REALIDADE CONCISAMENTE


Exposição da Scala Sancta em Roma

A escada em que Jesus Cristo subiu vertendo sangue [foto], para ser julgado pelo cônsul romano Pôncio Pilatos, ficou exposta este ano entre a Páscoa e Pentecostes, quando os romeiros puderam galgá-la de joelhos. Durante um milênio e meio, incontáveis peregrinos subiram essa escada, desgastando seus degraus de mármore até formarem-se calhas com buracos em certos pontos. É por isso os Papas a revestiram de nogueira. Depois de restaurada, para solenizar o feito, ela ficou descoberta. Cruzes douradas marcam os lugares onde caíram gotas do preciosíssimo sangue de Jesus Cristo, que a percorreu rumo ao mais injusto crime jurídico da História. Nela, homens redimidos pedem perdão pela injustiça e oferecem reparação a Nosso Senhor.


No cárcere por acreditarem em Jesus Cristo

"É o inferno na terra!" — assim um cristão descreveu a "reeducação pelo trabalho" nos campos de concentração chineses. Os guardas se assanham contra os católicos fiéis a Roma, e o "crime" de crer em Jesus Cristo é mais grave que roubar, assaltar, incendiar ou assassinar. As quotas diárias de trabalho se aproximam de 12 horas, podendo chegar até 20. Um cristão designado para trabalhar num forno de tijolos, onde a temperatura pode atingir 60 ou 70 graus, contou que os prisioneiros-escravos saíam com o cabelo chamuscado. Os presos recebiam sopa de vegetais com insetos boiando, e se perdiam a força, eram torturados. Wang Hongli, após dois anos costurando e empacotando calças jeans, só pesava 32 quilos. Os guardas não a deixaram repousar até ela morrer, com apenas 42 anos. Não se conhecem comissões de direitos humanos organizadas pela ONU, União Europeia ou o Vaticano, interessadas em apurar esses crimes, muito menos mover uma cruzada mundial para cessar o trabalho escravo na China.


Golfinhos e belugas treinados para a guerra

Pescadores noruegueses encontraram uma beluga branca, espécie maior que o golfinho, ajaezada com um arreio no qual se lia "Equipe São Petersburgo" em um dispositivo para instalar câmera. O especialista Ree Wiig acredita que o animal foi treinado pela "Marinha de Guerra russa com base em Murmansk". É sabido que a URSS treinou golfinhos, focas e belugas para detectar navios inimigos, e em 2017 a TV russa revelou que a Marinha de Guerra retomou esses treinos militares no Ártico. Nos últimos três anos, Putin reabriu três bases nesse mar, e numa guerra os golfinhos e belugas seriam úteis ao Kremlin para provocar o maior dano possível aos adversários.


Modernização esvaziou de eclesiásticos a Igreja Católica

Na era pós-conciliar, foi assombroso na Espanha o número de apostasias sacerdotais, mosteiros fechados e seminários abandonados. Em 2018 foram ordenados apenas 135 padres, quando na década de 60 eram mais de 8.000 por ano. Em regiões rurais, um único padre deve cuidar de uma dezena de cidades. Laura Lara, historiadora das religiões, aponta que uma causa relevante para essa decadência foi a laicização da Igreja, pois a dimensão sobrenatural foi abafada. Marqueteiros bem pagos tentam atrair jovens com sedutores slogans, mas as vocações sinceras procuram os seminários e conventos com disciplina e doutrina tradicionais, onde se formam almas que combatem as insídias do mundo, demônio e carne. Esses pressagiam uma renovação da Igreja, soprada pela graça de Jesus Cristo e a mediação universal de Nossa Senhora.

Depois de 500 anos de vida consagrada, o convento do Socorro de Sevilha fecha suas portas [foto].


Farmácias – invenção dos monges medievais

A Officina Profumo, em Florença [foto], é uma das farmácias mais antigas do mundo. Fundada por frades dominicanos por volta de 1221, suas fórmulas originais usavam ervas medicinais dos jardins do mosteiro para infusões, remédios, pomadas, licores, perfumes, pastilhas e bálsamos. As farmácias monacais medievais destinavam-se aos frades doentes, mas atendiam gratuitamente pessoas de todas as classes sociais, que confiavam mais nos monges do que nos médicos da época. A Officina Profumo foi a favorita de Catarina de Médici, rainha da França, que usava a Acqua di Colonia Santa Maria Novella, até hoje seu produto mais vendido. A medicina medieval não procurava apenas o útil e curativo, mas também o retamente deleitável.


"Ódio teológico" na demagogia ambientalista

O presidente esquerdista-indigenista do México, Andrés López Obrador, exigiu da Espanha um pedido de perdão pelos "crimes" contra os "povos originários" praticados na evangelização de seu país. Contestando-o, o escritor espanhol Juan Manuel del Prada afirmou que o mito da vida tribal integrada no meio ambiente provém de um "ódio teológico" contra o cristianismo e a civilização. E a escritora Maria Luísa Cruz Picallo apontou que as alegações do presidente mexicano só podem provir do ódio, lembrando que "os muros dos templos astecas estavam pintados com camadas de sangue coagulado tirado aos corações dos vivos nos sacrifícios humanos, em abjetas cerimônias religiosas". Segundo a escritora, o presidente esquerdista ignora a história de seu país. A López Obrador só restou encolher-se no silêncio.


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