| EDITORIAL |

Ontem uma infiltração, hoje uma "igreja nova" sem lei nem hierarquia, posta a serviço do comunismo

Uma revolução dentro da Igreja. Esta foi a magistral denúncia feita por Plinio Corrêa de Oliveira em seu primeiro livro, Em Defesa da Ação Católica, lançado em junho de 1943.

Na época, o movimento católico era uma potência, sobretudo as Congregações Marianas lideradas por ele em São Paulo. Fato que impulsionava a irradiação esplendorosa da Igreja e favorecia o Brasil a crescer no cumprimento de sua grandiosa missão providencial.

Fato, entretanto, que desagradava ao clero neomodernista, que trabalhava e ensinava nos seminários para ressuscitar dentro da Igreja os erros do modernismo, condenados pelo Papa São Pio X como “síntese de todas as heresias”.

A fim de extirpar esses erros que serpenteavam nos ambientes católicos e denunciar os lobos com pele de ovelha infiltrados no rebanho, Dr. Plinio, então presidente da Junta Arquidiocesana da Ação Católica, redigiu o referido livro, que foi uma verdadeira bomba contra o progressismo. Ele sabia que se tratava de uma “operação kamikaze” e de que seria vítima das maiores perseguições – “cancelamento”, difamação, ostracismo –, mas em defesa da Igreja estava disposto a qualquer sacrifício.

Dito e feito! As perseguições não extinguiram nem mesmo após ter ele recebido do Papa Pio XII uma carta laudatória assinada por Mons. João Batista Montini, então substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé e depois Papa Paulo VI.

Hoje os erros então desmascarados retornaram e se intensificaram. Os filhos espirituais daquele clero dos anos 1940 degeneraram de modo acelerado, deixando a Igreja no descrédito e conspurcada por escândalos morais, pregação aberta de erros doutrinários e até de heresias. São os adeptos da “teologia da libertação”, de uma “igreja nova” sem lei nem hierarquia e posta a serviço do comunismo.

Exemplo recente disso é o chamado “Caminho Sinodal”, objeto de nossa edição anterior (pp. 46 a 50), que pretende instituir uma Igreja diametralmente oposta à fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nossos leitores poderão conferir na presente matéria de capa como há exatos 80 anos o autor de Em Defesa da Ação Católica alertou para o processo de autodemolição da Santa Igreja que atingiu hoje o seu apogeu, e entenderão por que o eminente líder católico brasileiro foi silenciado, caluniado e perseguido durante toda a sua vida. Boa leitura!


| CONSAGRAÇÃO |

A Casa Imperial realiza consagração do Brasil ao Sagrado Coração de Jesus

Augusto Vieira (Fotos: Márcio Coutinho e Miguel Vidigal) Solene ato reúne no Cristo do Corcovado o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial, seu irmão e sucessor dinástico Dom Antônio acompanhado de sua esposa Dona Christine, além de qualificado público.

Rio de Janeiro – Às 17 horas do dia 13 de maio, o espaço do Santuário do Corcovado, ao pés do Cristo Redentor, esteve tomado por compacto público de brasileiros de todos os quadrantes, ali acorridos para participar de ato de grande significado: a Consagração do Brasil ao Sagrado Coração de Jesus, feita por S.A.I.R. Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil.

Tendo assumido a Chefia da Casa Imperial pelo falecimento de seu irmão Dom Luiz no dia 15 de julho de 2022, Dom Bertrand cogitou desde logo concretizar uma aspiração de ambos, que jazia implícita na dinastia brasileira: a de tornar efetivo o patrocínio do Divino Redentor sobre nossa Nação, e de o fazer no lugar que por excelência representa o Brasil católico, o Cristo do Corcovado.

Dom Bertrand, seguido de Dom Antônio e Dona Christine, cumprimenta Cássia Kis. Página seguinte