EXCERTOS

A cruz é o lenho da dor, mas é também o lenho da glória

Plinio Corrêa de Oliveira

Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 11 de abril de 1992. (Sem revisão do autor).

Nosso Senhor, na aparência derrotado, na realidade foi o vencedor

Consideremos o seguinte contraste na Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele era o condenado, mas de fato era o juiz, pois julgou o povo deicida e profetizou o castigo que haveria para a infâmia daqueles homens. Foi o juiz, e também o executor do castigo. Na aparência Ele era o derrotado, mas na realidade foi o vencedor.

Podemos facilmente imaginar o que representa Nosso Senhor Jesus Cristo ter sido pregado na cruz, mas ai dos responsáveis por aquele imenso crime. Mesmo o abandono daqueles a quem Ele tinha amado, mesmo o daqueles a quem Ele acompanhou até o último momento de vida, com alguma graça para conseguir que se salvassem.

Pouco depois de Nosso Senhor expirar na cruz, o céu se obscureceu e houve um terremoto espantoso na terra. Ele previra que o véu do Templo se rasgaria, que em certo momento a cidade de Jerusalém seria tomada, que os inimigos entrariam na cidade e ela seria arrasada, e que o povo judeu seria disperso.

Pode acontecer que pareçamos derrotados, ao longo da nossa vida de católicos, mas não desanimemos, lembrando-nos de que Nosso Senhor foi derrotado, foi vencido, mas carregando a Cruz Ele foi o verdadeiro vencedor. A cruz é o lenho da derrota, do sofrimento, da infâmia, da dor, mas é também o lenho da glória. Quem é esmagado com a cruz, vence. Quem vence sem a cruz, este sim, é um derrotado. A esta regra não escapa ninguém.

Quando virmos quão poderosos são os inimigos da Igreja, podemos desprezá-los, dizendo: Eles não são nada diante de Deus. O dia de Deus chegará, e com Deus iremos em frente.