O féretro sai da sede do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira.
Encomendação do corpo na capela do cemitério.
O cortejo se dirige ao local do túmulo.
Palavras de despedida pronunciadas pelo Dr. Caio Xavier da Silveira.
Aos pés do túmulo, o belo conjunto das coroas oferecidas em respeitosa homenagem.
A faixa da coroa de flores oferecida pelos colaboradores do saudoso Dr. Paulo Brito na revista Catolicismo.
Elogio fúnebre ao Dr. Paulo Corrêa de Brito Filho, pronunciado junto à sepultura por Dr. Caio Xavier da Silveira*
* Caio Xavier da Silveira é presidente da "Société Française pour la Défense de la Tradition, Famille et Propriété (TFP)" e da "Fédération Pro Europa Christiana".
Meu caríssimo Dr. Paulinho,
Nestas derradeiras palavras de despedida desta Terra, autoriza-me a familiaridade chamá-lo pelo diminutivo. Sei que, após o falecimento do Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, as altas responsabilidades que lhe coube assumir o levaram, muito apropriadamente, a preferir ser tratado pelos demais, mesmo na intimidade, de Dr. Paulo Brito. Acontece que, ao deixar esta vida mortal, todo o passado de uma pessoa recobra seus direitos, e ressurge aos olhos dos que aqui ficam a figura de sempre, ou seja, aquela figura que foi somando as idades, sem dúvida, mas permaneceu essencialmente a mesma.
Assim, para todos aqui presentes junto à sua sepultura, o membro de nosso grupo que nos deixa, e que permanecerá nas memórias com imensas saudades, é aquele Dr. Paulinho da juventude e da idade madura, que Dr. Plinio chamava afetuosamente de "meu Paulinho", e que todos nós admirávamos e respeitávamos como "Dr. Paulinho".
Enquanto os demais éramos chamados por Dr. Plinio pelo nome ou pelo sobrenome, o senhor e Dr. Luiz Nazareno de Assumpção Filho tinham o privilégio de serem chamados pelo diminutivo, por razões circunstanciais da história de nosso grupo. Não por qualquer imaturidade, pois mesmo na juventude o senhor era um dos mais sérios dos membros do grupo que se reunia na sede da Rua Martim Francisco. Não apenas como sinal de particular afeto de Dr. Plinio, mas porque algo em ambas as personalidades pedia o diminutivo.
Os melhores aspectos da sua personalidade inclinavam-nos a dar-lhe esse tratamento. Em primeiro lugar, seu temperamento inalterável, sempre plácido, bem-humorado, animado, muito comunicativo e extremamente loquaz. Não é descabido lembrar que Dr. Plinio identificou no senhor o temperamento mais parecido com o dele. Em segundo lugar, sua inegável despretensão e total ausência de vaidade ou arrogância, no trato com os demais e no desenvolvimento de suas importantes e por vezes graves tarefas e responsabilidades. Sem nada de populista ou de revolucionário, o seu trato com todos teve sempre a naturalidade e a singeleza que os adultos prezamos nas crianças inocentes.
Ainda que possamos situar tais qualidades nos limites do plano natural, o que mais transluzia na sua personalidade era a pureza ilibada, toda ela sobrenatural, até no modo de dormir como um gisant de cavaleiro medieval, a ponto de Dr. Plinio comentar que o nosso caro desaparecido era um "monumento de pureza". Pureza de alma, que tinha como corolário uma firmeza inflexível na salvaguarda e defesa
Dr. Paulo, junto a Plinio Corrêa de Oliveira, durante Missa Pelas Vítimas do Comunismo, como responsável pelo Serviço de Imprensa da TFP brasileira.