| MATÉRIA DE CAPA |

O Reino Unido abandona a União Europeia

O tema em epígrafe, tão noticiado nos presentes dias – e tão amargamente lamentado pelas esquerdas do mundo inteiro – ganha maior dimensão se considerado na perspectiva da análise feita por Plinio Corrêa de Oliveira no artigo A Federação Europeia à luz da doutrina católica, publicado nesta revista em fevereiro de 1952.

Aqui o reproduzimos integralmente, pois se tornou documento revelador de um certeiro prognóstico sobre o atualíssimo problema que hoje enfrenta o Velho Continente.

Planejava-se, já naquela época, a formação de uma Federação Europeia destinada a ser uma espécie de Estados Unidos da Europa, ou algo nos moldes da atual União Europeia (UE). “Um acontecimento imenso” – comentava então o Prof. Plinio –, pois “são nações que desaparecem depois de terem enchido o mundo e a História com a irradiação de sua glória”.

A retirada do Reino Unido da UE, aprovada mediante plebiscito popular realizado no dia 23 de junho último – que obteve 51,9% contra a permanência na UE e 48,1% a favor –, pode ter tido como causa profunda o desejo do eleitorado britânico de ver-se livre das tirânicas imposições da UE.

Com a vitória do Brexit (Britain + exit, saída) o Reino Unido abandona o barco europeu, conduzido com mão de ferro pelos burocratas de Bruxelas (capital da UE). Assim, os britânicos procuram evitar o seu afundamento no possível naufrágio da UE. E também salvar sua identidade, suas próprias leis, suas belas tradições, suas “pompas e circunstâncias”, bem como a enorme riqueza que suas artes e seus valores peculiares encerram.

No mencionado artigo, Plinio Corrêa de Oliveira prognosticava os males que a constituição de um só

Página seguinte