| MATÉRIA DE CAPA |(continuação)

Os transeuntes veem a beleza artística de nossas campanhas com as belas capas e estandartes rubro-áureos. O que acontece?

Nessas campanhas — por exemplo, contra a implantação no Brasil da reforma agrária socialista e confiscatória — os adversários não refutam nossos argumentos por meios lógicos. O que fazem? Usam a arma do debique, caçoando de nossas campanhas. Nós refutamos com o contra-debique. Eles partem para a agressão física, como ocorreu em algumas cidades. Nosso contra-ataque não poderia ser outro: a defesa pessoal, reagindo varonilmente às agressões. Agimos com toda prudência, mas com toda valentia que as circunstâncias exigirem. Tudo segundo os princípios da doutrina católica. É o estilo TFP de agir.

Aliás, a respeito escrevi um artigo publicado na Folha de S. Paulo,8 intitulado “Estilo”, no qual mostrei que é notório aos olhos de todos que os jovens da TFP — quer em atividades de propaganda, quer no trato da vida quotidiana — primam pela cortesia. Mas, se agredidos, eles sabem se defender com energia. No final do artigo, escrevi sobre a linha de conduta da TFP: “Um estilo de viver, de agir, e de lutar, que é a versão, em termos contemporâneos, do espírito do cavalheiro cristão de outrora. No idealismo, ardor. No trato, cortesia. Na ação, devotamento sem limites. Na presença do adversário, circunspeção. Na luta, altaneria e coragem. E, pela coragem, vitória”.

* * *

Nossa Senhora fez de São Domingos de Gusmão o apóstolo do Rosário, o fundador da Ordem dos Pregadores Dominicanos e da Inquisição, e, por excelência, um extirpador das heresias. Sua vida é um verdadeiro poema da luta contra os hereges. Ensinando o Rosário e praticando a virtude da austeridade católica, trouxe de volta à Igreja incontáveis almas. Peçamos a ele uma alma ardente na defesa da fé, um horror a todas as heresias e uma ardente devoção ao santo Rosário.

Notas: 1. Encíclica Egregiis, de 3 de dezembro de 1856. 2. Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, d’après le Père Giry, Paris, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, 1882, tomo IX, p. 273). 3. https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0847/P04-05.html 4. San Luis Maria Grignion de Montfort, El secreto admirable del Santissimo Rosario, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1954, pp. 314-315. 5. Plinio Maria Solimeo, São Domingos de Gusmão, in Catolicismo, agosto/2003. 6. Op. cit. El secreto admirable del Santissimo Rosario, pp. 366-367. 7. A TFP – Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade – foi fundada por Plinio Corrêa de Oliveira em 1960. Para conhecer mais a respeito, recomendamos o livro Um homem, uma obra, uma gesta, disponível no site: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Gesta_0000Indice.htm#.YPjzGOhKjIU 8. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP%2069-09-24%20Estilo.htm

LEGENDA:
Campanha da TFP contra a Reforma Agrária socialista e confiscatória no centro de São Paulo.


| DESTAQUE |

150 anos da Comuna de Paris

Gustavo Solimeo

Perseguição religiosa, aspecto esquecido de um episódio mitificado pela esquerda. França, “uma nação dividida por um sulco de sangue”.

No sábado, 29 de maio, paróquias católicas do 20º distrito de Paris organizaram uma peregrinação em homenagem à memória do Arcebispo Georges Darboy (foto) e de outros sacerdotes e religiosos mortos por membros da Comuna de Paris, em 1871. O episódio ficou conhecido como o “Massacre da Rua Haxo”. Cerca de 300 fiéis, sacerdotes e religiosos participaram da procissão, liderada pelo bispo auxiliar, Dom Denis Jachiet.

A procissão deveria percorrer quatro quilômetros até a paróquia de Notre-Dame des Otages [Nossa Senhora dos Reféns], o mesmo lugar onde, 150 anos antes, 49 reféns, incluindo 10 religiosos, haviam sido massacrados pelos Communards — os ativistas ateus e anticlericais da Comuna de Paris. Logo que a procissão começou, transeuntes e pessoas sentadas às mesas em cafés ao ar livre começaram a vaiar e insultar os fiéis.

Apesar disso, a procissão continuou sem medo. Cem metros adiante, ao se encon-

LEGENDA:
O “Massacre da Rua Haxo”. 49 reféns, incluindo 10 religiosos, foram massacrados pelos Communards — os ativistas ateus e anticlericais da Comuna de Paris.

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