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AÇÃO CONTRA-REVOLUCIONÁRIA (I)

França, filha primogênita da Igreja

Bruno Henrique Semczeszm

Durante a Revolução que banhou de sangue a França em 1789, milhares de sacerdotes, freiras e católicos de todas as posições sociais foram perseguidos e mortos em nome da trilogia liberté, égalité, fraternité. Até mesmo muitos nobres, que antes desembainhavam suas espadas para ceifar o erro e defender a Santa Igreja, se acovardaram e amoleceram diante desses falsos ideais. A guilhotina decapitou assim a França, filha primogênita da Igreja.

Este foi o tema sobre o qual se debruçaram 55 participantes da X Semana de Estudos e Formação da ala mais jovem do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, reunidos em Olímpia (SP) entre os dias 4 e 8 de janeiro. Partindo da cronologia dos fatos, passando pelas raízes profundas da Revolução Francesa, puderam compreender os erros contidos nesses falsos ideais, que têm sua origem no ímpio brado de revolta "non serviam" (não servirei) dos anjos rebeldes.

Além das palestras, foram realizados os tradicionais jogos medievais [nas fotos, os participantes aparecem revestidos de trajes que evocam a Idade Média].Todo o simpósio foi permeado pelos nobres ideais de cavalaria e pelo bom espírito católico de combatividade e prontidão heroica. A Santa Missa e a prática de exercícios de piedade, como a Via Sacra e a recitação do Rosário, preencheram amplos espaços no programa.

Um jantar solene encerrou a Semana de Estudos, abrilhantada em seu último dia pela ilustre presença de S.A.I.R. o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que proferiu algumas palavras de incentivo aos jovens.

O paulista Emmanuel Bigato, 16 anos, que participou pela terceira vez, teve sua atenção atraída para a palestra sobre Monsenhor Jacques-André Émery. O brasiliense Iuri Crespin, 21 anos, comentou que esse eclesiástico foi um personagem sem o qual "não teria havido a Revolução Francesa em toda sua radicalidade". Danilo Maia, 20 anos, também de Brasília, destacou a "sincronia entre as palestras e os jogos, a formação e as atividades lúdicas". Já o curitibano Gabriel Araújo destacou o tom de solenidade da Via Sacra e a meditação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Contrariando o espírito revolucionário, uma semana de estudos como essa desperta nos jovens uma visão autêntica da beleza e do esplendor da civilização ocidental, da Cristandade, e incrementa em suas almas o desejo de praticar e defender os ideais da Santa Igreja. 

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