P.26-27

CAPA

Denúncia de dois poderosos grupos especializados em espalhar doutrinas anticatólicas


Grupos ocultos já trabalhavam há 50 anos para implantar uma igreja nova, dessacralizada e miserabilista, cuja moral nova favorecia o comunismo. O mesmo objetivo comuno-progressista perseguido hoje pela “esquerda católica”.


Da redação de Catolicismo

Catolicismo ecoou há meio século uma denúncia feita por publicações europeias a respeito de dois grandes movimentos semiclandestinos infiltrados nos ambientes católicos. As revistas Approaches, de Londres, e Ecclesia, de Madri, estamparam extensas matérias sobre a existência e as atividades, respectivamente, do IDO-C (Centro Internacional de Informação e Documentação sobre a Igreja Conciliar) e dos “grupos proféticos”. O objetivo desses grupos, como mostrou Catolicismo, era transformar a Igreja Católica Apostólica Romana numa igreja-nova, panteísta, dessacralizada, igualitária e a serviço do comunismo.

Visando levar ao conhecimento da opinião católica brasileira esse plano demolidor, e evitar que a Igreja renunciasse ao seu caráter sacral e hierárquico, Catolicismo analisou e denunciou esse nefasto e sinistro complô em ampla matéria publicada em número duplo (nº 220-221, abril-maio de 1969), o qual foi largamente difundido por centenas de jovens da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade). Em 70 dias, eles percorreram 514 cidades de quase todos os estados da Federação e difundiram 165 mil exemplares do citado número de Catolicismo.

Nessa memorável campanha a TFP lançou — por iniciativa de seu fundador, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira — a capa rubra com o leão dourado, que seus sócios e cooperadores envergaram em suas campanhas junto ao público de Norte a Sul do Brasil.

A trama para a destruição da Igreja, empreendida então pelo IDO-C e pelos “grupos proféticos”, continua hoje pelas ações de certos grupos progressistas alinhados à chamada “esquerda católica” e à “Teologia da Libertação”. Tais grupos querem transformar a Santa Igreja num simulacro do que ela fora em seu esplendoroso passado de glória, quando, segundo palavras do Papa Leão XIII, “a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil”.

Reproduzimos a seguir o artigo de Plinio Corrêa de Oliveira publicado na referida edição-dupla de Catolicismo, bem como os principais trechos de seus artigos sobre o mesmo tema estampados na “Folha de S. Paulo” daquele ano. O conjunto dos documentos-bomba, com os respectivos comentários, encontra-se disponível no link:

../0220-221/P01.html

As origens mais remotas de tal conspiração, particularmente em seus aspectos brasileiros, podem ser encontradas no livro Em Defesa da Ação Católica, de Plinio Corrêa de Oliveira, publicado em 1943 e prefaciado pelo então Núncio Apostólico no Brasil, o Cardeal Bento Aloisi Masella. A leitura das denúncias feitas pelo autor contra a infiltração progressista na Ação Católica nos faz constatar uma analogia com os erros inoculados pela referida conspiração articulada em 1969, e que se expandem nos presentes dias. Esse livro encontra-se disponível no link:

https://www.pliniocorreadeoliveira.info/ED_0000Indice.html

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Por que reproduzir, 50 anos depois, matéria sobre a ação maléfica daquelas organizações que desejavam desfigurar ou até mesmo destruir a Igreja?

Em primeiro lugar, porque a melhor forma de evitar um incêndio é precaver-se, evitando os problemas que podem causá-lo. Mas também porque o “incêndio religioso e ideológico” daquela época não foi extinto, continua ardendo nos ambientes católicos, provocando sérios danos, atingindo proporções apocalípticas. Assim, temos a obrigação moral de novamente alertar e bradar, a fim de despertar inúmeros católicos que de outro modo poderiam ser atingidos por esse metafórico incêndio que se alastra no interior da Santa Igreja.


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