"Será inevitável que na cúpula dessa União Europeia se forme uma nomenklatura como foi na ex-URSS, ou seja, a nomenklatura soviética”. Assim prognosticou a TFP francesa no seu manifesto intitulado “A TFP diz não a Maastricht. Pode-se aprovar um tratado ininteligível?”. O documento denunciou o Tratado de Maastricht, assinado há exatos 30 anos, e a entidade o divulgou a mancheias, não somente em Paris, mas em muitas cidades do interior da França.
Esse tratado visava eliminar tiranicamente as soberanias dos países membros da União Europeia (UE) e impor-lhes em bloco leis radicalmente socialistas. Sob o pretexto de uma Europa forte — uma espécie de “Estados Unidos da Europa”, entretanto, mais comparável a uma “União Soviética” — planejava-se a implantação de uma ditadura mundial, dirigida por tecnocratas, numa como que “República Universal” para substituir a Cristandade europeia, extirpando as gloriosas raízes cristãs do Velho Continente.
Sobre esses tecnocratas, investidos de um poder supranacional, disse Plinio Corrêa de Oliveira: “No fundo são ocultistas que querem implantar uma irreligião nova e um mundo novo. Os utopistas exigem dos tecnocratas algo que tem um risco medonho”.
Apesar disso, eles correram esse risco, passaram de rolo compressor por cima da opinião pública que estranhava o colossal esforço de governos socialistas empenhados em realizar o sonho marxista de uma mastodôntica Europa globalizada e massificada.
Assim, hoje a UE — fundada oficialmente em Maastricht (Países Baixos), com a participação inicial de 12 países — é econômica, cultural e politicamente composta por 27 Estados membros.
Daquela data até à presente, não cessam as reações contrárias à formação do conglomerado de países europeus, sendo o caso mais eloquente a saída da Grã-Bretanha — o célebre BREXIT, há dois anos. Tais reações estão ocorrendo por várias razões; uma delas é devido ao enorme descontentamento dos europeus com a possibilidade da entrada da Turquia (85 milhões de turcos) na UE, e com a entrada massiva de maometanos, muitos deles invadindo o território em improvisadas embarcações pelo Mediterrâneo, com o aval dos tirânicos chefes da UE e..., infelizmente, até do Vaticano.
Apesar desse descontentamento, os utópicos mentores da UE projetam ampliar ainda mais o bloco de nações europeias, e tanto a Rússia de Putin quanto a China de Xi Jinping — o primeiro com o projeto da constituição da EURÁSIA e o segundo com o plano denominado ROTA DA SEDA — ambicionam meter suas mãos (sujas de sangue) nesse supergoverno para agigantar ainda mais essa nova “Torre de Babel”.
Essas são algumas das candentes questões que somente o dileto leitor de Catolicismo encontrará nesta edição. Boa leitura!
Padre David Francisquini
Explica o Catecismo da Igreja Católica: “A superstição é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe”. Na foto, o sincretismo da umbanda, misturando imagens católicas com símbolos de feitiçaria.
Pergunta — Noto entre as pessoas católicas de minha cidade muita mistura religiosa. Dizem-se católicos, mas acreditam em coisas do espiritismo, do protestantismo e até da macumba, chegando a colocar amuletos em suas casas. O senhor poderia elucidar esta questão e dizer se é pecado proceder assim?
Resposta — Infelizmente, o que nosso leitor relata é uma realidade muito difusa hoje no Brasil, de modo particular entre os católicos. É doloroso dizê-lo, mas até os protestantes são mais cientes do que a maioria dos católicos de que Deus abomina o culto aos ídolos e de que não se pode misturar o cristianismo com as religiões falsas.
Na realidade, só há uma religião verdadeira, aquela revelada por Deus, e uma só Igreja verdadeira, aquela fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, a Igreja Católica Apostólica Romana, fora da qual não há salvação.
Em matéria de culto a Deus, o Catecismo da Igreja Católica ensina o seguinte: “O primeiro mandamento proíbe honrar outros deuses, além do único Senhor que Se revelou ao seu povo: e proíbe a superstição e a irreligião. A superstição representa, de certo modo, um excesso perverso de religião; a irreligião é um vício oposto por defeito à virtude da religião” (n° 2110).
Por ser muito religioso, o povo brasileiro é muito mais predisposto à superstição do que à irreligião. Daí decorre que, se ele não for bem formado intelectualmente com boas aulas de catecismo, seja tendente, por sua índole benevolente, a fazer a “mistura religiosa” mencionada pelo consulente.
Ora, explica ainda o Catecismo da Igreja Católica, “a superstição é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe” (n° 2111) e relembra que o Primeiro Mandamento da Lei de Deus “condena o politeísmo” e “exige do homem que não acredite em outros deuses além de Deus,