A Autoridade de Antiguidades de Israel recuperou no mar um anel de ouro da era romana, com uma gema preciosa contendo a imagem esculpida do Bom Pastor. O anel foi achado perto do antigo porto de Cesareia, local de uma das primeiras comunidades cristãs e, de acordo com o Novo Testamento, onde o apóstolo Pedro batizou Cornélio, o Centurião, o primeiro gentio (não judeu, pagão ou estrangeiro) a se converter à fé cristã. O Bom Pastor continua procurando as ovelhas perdidas ainda no III milênio, apesar do horizonte de abandono da religião que se espalha por toda a Terra.
O bispo da diocese de San Rafael, Argentina, Dom Eduardo Maria Taussig (foto), renunciou após enfrentar a maioria de seus sacerdotes, seminaristas e leigos. Ele quis obrigar todos os fiéis a comungarem na mão, além de fechar o seminário sob alegações sanitárias contra o Covid. Mas as discordâncias com o bispo não eram insinceras nem abusivas. Os comentários entre os fiéis são reveladores: “homem destrutivo”; “o único fato propiciado pela pandemia foi a multiplicação dos sacrilégios”; “isso é demoníaco”; “o maligno agiu sem freio”; “não nos enganem com doutrinas perversas de sinodalidade”; “quando virá a reparação?”. Uma expressão de Paulo VI sintetiza a obra acima descrita e praticada por toda parte: “autodemolição da Igreja”.
No dia 7 de março de 321, há 1701 anos, o imperador Constantino fixou um costume inconteste no mundo civilizado. Os católicos celebram o Dia Santo, no domingo. Os judeus acatam o sábado. Mas no Estado romano pagão os dias de repouso variavam segundo as superstições que havia no Império. O imperador Constantino acabou com a confusão decretando que o domingo seria o dia de repouso civil. Não foi um decreto religioso, apenas uma lei civil que privilegiou a prática cristã e ordenou a vida de dezenas de milhões de homens. No período pós-conciliar voltou o caos das festividades religiosas católicas e civis que não coincidem, e os domingos não são mais respeitados.
Mais de 21% do clero da Irlanda morreu nos últimos três anos. As paróquias serão fundidas, muitas igrejas fechadas e as missas reduzidas. Antes a Irlanda enviava missionários para o mundo inteiro, inclusive à América do Sul. Mas, no período pós-conciliar, o número de sacerdotes diocesanos caiu: 2.067 em 2014 e 1.800 em 2018. O arcebispo de Dublin, a capital, contou que só tem dois noviços no seminário. A “modernização” da Igreja Católica também afastou os fiéis. Na católica Áustria, 67.794 pessoas deixaram a Igreja em 2019, 58.727 em 2020 e 72.055 em 2021. Os católicos são quase a metade da população. Especula-se que no Brasil o número de católicos ruma para ser abaixo da metade.
Os amigos de Catolicismo e a vasta família de almas que gira em torno do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira receberam desolados a notícia do falecimento de Aquilino José Ferraro Laporte — aos 86 anos, por acidente cardíaco, após ter sido vitimado pelo coronavírus oriundo da China. Ele havia recebido pouco antes toda a assistência religiosa dispensada aos doentes em iminente risco de morte.
O Sr. Ferraro, como era conhecido, teve presença marcante tanto no seu Uruguai natal quanto no Brasil, sua pátria adotiva onde viveu por muitos anos.
Era jovem líder católico em Montevidéu na metade dos anos 60 quando, ao ingressar na Faculdade de Engenharia, colidiu com o diretório acadêmico dominado por marxistas. Combativo, conseguiu que nas eleições universitárias uma chapa anticomunista obtivesse amplo triunfo. Veio então a conhecer discípulos de Plinio Corrêa de Oliveira cujo ideário divulgavam no Uruguai, vendo nele uma expressão cabal do seu próprio pensamento. Formou assim com elementos mais jovens a TFP uruguaia, que viria a ter nos anos seguintes vibrante atuação contra-revolucionária naquele país.
Quando se transferiu para o Brasil, passou a prestar excelentes serviços à TFP brasileira em diversas áreas, tanto no setor gráfico — supervisionando a edição de livros e de publicações periódicas de grande utilidade na luta contra-revolucionária que deixaram marca duradoura na vida pública dos dois países — quanto no campo musical, no qual tinha apurada formação. Participou de muitas campanhas públicas e caravanas da TFP. Na primeira década do séc. XXI esteve alguns anos nos Estados Unidos, dedicando-se com afinco nas múltiplas atividades da TFP norte-americana.
Nos últimos anos, visitado por doença incurável, sua resignação varonil edificava todos aqueles que tinham o privilégio de privar com ele. Talvez a mais valiosa riqueza que nos legou foi nos ensinar a carregar com resignação cristã os infortúnios permitidos pela Divina Providência.
Pedimos a Nossa Senhora, Rainha de Misericórdia, que o receba em seus braços e o recompense por todo o bem que fez nesta vida, especialmente o de ter lutado por Ela até o fim de seus dias.
Confortado pelos sacramentos da Igreja, faleceu aos 94 anos em Belo Horizonte o Dr. Roberto Mário de Salles Mourão. Engenheiro agrônomo, foi durante vários anos diretor da conceituada Construtora Itambé. Pai de nove filhos, um dos quais falecido, foi casado por 60 anos com Da. Maria José Junqueira Fonseca Mourão, falecida em 2016; deixa também 14 netos e oito bisnetos.
Católico fervoroso e pai de família modelar, conheceu o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira durante uma Semana de Estudos de Catolicismo ainda na década de 1950, na companhia de seu irmão Dr. Milton Luiz de Salles Mourão. A partir de então foi sempre fiel seguidor e o maior propagandista de nossa revista em Minas Gerais.
Catolicismo apresenta suas homenagens e pêsames à família enlutada, mas certamente consolada pela certeza de que terá um constante e valioso protetor no Céu.