empresa do porte da Petrobras, o presidente do Conselho (cargo ocupado por Dilma de 2002 até 2010) e demais conselheiros recebem minuciosos relatórios de técnicos competentes, auditoria externa [...], ela não tinha como não saber”.
Tanto o processo de impeachment de Collor quanto o de Dilma só começaram a andar após as manifestações do público; se não fosse a pressão da opinião pública, o processo jurídico não teria ocorrido, assinalou.
Para o deputado, os políticos em Brasília vivem numa outra realidade. Eles não compreendem os autênticos anseios da opinião pública e formam suas opiniões pelo noticiário da mídia. Apresentou propostas para a renovação e reforma do sistema eleitoral e conclamou os presentes a não abandonar as manifestações nas ruas.
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A conferência foi encerrada pelo Dr. Adolpho Lindenberg. Ele afirmou que, se tivesse oportunidade, proporia ao presidente interino do nosso País, tomar conhecimento da conferência do Dr. Leonel Coimbra, para entender a real situação em que recebeu o governo do Brasil. É um caminho semelhante ao da Venezuela.
Agradeceu aos palestrantes por suas exposições e se referiu também ao apoio que o deputado Paulo Eduardo Martins concedeu à Caravana do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira na cidade de Curitiba na época em que os jovens caravanistas sofreram um ataque de adversários. Por fim, ressaltou que o Instituto procura alertar a população contra os desmandos de um regime socialista, estatista e populista.