A economia russa deu novos sinais de fraqueza, com a recente queda da agropecuária e da construção civil. Em agosto, a construção civil caiu 17% em relação a idêntico período de 2017, enquanto o setor agroindustrial caiu 10,8%. Kirill Tremasov, ex-chefe de prospecção macroeconômica do Ministério de Economia, afirmou que “a queda é catastrófica”. A propriedade privada na Rússia continua enforcada, prolongando a miséria. Putin restaurou o dirigismo estatal com uma claque de “oligarcas” escravizados. Quando tomou o poder, o setor privado respondia por 89% do PIB, e hoje o setor público detém 71%. Embora mais da metade dos russos viva na pobreza, não falta dinheiro para espalhafatosas despesas militares.
Segundo o vaticanista Marco Tosatti, o recente acordo da Santa Sé com os algozes comunistas da China é como se Pio XI e Pio XII tivessem confiado a eleição dos futuros bispos ao III Reich. A Santa Sé também levantou a excomunhão de sete bispos sagrados sacrilegamente — alguns deles deputados do Partido Comunista — que vivem com suas mulheres e filhos. Como defesa, o jornal governista repetiu os elogios de Mons. Sánchez Sorondo à tirania marxista: “O país serve o bem comum e mostrou sua habilidade para combater a pobreza e a poluição” (sic!). Pelo contrário, o cardeal Zen, de Hong-Kong, pediu ao Vaticano para reverter essa “incrível traição”: “Estão dando comida na boca aos lobos. É uma completa rendição”. Afirma ainda que o acordo leva a um cisma, pois cria um ente eclesiástico em ruptura com dois mil anos de história da Igreja.
A recusa do aborto na Argentina gerou uma onda de vinganças. Três igrejas de Buenos Aires foram emporcalhadas com pichações e cartazes a favor do aborto. Na paróquia de Santa Maria de Betânia, imagens de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa Bernadete foram profanadas. Um cartaz afirmava: “A única Igreja que ilumina é a que pega fogo”. No Santuário de Jesus Sacramentado, um cartaz exigia o fim da união da Igreja com o Estado. Uma ignota Coalizão Argentina pelo Estado Laico, além de convocar voluntários para apostatarem da Igreja, explora os escândalos de alguns clérigos para exigir o banimento dos sinais católicos de locais públicos, pede que as paróquias sejam taxadas com impostos e quer um novo projeto de aborto. Ela recebeu o apoio de Mães da Praça de Maio, ativistas da esquerda ligadas ao falecido Fidel Castro que são amparadas hoje pela “mudança de paradigma” do Papa Francisco.
Na província de Québec (Canadá), as igrejas católicas estão sendo convertidas em “templos do queijo, do fitness e do erotismo”. Os confessionários de Notre-Dame-du-Perpétuel-Secours serviram para a exibição de comédias, e até de um vídeo pornográfico. O templo é hoje o Théâtre Paradoxe, onde se realizam festas rock. Numa delas, dezenas de bailarinos em transe dançaram em torno do que fora o altar-mor, enquanto uma dupla homossexual se exibia e uma mulher fazia malabarismos com bolas. Os bancos dos fiéis foram adaptados para banquetes regados a álcool. Além do “Halloween dos crucifixos”, há aulas para ex-dependentes de drogas e delinquentes. A igreja de Santa Isabel, localizada na pequena cidade de Warwick, ao nordeste da Grande Montréal, foi vendida por um dólar, e sua nave central serve hoje para estocar e maturar queijos, sendo mais frequentada do que a missa dominical. Nos anos 50, 95% da população frequentavam a Missa, mas hoje apenas 5% o fazem. Até abril de 2018 foram fechadas 547 igrejas, mas para o clero trata-se apenas de mera questão de demografia e pragmatismo. O que o ateísmo da Rússia soviética mal conseguiu fazer, o “progressismo” está realizando em profundidade.
Igreja de Notre-Dame-du-Perpétuel-Secours convertida hoje no Théâtre Paradoxe.
Vídeo filmado em Cañuelo, Espanha, mostra banhistas na praia, enquanto cerca de 50 migrantes ilegais descem freneticamente de um grande bote inflável. Temendo a chegada da polícia, os invasores africanos desapareceram rapidamente na vegetação próxima, dirigindo-se, segundo tudo indica, a um local adrede preparado para recebê-los. A cena tornou-se emblemática da apatia moral europeia e da ânsia dos invasores islâmicos em ocupar os países ex-cristãos. O ministro socialista do Interior foi até o local e deu a entender que a invasão não será obstada, e sim favorecida com medidas burocráticas, as quais certamente concorrerão para a descristianização do continente e sua islamização.
A penetração chinesa na América do Sul é ampla e astuta. Vai muito além do objetivo econômico e resgata o governo de Maduro, mesmo diante de sua impossibilidade de pagar as dívidas com petróleo. Ergue megaprojetos de estrutura básica, fornece armas e promete uma imensidade de recursos aos governos “amigos”. A China precisa do ferro brasileiro, dos alimentos produzidos na Argentina e no Brasil, do cobre chileno. Possui 90% das reservas petrolíferas equatorianas e adquiriu empresas vitais na Venezuela e no Brasil. Em 2013, Diego Guelar, embaixador argentino na China, deu ao seu livro o título A invasão silenciosa: o desembarque chinês na América do Sul. Mas hoje declara que alteraria o título, pois a invasão “já não é silenciosa”. Em 2017, o comércio chinês com a América Latina e o Caribe atingiu 244 bilhões de dólares, mais do que o dobro da década anterior!