P.52 | AMBIENTES–COSTUMES–CIVILIZAÇÕES |

Considerando as almas que viram Nossa Senhora subir ao Céu, veremos um reflexo d’Ela

Plinio Corrêa de Oliveira Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 15 de agosto de 1980. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

Vendo a Assunção da Santíssima Virgem aos Céus, certamente os Apóstolos ficaram sem saber o que dizer; sentiram-se impregnados pelas graças d’Ela, tal como o papel embebido com azeite perfumado.

Eles certamente viram figuras angélicas cantando, que rodeavam Nossa Senhora. Imaginavam que os anjos fossem mais esplendorosos do que Ela, mas viram que Ela havia chegado ao auge de seu esplendor, superando todos os anjos, de modo tão indizível que os próprios anjos eram figuras pálidas se comparados com Ela.

Encantados, os Apóstolos contemplam a Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma aos Céus. Elevando-se, Ela olha com afeto para eles no momento da separação; eles se alegram, choram, se extasiam, se sentem ao mesmo tempo no Céu e na Terra de exílio, enquanto os anjos cantam indizivelmente.

Em certo momento, Ela desaparece no vértice dos anjos, levada por eles, que revoavam e cantavam. Os Apóstolos fincam juntos e sós; começam a lembrar de cenas passadas com Nossa Senhora e dizem: “Ela estará conosco, e onde está Ela, está Ele”.

Não ousei descrever Nossa Senhora. Eu A descrevi na reação daqueles que olhavam para Ela, pois não há talento para descrevê-la adequadamente. Considerando as almas que A viram subir ao Céu, veremos um reflexo d’Ela.