CARTA DO DIRETOR
Caro leitor,
A influência demoníaca na história humana sempre foi constante e intensa. É a tentativa satânica de levar os homens para a perdição, como ocorreu com os nossos primeiros pais nos primórdios da humanidade, quando em forma de serpente o demônio os tentou, sugerindo-lhes que se comessem o “fruto proibido” seriam “como deuses”.
Adão e Eva caíram na tentação, cometeram o pecado original e perderam o estado de inocência. Toda a sua descendência sofreu a consequência de tal pecado, tornando-se doravante sujeita à ação do demônio, que procura levar os homens para o inferno.
A ação diabólica apresenta-se de modo cada vez mais avassalador nos diversos setores da sociedade neopagã em que vivemos, sendo numerosas as práticas incentivadas pelos demônios para se apossarem das pessoas.
O Pe. Luis Escobar, exorcista da Diocese de Rancágua (Chile), diz que a maioria daqueles que o procuram por se suporem vítimas de alguma ação preternatural teve contato com questões do ocultismo em algum momento da vida.
O artigo de capa desta edição apresenta vários exemplos de meios utilizados pelo Maligno — como o denominado “tabuleiro Ouija” — para levar as pessoas a cair nas redes do espiritismo e iniciarem-se assim em práticas ocultistas.
O rock satânico é outro meio pelo qual o demônio se apodera das almas, segundo a opinião de vários exorcistas. Também a prática do aborto atrai demônios, pois estes desejam a destruição da criação, especialmente do gênero humano. Dentre as várias manifestações diabólicas de que trata o artigo, a possessão é a mais visível.
A par do notável avanço de atos satânicos, existem também vigorosas reações, especialmente nos Estados Unidos, onde a TFP norte-americana tem se destacado em campanhas de combate ao satanismo.
Em face desse quadro terrível, o autor recomenda manter distância de superstições e coisas esotéricas, procurar os cuidados da Igreja e, sobretudo, recorrer à Santíssima Virgem, invocada como “Terror dos demônios”.
Ela nos protegerá nesta época de tribulações, como ensina o Apóstolo São Paulo, “contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares” (Ef 6, 12).
Desejamos aos nossos diletos leitores uma profícua leitura dessa transcendental matéria.
Em Jesus e Maria,
Paulo Corrêa de Brito Filho
Diretor
FOTO EM FOCO
Expressão da destreza e elegância na arte do rejoneo
Hélio Dias Viana
Cavalgado de modo exímio pelo rejoneador (toureiro montado) Andy Cartagena, o belo e fogoso cavalo Luminoso — qual novo Pégaso prestes a levantar voo — atravessa sobre duas patas quase toda a arena da Plaza de Toros de Villarrobledo, na Espanha. Deslumbrado, o numeroso público presente aplaudiu de pé o rejoneador, pediu e obteve que ele saísse pelo portão principal nos ombros de membros de sua equipe — a maior consagração de um toureiro.
Atividade de risco, o rejoneo é cercado de um belo cerimonial que evoca a época cavalheiresca de outrora, e não dispensa cenas maravilhosas como esta, assistidas por famílias inteiras, de avós a netos. Segundo um experiente comentarista da arte do rejoneo, este vive sua Idade de Ouro, tanto pela qualidade dos cavalos — sobretudo os de raça lusitana — quanto pela destreza, elegância e arrojo dos rejoneadores.