Nelson Ramos Barretto
Nos dias do carnaval deste ano, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira promoveu na cidade de São Paulo mais um simpósio de estudos e ação contra-revolucionária, inspirado na doutrina tradicional da Igreja e no livro Revolução e Contra-Revolução, tendo participado jovens católicos de vários Estados.
O interesse crescente da juventude e da opinião pública por temas doutrinários e métodos de ação contra-revolucionários deve-se em grande medida ao legado de Plinio Corrêa de Oliveira, pensador e homem de ação, que desde sua juventude se dedicou a estudar e combater os erros doutrinários que solapam a sociedade ocidental e cristã. Grande parte da sua atuação foi empreendida por meio da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade – TFP, por ele fundada e dirigida. Permanecem nas mentes dos brasileiros as campanhas de rua e as caravanas da TFP, nas quais grupos de jovens idealistas percorreram o Brasil de norte a sul, em contato constante com o público. Atualmente o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, herdeiro e continuador da sua obra, mantém e incentiva entre seus membros antigos e novos essa importante atuação pública.
Na primeira conferência do simpósio, Luís G. Arroyave mostrou como a Europa medieval, formada após a conversão dos bárbaros à Santa Igreja Católica, deu frutos superiores a toda expectativa, sendo esse período histórico conhecido pelos historiadores como doce primavera da Fé. Nos dias seguintes, as conferências versaram sobre ampla gama de assuntos: Cristandade: um outro mundo é possível – por Nelson Ribeiro Fragelli; Brasil no novo contexto mundial – por José Carlos Sepúlveda da Fonseca; Ipsa conteret caput tuum, pelo Padre Dr. Emilson José Bento; No ocaso do pontificado do Papa Francisco: trevas e esperanças, por José Antonio Ureta; Legado e continuidade da Ação de Plinio Corrêa de Oliveira, assunto que desenvolvi na primeira conferência do dia 4 de março; Paleolítico amazônico pós-moderno, no qual Juan Carlos Voiseau denunciou os riscos ideológicos do próximo Sínodo da Amazônia, em outubro vindouro; Sociedade orgânica e a sociedade igualitária, pelo Dr. Adolpho Lindenberg; A obra do arquiteto Pugin e o renascimento do Gótico, por Luis Dufaur.
Depois da assistência à Santa Missa, muitos receberam das mãos do sacerdote o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo.
Na terça-feira, dia 5, animados depoimentos de líderes das várias entidades e grupos presentes relataram as atividades realizadas durante o ano findo. Por fim, coube ao Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança encerrar o simpósio e proceder à entrega das lembranças.
Foram três dias de estudos, conversas, orações e convívio de novos e velhos amigos, no sentido de aprimorar e enriquecer os seus conhecimentos de doutrina e ação contra-revolucionárias. A presença constante e as bênçãos de uma bela imagem de Nossa Senhora de Fátima manteve os participantes irmanados pelo mesmo ideal de reconquista da cristandade.
Dr. Adolpho Lindenberg, presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, e Dom Bertrand de Orleans e Bragança.
Padre Emilson José Bento e o Sr. Hélio Brambilla.
Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança no encerramento do simpósio.
Fotos: José Reis.