| AÇÃO CONTRA-REVOLUCIONÁRIA |

Caminho Sinodal abre as portas para abençoar todas as modalidades de parcerias sexuais. A TFP alemã se opõe

Renato William Murta de Vasconcelos

O Caminho Sinodal está levando a Igreja Católica na Alemanha à beira do cisma. Grupelhos de progressistas radicais, tanto no episcopado quanto no laicato, vêm lutando para estabelecer uma igreja nacional e criar fatos consumados.

A TFP alemã alertou, desde o início das discussões do Caminho Sinodal, por meio de seu presidente Mathias von Gersdorff, para os graves erros no campo da doutrina e da moral que poderiam levar partes da Igreja na Alemanha ao cisma e à heresia.

O altar drapeado com uma bandeira arco-íris durante o serviço de bênção “Love Wins”, na Igreja de São Martinho em Geldern, Düsseldorf (Alemanha).

Além de intervir na discussão doutrinária ao longo dos últimos dois anos, a TFP alemã tomou recentemente duas posições públicas.

A primeira deu-se em Aachen, no dia 28 de fevereiro último. Duas semanas antes havia circulado nas redes sociais da diocese a exigência de bênçãos para duplas homossexuais, ilustrada com a foto de dois homens se beijando.

Em reparação por esse escândalo, bem como pelo fortalecimento da fé católica e a conversão da Alemanha, voluntários da TFP e fiéis de várias paróquias de Aachen se reuniram diante da catedral para difundir uma nota de protesto dirigida ao bispo local, Dom Dieser, e rezar um terço público.

Em resumo, a nota de protesto afirma que:

▪ A realização de cerimônias de bênção para parcerias ditas “de vida alternativa” contraria o “Responsum ad dubium de 22 de fevereiro de 2021, no qual está explicado – com ênfase para duplas do mesmo sexo – que a Igreja não tem autoridade para dar tais bênçãos.

▪ A Secretaria de Estado, em sua carta de 21 de julho de 2022 à Conferência Episcopal Alemã, proibiu expressamente qualquer mudança autônoma no magistério e administração eclesiástica.

▪ A implementação de cerimônias de bênção contradiz expressamente o controverso Caminho Sinodal. Tal se dá porque o texto básico “Relacionamentos bem-sucedidos”, que teologicamente justificaria tais cerimônias, não recebeu a maioria necessária na IV Assembleia Sinodal em setembro de 2022.

▪ Dom Georg Bätzing, presidente da conferência episcopal alemã, sempre ressalta que a Alemanha não está no caminho do cisma e não percorre “uma via especial”, e que os bispos alemães adeririam às diretrizes e às leis da Igreja. Porém, a implementação de cerimônias de bênçãos de parcerias homossexuais aumenta a suspeita de que tais declarações não passam da tática de protelação, porque em algumas dioceses já estão se dando fatos consumados. Assim, a realização de cerimônias de bênção é uma grave transgressão da fé e da moral católica, constituindo grave agressão à unidade da Igreja.

▪ Por estas razões, a TFP alemã pedia a Dom Dieser que fizesse todo o possível para garantir que tais cerimônias de bênção não mais ocorressem em sua diocese e explicasse a todos os seus órgãos relevantes (paróquias, centros pastorais etc.) no quê tais cerimônias de bênção contradizem a Moral e o Magistério católico.

A manifestação da TFP no dia 28 de fevereiro, em frente à catedral de Aachen, levou esquerdistas de todo o naipe a se organizarem prontamente. Incomodados com a presença de tantos jovens voluntários da TFP e de católicos conservadores, grupos ligados aos movimentos LGBT, Antifa, feministas e afins promoveram uma ruidosa “acolhida” (foto acima), que só serviu para demonstrar o que os ativistas infiltrados no Caminho Sinodal Alemão realmente querem introduzir no seio da Santa Igreja: o pecado, o vício e a perversão.

Logo após o terço público, Mathias von Gersdorff, presidente da TFP alemã, pronunciou uma conferência na sede local da Associação Alemã por uma Civilização Cristã (DVCK) sobre o tema: O Caminho Sinodal Alemão e o Projeto de uma Nova Igreja.

* * *

A segunda manifestação pública da TFP alemã ocorreu em Frankfurt, no dia 9 de março, quando os bispos e participantes do “Caminho Sinodal” se reuniram para votar as decisões finais, com ênfase no celibato sacerdotal, no sacerdócio feminino e nas bênçãos para parcerias de “vida alternativa”.

Diante do Europa Cap, edifício onde se realizou o encontro, dois grupos bem distintos: de um lado, os católicos conservadores, dos quais faziam parte os voluntários da TFP, a rezarem o terço; de outro, progressistas e ativistas do movimento LGBT.

Lamentavelmente, apesar da discordância de nove bispos, dois terços do episcopado alemão acabaram por aprovar a introdução da “cerimônia de bênção para parceiros, que se amam”..., portanto, para todo tipo de parceria sexual possível.

Na ocasião, foi distribuído um manifesto con-

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