Por decisões judiciais prenhes de atos criminosos e contínuos atos prevaricadores, a sabedoria popular tem denominado como Cartel da Toga os tribunais politizados e corruptos.

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mais sagrado de seus deveres, que é o de preservar a ordem institucional e distribuir justiça. As decisões tomadas e os magistrados que integram esses tribunais já não representam o povo colombiano, nem são garantia alguma de uma administração honesta e imparcial de justiça.

Por decisões judiciais como essas, prenhes de atos criminosos e contínuos atos prevaricadores, a sabedoria popular tem denominado como Cartel da Toga os tribunais politizados e corruptos. Sabe-se que alguns desses magistrados vendiam suas sentenças por milhões de dólares, e agora o próprio ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Dr. Francisco Ricaurte, está preso por esses fatos; outro ex-presidente, Dr. Leónidas Bustos, fugiu para o Canadá; outro magistrado, Dr. Gustavo Malo, foi demitido e também aprisionado; e mais alguns estão sendo investigados pelos mesmos fatos.

Os juízes precipitaram a Colômbia num abismo inimaginável! Se queremos sair dele, todos os colombianos devem se unir em uma cruzada que restaure a justiça. Os magistrados corruptos desses tribunais devem ser imediatamente substituídos por juristas honestos, e o governo deve ouvir os milhões de colombianos que não nos consideramos representados por esses personagens sinistros.

Em 2 de outubro de 2016 um plebiscito rejeitou o Acordo de Paz com as FARC, porque a maioria dos colombianos votou pelo NÃO. Mas o então presidente Juan Manuel Santos, em conluio com os Tribunais Superiores e o Congresso da República, ignorou o resultado do plebiscito de maneira ilegal e indecente. Assim, impuseram à Colômbia um Acordo de Paz com as FARC e algumas reformas constitucionais espúrias, contra a vontade expressa da maioria dos colombianos.

Em qualquer consulta popular que seja feita, NÃO significa NÃO. E quando maiorias dizem NÃO, os governantes são obrigados a respeitar e acatar o resultado. No entanto, o resultado do plebiscito não foi acatado pelo governo de Santos. E alguns dias depois de consumada a fraude, Santos foi recompensado imerecidamente com o Prêmio Nobel da Paz. O que poucos sabem é que a presidente da comissão que o concedeu foi a política norueguesa Kaci Kullman Five, ex-ministra de seu país e membro do Conselho de Administração da companhia petrolífera estatal norueguesa Statoil (hoje Equinor), uma empresa para a qual o ex-presidente Santos concedeu várias licenças de exploração de petróleo na costa caribenha da Colômbia.

A única solução capaz de nos tirar da presente crise política e judicial é que, em uma decisão histórica liderada pelo Presidente da República, o Acordo de Paz ilegítimo com as FARC seja revertido, com base no apoio e legitimidade que lhe concede a maioria dos colombianos que votaram no plebiscito de 2016 e o elegeram presidente em 2018. Que se reconheça o triunfo incontestável do NÃO no plebiscito, e se retifique assim o caminho percorrido desde então de forma ilegal, sob o amparo de corporações públicas judiciais prevaricadoras.

É o que pedimos a Nossa Senhora de Chiquinquirá, Padroeira da Colômbia, nestas malfadadas horas em que a justiça está sendo demolida e nossa pátria parece submergir, em meio à maior confusão moral e política das últimas décadas. 

Nota:

Esta matéria, traduzida do original espanhol por Hélio Dias Viana, pode ser reproduzida livremente em qualquer mídia impressa ou eletrônica, citando a fonte: Sociedad Colombiana Tradición y Acción – www.tradicionyaccion-colombia.org.


DISCERNINDO

Pedagogia católica e pedagogia da barbárie

PAULO HENRIQUE AMÉRICO DE ARAÚJO

Após a recente criação da Comissão Parlamentar pelo Ensino Domiciliar, mais uma iniciativa proveniente do Congresso Nacional na área da educação deixou os esquerdistas de todos os quadrantes à beira de um ataque de histeria. Trata-se da proposta do deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) de retirar do guru marxista Paulo Freire o prestigioso título de Patrono da Educação e entregá-lo à figura veneranda de São José de Anchieta.

A polêmica já havia tido um episódio preliminar quando, em fins de abril passado, o Presidente Jair Bolsonaro declarou que o Patrono seria mudado,1 o que suscitou o primeiro lance de indignação dos asseclas da esquerda.

Dentre as várias manifestações de repúdio à possível "expulsão" de Paulo Freire, a de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), foi proferida durante as minguadas manifestações dos movimentos de esquerda em 30 de maio último: "Nós estamos aqui também para defender a memória de Paulo Freire e seu legado, que nos orgulham lá fora, ao contrário dessa turma lesa-pátria que nos envergonha".2

Jesuítas boicotam Anchieta

Entretanto, o posicionamento que causou mais estranheza foi a carta dos jesuítas do Santuário Nacional de São José de Anchieta.3 Os sacerdotes dizem ter recebido "com preocupação a notícia", e acrescentam: "Não podemos aceitar que o legado de São José de Anchieta seja instrumentalizado para fins meramente ideológicos. Tanto ele como Paulo Freire caminham na mesma direção".

Mas a história não para aí. O deputado Carlos Jordy, em resposta à nota do Santuário de Anchieta, acusou os padres jesuítas de hereges: "Eles [padres do Santuário Nacional São José de Anchieta] não são padres. Eu

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São José de Anchieta.

Paulo Freire.