"The Economist” comenta que vigários, rabinos ou imãs adotam cultos virtuais porque os fiéis desertam os templos. Nos EUA, os cristãos, que totalizavam 82% em 2000, encolheram para menos de 75% em 2020. Ordens religiosas liquidam propriedades; igrejas falam ou fazem da religião um marketing agradável, com atos tipo “missa Harry Potter” ou “missa do tropeiro”. Na última década foram fechados anualmente na Grã-Bretanha 200 templos e centenas podem ser demolidos. — Não há nisso uma gargalhada satânica? — Essa tendência, fruto do Concílio Vaticano II, não atrai os castigos anunciados em Fátima?
O “Granma”, jornal oficial do Partido Comunista Cubano, afirma que, para a colheita do açúcar, o “grande” produto do país, não há insumos nem peças, falta planejamento e só restam o trabalho braçal e a tração animal entre canaviais invadidos pelo mato. O Ministério de Agricultura não tem baterias, pneus e outras peças, apanhando-as “emprestadas” de outros ministérios. Falta água e os trens não funcionam, não há preparo do solo e os camponeses não têm sequer calçado, roupa de trabalho e remédios. Desde pelo menos 2010, a produção de cana está nos níveis de 1905. O socialismo abriu “agromercados”, qualificados pelo povo de “coisa de ficção científica”, pois não passam de banquinhas vazias e sem atendentes. Mas os progressistas, ecologistas e esquerdistas, acérrimos críticos do nosso agronegócio, não falam desse miserabilismo.
O pânico sensacionalista explora o asteroide “2009 JF1” que, segundo dizem, poderia entrar na atmosfera em maio. Para os especialistas em defesa planetária, os espalha-boatos montaram a onda do filme “Don’t look up”, em que os atores-astrônomos tentam alertar o mundo para um asteroide que destruiria logo a Terra. Mas o asteroide real “2009 JF1” está numa “lista de risco” da Agência Espacial Europeia (ESA), porque sua chance de se chocar com a Terra é de 0,026%, e caso entrasse na atmosfera se desintegraria. Só dementes pensam em impactos e catástrofes apocalípticas com o ‘2009 JF1’. Há também os eco-terroristas-ambientalistas, que são pagos para gerar insegurança entre os civilizados.
Com a Covid, o teletrabalho se tornou uma das palavras de ordem em 2020, mas acabou substituído no final de verão europeu de 2021 pelo retorno à normalidade, com uma ponta de alegria pelo fato de as pessoas restabelecerem o convívio humano, se verem, se cumprimentarem, conversarem, trocarem impressões, só possíveis no contato presencial. Houve uma previsão fracassada na pandemia: o teletrabalho não veio para ficar; ele continuará a ser residual, porque empresas e empregados experimentam o contentamento de estar trabalhando ao lado de seres humanos.
Exageros fazem crer numa extinção irreparável de espécies animais e vegetais por culpa da ação humana. Porém, não se tem ideia certa de quantos milhões de espécies há na Terra. Só em 2021, cientistas do Museu de História Natural de Londres catalogaram 552 novas espécies, apesar da pandemia e da restrição de viagens. Foram encontrados 291 crustáceos em lagos de água doce e fossas oceânicas; vespas, mariposas, caranguejos e moscas; 90 tipos de besouros, incluindo os roxos e verdes da Índia; um grilo do Sudeste Asiático cujo som foi ouvido pela primeira vez em 1990; cinco espécies vegetais do leste africano, chamadas de joalheria ou “não-me-toque” de flores rosas, brancas e vermelhas; 10 répteis e anfíbios, incluindo uma cobra da Índia que só fora vista em pinturas. Um inseto em extinção causa alvoroço na mídia sensacionalista, mas quando aparecem novas espécies animais e vegetais, esses alarmistas não comemoram. Claro, por razões ideológicas...
Os principais climatólogos dos EUA citados pela ONU para falar do clima no futuro não podem calcular a mudança climática, pois as temperaturas mudam de modo imprevisível. Quando os líderes mundiais se reuniram em Glasgow, havia mais de 100 grandes modelos de mudanças climáticas produzidos por 49 grupos diferentes, desnorteando as hipóteses e impossibilitando uma planificação. Treze deles erraram tanto, que foram apelidados de “matilha de lobos”. O supercomputador Cheyenne, do NCAR, está de tal maneira sobrecarregado que os resultados saem distorcidos. A prudência é necessária, mas os ecologistas alarmam para exigir reformas planetárias que atendam às suas ideologias de esquerda.
Beiramos um Armagedon cibernético semelhante ao fim do mundo? Usufruía-se desprevenidamente da tecnologia até que Putin atacou a Ucrânia e a mídia trocou o otimismo pela técnica, pela ideia de “espere o pior”. Em todos os casos, com a China invadindo Taiwan — como muitos preveem —, os agressores tentam jogar o adversário numa Idade da Pedra. Biden enviou guerreiros cibernéticos para a Europa e Putin disse na TV que pode “forçar uma guerra cibernética total, com apagões forçados em todo os EUA.” O especialista em guerra cibernética Edward Roche advertiu que uma guerra dessas seria “pior que uma [guerra] nuclear”. — O que seria de milhões de pessoas sem energia elétrica, sem água, sem remédios, sem alimento, sem comunicação?