Não importa o nome que se dará a essa gigantesca transformação psicológica e psicopolítica. Podemos chamá-la de Nova Ordem Mundial, Grande Reinício, Reengenharia Social, Estado Profundo, República Universal, mas o evidente é que não voltará a ser o mesmo aquele mundo que nós das gerações adultas conhecíamos.
Considerando a invasão produzida por aqueles poderes ocultos, que agora aparecem com maior força e determinação, podemos adquirir a certeza de que a sociedade avança vertiginosamente para a perda das liberdades.
Quando escrevemos uma mensagem nas redes, esse poder oculto nos lê; se falamos ao telefone, ele nos ouve; quando saímos à rua, ele nos filma; se viajamos, sabe perfeitamente para onde vamos; se assistimos algo na TV, monitora-nos para saber nossas preferências; se nos conectamos à internet, sabe que tipo de coisas nos interessam. Nada disso é propriamente novidade, pois vem se expandindo largamente há vários anos. A preocupante novidade, inteiramente previsível, é esse poder mostrar-se disposto a perseguir quem não concorda com o novo sistema. E já vai deixando claro que pretende impô-lo ao mundo. A consequência do que estamos vivenciando é que o mundo caminha para funcionar assim.
Para que serve então a democracia? Esse sistema de governo já está sendo corroído pelo mais absoluto descrédito, devido principalmente aos altos níveis de corrupção a que têm chegado seus representantes mais exaltados e reconhecidos. As elites decadentes da classe política são as pessoas mais desprezadas em quase todos os países, e sua credibilidade está diminuindo.
Sem dúvida, o que parece ser uma das maiores transformações do nosso tempo é o ocaso da democracia. E para substituí-la, pretendem impor uma nova e sofisticada forma de totalitarismo, tendo como principais ferramentas de submissão a tecnologia e o controle das redes sociais.
Paulo Henrique Américo de Araújo
Nos primeiros meses de 2020, a maioria da população mundial foi induzida por autoridades e pela mídia a considerar a pandemia como uma ameaça não só à saúde pública, mas a todo o modo de vida contemporâneo. Para evitar o contágio, foram exigidos inúmeros sacrifícios de todos.
Quanto aos católicos, a supressão do Santo Sacrifício da Missa e dos sacramentos revelou-se uma privação dolorosa, além de muito inquietante. Houve um clamor intenso quando as celebrações da Semana Santa foram proibidas. As cenas são conhecidas, e não preciso repisá-las aqui. Considerando superficialmente a questão, e apenas no plano imediato, argumenta-se que todos foram privados de seus direitos, e o mesmo