A polícia bolivariana da Venezuela mata mais que a covid-19 e o crime organizado, concluiu o Observatório da Violência da Venezuela. Com efeito, ocorreram 4.231 mortes por ‘resistência à autoridade’ – este é o nome atribuído às execuções extrajudiciais feitas pelas Forças Especiais da Polícia Nacional Bolivariana, definidas pela ONU como ‘batalhões de extermínio’. Em 2020 elas mataram quatro vezes mais que o coronavírus. De 2016 até agora, esses exterminadores já mataram 27.856 pessoas. Mais de seis milhões de cidadãos se exilaram, e o crime organizado utiliza o lockdown a fim de extorquir cestas básicas. O crime se dolarizou, cessou o Estado de Direito, impera um tribalismo criminoso.
Aplicativos chineses acolitam a polícia com seus serviços para censurar informações, espionar cidadãos e adaptar mensagens falsas personalizadas. O Partido Comunista Chinês recomendou o aplicativo Toutiao, da empresa ByteDance, a utilizar fakes para pessoas escolhidas. Cao Huanhuan, arquiteto de software da app, explicou que ela rastreia a pessoa, os temas de que gosta, o tempo que dedica a eles, os hobbies, a idade, o sexo, o histórico da pesquisa, a navegação na Internet, as compras, o tipo de rede, os dados colhidos pela vigilância, podendo indicar o lugar e a hora em que a pessoa se encontra. E com inteligência artificial o aplicativo cria a fake perfeita para a vítima, além de gerar listas negras. Sem que a pessoa saiba, fica envolvida e enganada por um sistema onipresente.
Os EUA ofereceram um navio guarda-costas de mais de 4.000 toneladas para patrulhar águas profundas no Atlântico Sul, a fim de impedir a pesca ilegal praticada pela China. Ele chegou ao Rio de Janeiro no início do ano, para exercícios conjuntos com a Marinha nacional, mas a Argentina recusou que prosseguisse rumo ao porto de Mar del Plata. Agora com Joseph Biden em Washington e Alberto Fernández na Casa Rosada, o ponteiro ideológico se inverteu para a esquerda no país vizinho. A grande beneficiada foi a China, e os grandes prejudicados são os países sul-americanos, que passaram a ter seus recursos pesqueiros depredados ilegalmente.
O Kremlin fechou um museu contendo objetos da KGB, evocativos de uma organização ideológica marcada por crimes de âmbito mundial, não raramente horrendos. A missão do museu era educativa e teve muito sucesso. Mais de 3.500 objetos da polícia secreta soviética foram leiloados, entre eles uma pistola que parece um lápis labial, um guarda-chuva com uma agulha venenosa oculta e uma lâmpada que teria sido utilizada numa vila de Josef Stalin. O dinheiro, superabundante no Kremlin, poderá apagar os rastros da máquina infernal do crime e da subversão comunista, hoje modernizada pelos serviços de Vladimir Putin.
Durou pouco o ‘encanto’ e o entusiasmo inicial com o ensino à distância, por meio do zoom, smartphones e outras novidades virtuais. Os contatos entre alunos e professores ficaram espaçados e fatigantes. Na Argentina, a comunicação diária entre mestres e educandos em escolas estaduais de ensino fundamental caiu 11% entre junho e novembro. A tele-educação “produziu uma ruptura das funções sociais da escola, com falhas no contato professor-aluno e deterioração dos vínculos pedagógicos”. A Sociedade Argentina de Pediatria (SAP) defende “o retorno presencial às escolas, pois é fundamental”; e increpa o governo por dificultá-lo.
O mito da vida ideal dos índios no primitivismo amazônico, sem ‘intoxicações’ culturais, é um blefe de teólogos e utopistas anarco-comunistas da Europa. Com satélites, drones e helicópteros, cientistas da Universidade de Exeter acharam vestígios de 1.300 cidades na floresta tropical amazônica, anteriores aos missionários e civilizadores. Eram civilizações de milhões de habitantes, que outrora desmataram e trabalharam intensamente essa selva. A National Geographic Society julga ser preciso abandonar a ideia da Amazônia povoada por tribos nômades vagueando numa selva virgem. Para o Wall Street Journal, diante das provas, o ambientalismo deve abandonar as velhas crendices de uma Amazônia intocada pela civilização. ‘Deveria’ — dizemos nós, se os envolvidos fossem outros...