João Gabriel Suhet
Movimento conservador no Brasil demonstra que capacidade de organização não é exclusividade da esquerda.
Nos últimos dias 11 e 12 de outubro, a Ação Jovem do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira participou da primeira edição brasileira do CPAC (Conservative Political Action Conference), maior congresso conservador do mundo, que vem se reunindo nos EUA desde 1973, tendo já contado em seus encontros anuais com a presença de figuras políticas marcantes como Ronald Reagan, George Bush e Donald Trump.
Seu objetivo na capital paulista foi reunir os expoentes do movimento conservador brasileiro para analisar a reação gerada pela "onda conservadora", que pôs fim a um longo período de governos socialistas e ateus em nosso País, além de apurar o que ainda falta para os valores morais de nossa civilização poderem ser defendidos na esfera política e pública.
Por iniciativa do deputado Eduardo Bolsonaro e da Fundação Indigo (Fundação Instituto de Inovação e Governança), o evento contou com o apoio da American Conservative Union (órgão responsável pela organização de suas edições americanas) e com a presença de mais de mil participantes de todo o Brasil e do exterior.
Dom Bertrand de Orleans e Bragança durante sua conferência no prestigioso encontro conservador, como representante do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira.
Em nome do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, ao discursar sobre os interesses ocultos do Sínodo da Amazônia, declarou na conferência inaugural: "Não há crise na Amazônia. Há, sim, uma ofensiva contra a nossa soberania. A Amazônia é uma joia recebida de nossos ancestrais, e não podemos ceder um milímetro sequer nessa questão".
Para Dom Bertrand, aqueles que procuram no tema Amazônia pretexto para alcançar interesses próprios agem através de dois braços de uma mesma tenaz. Um dos braços difunde uma espécie de ecoterrorismo, verdadeira psicose ambientalista, para fazer acreditar que a floresta amazônica está sendo devastada, com a cumplicidade de nossas autoridades públicas.
Qualificando mentirosamente a Amazônia como "pulmão do mundo", procuram um pretexto para a sua internacionalização, comprometendo assim a soberania nacional nessa região de tantas riquezas naturais. Outro braço ainda mais perigoso da tenaz é formado pela esquerda católica — pouco católica e muito esquerdista — corrente que surgiu do Concílio Vaticano II e da teologia que se diz da libertação, mas que conduz simplesmente para a tirania comunista.
De fato, com a pretensa agenda de proteção aos índios, o Sínodo da Amazônia visa implantar novas práticas religiosas, além de criar uma nova situação para a Igreja, a fim de influenciar a mentalidade católica mundial no sentido esquerdista e anticatólico.
Dom Bertrand citou depoimentos de lideranças indígenas, afirmando que os índios não querem viver num "zoológico" natural. Como os demais brasileiros, os brasileiros indígenas almejam prosperidade econômica, independência financeira e verdadeiro progresso intelectual e cultural.
Depoimento muito elucidativo sobre esta posição pode ser visto em: www. youtube.com/watch?v=rTAV9a5R2Uk&t=1398.
Citando uma concisa expressão francesa — L'histoire, on la fait ou on la subit (a História, ou a fazemos ou a padecemos) — Dom Bertrand esclareceu: "Nós fizemos