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| REALIDADE CONCISAMENTE |
Biden acusa Putin de assassino e atiça nova guerra fria
Na sua primeira longa conversa telefônica com Vladimir Putin, Joe Biden feriu o expansionismo do Kremlin, apoiando a Ucrânia "em face da insistente agressão da Rússia"; expressou "preocupação" pelo "envenenamento de Alexei Navalny"; deplorou a prisão deste opositor e de milhares de cidadãos russos que protestavam democraticamente, e advertiu que Putin sofrerá consequências por ter tentado influenciar nas eleições americanas a fim de favorecer Trump. Por fim, interrogado pela imprensa, assentiu em que o líder russo é um "assassino". Em revide, o porta-voz da Câmara de Deputados do Parlamento russo considerou as palavras de Biden um "ataque à Rússia" e gesto de "histeria", enquanto o Kremlin ameaçou "intervir" na Ucrânia se esse país agir contra os separatistas sustentados pela Rússia. Os EUA enviaram dois navios de guerra para o Mar Negro, próximo da área conflituosa.
Deficiências e lentidões da vacina Sputnik-V
O governo esquerdista de Buenos Aires comprou a vacina russa Sputnik-V, mas os aviões destinados a trazer milhões de doses da Rússia não decolaram nas datas e atrasavam o retorno, alegando o frio de Moscou. A verdade apareceu: a Rússia não consegue produzir as quantidades prometidas, nem mesmo para seus habitantes. Putin não queria a Sputnik-V, pois a considerava perigosa para idosos como ele. Os aviões argentinos desembarcam quantidades mínimas de doses, e um esquema clandestino de vacinações só vacina membros do governo, políticos, sindicalistas, parentes, amigos e militantes de esquerda, enquanto os profissionais da saúde receberam com atraso a primeira dose. O ministro da Saúde, promotor da lei de aborto, que estava à testa do esquema, renunciou como ‘bode expiatório’.
‘Movimentos sociais’ na Argentina em guerrilha contra o agronegócio
Na Argentina, ‘movimentos sociais indígenas’ multiplicaram os crimes contra o agronegócio. Em sintonia com o sopro que lhes vem de Roma, o governo esquerdista apoiou invasões de propriedades privadas e de igrejas. Os atacantes também rasgaram silo-bolsas, incendiaram bosques e aviões agrícolas, alegando que servem à ‘indústria de transgênicos’; e prometem que "a destruição dos silos continuará". A ação é incentivada por adeptos da teologia da libertação, que volta a se manifestar no país.
Capital chinês faraônico abraça o Canal de Suez
A pandemia abalou a economia mundial, como todos sentem. Mas países como a China, onde se originou o vírus, gastam como se lucrassem fabulosamente. Entre muitos outros exemplos, nota-se isso no Egito, que constrói uma nova capital para pelo menos seis milhões de habitantes, a custos multibilionários, com ministérios que evocam templos faraônicos e um complexo islâmico para sede de governo. Os 50 mil funcionários públicos que se instalarão ali no corrente ano terão uma ferrovia paga pela China, enquanto o distrito financeiro é erigido pela China State Construction Engineering Co. Com diplomacia, dinheiro e tecnologia, Pequim abraçou com seu tentáculo um país estratégico do Canal de Suez (12% do comércio mundial). Sob a pandemia há manobras obscuras, que fazem pensar num plano de domínio mundial pelo marxismo chinês.
Persistente atrativo da Legião Estrangeira
O público francês não se cansa de ouvir falar da Legião Estrangeira, que no entanto não é integrada por franceses. Reportagem do "Le Figaro" louva o ambiente de luxo modesto e limpeza de mosteiro, em que se forma o legionário; e também sua liturgia própria, que não é a do sacerdote no altar, mas do herói na luta extrema. Ressalta ainda que na Legião revoam as grandezas militares da França. Ela vive de glórias e lutos, de triunfos e derrotas, e o legionário tem uma genealogia que povoa a pátria da façanha. Da mesma forma que os monges salvaram os manuscritos antigos, quando os bárbaros assolavam o Império Romano, os legionários salvam os ecos da velha França contra a hodierna modernidade, aviltada e sem cerimônia. "A Legião insulta a modernidade" — assim resume na reportagem o Tenente-coronel Montulo.
Esquerdistas contrários à espada de São Fernando no brasão de Sevilha
A disputa pela inclusão do Rei São Fernando III de Castela e sua espada no brasão da cidade de Sevilha suscitou forte polêmica na Câmara Municipal. O escudo oficial inclui o santo com o famoso gládio "Lobera", tendo à direita e à esquerda dois bispos santos, além do manto real, a coroa e o lema da cidade. Até o socialista PSOE votou por ele contra os partidos de extrema-esquerda, para os quais o fato de o patrono da cidade empunhar sua espada simboliza a "máxima expressão da violência e um apelo à conquista e à guerra". Esse gládio é venerado como relíquia na catedral e preside a procissão na festa da cidade. O santo fez o devido uso dele na reconquista de Córdoba, Jaén e Sevilha aos muçulmanos.
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