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Divino Infante, um Rei, mas imensamente acessível

Plinio Corrêa de Oliveira Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 29 de dezembro de 1973. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

A Mãe de Deus, majestosíssima, transcendente, puríssima, rezando ao Menino-Deus. Os Anjos entoando em volta canções de glorificação, e toda atmosfera reinante saturada de valores tais, que dir-se-ia haver na pobreza da Gruta de Belém uma atmosfera de corte.

O Divino Infante atrai para junto de Si, ao mesmo tempo, todas as formas de grandeza que d’Ele dimanam, e que não constituem senão reflexos de sua Pessoa; todas as formas de pureza, todas as formas de santidade, que são apenas uma participação da santidade d’Ele.

Imensamente acessível, este Rei, tão cheio de majestade, abre para nós os olhos. Notamos que seu olhar puríssimo, inteligentíssimo, lucidíssimo penetra nossos olhos. Vê o mais profundo dos nossos defeitos, como também o melhor de nossas qualidades. E nesse momento toca nossa alma, como comoveu São Pedro durante a Sua Paixão.

Esse olhar ocasiona em nós uma tristeza profunda por nossos defeitos. Ele nos inspira horror por nossos pecados. Mas também, penetrando em nós tal olhar, manifesta o Redentor recém-nascido seu amor não só em relação às nossas qualidades, mas também pela condição de criaturas feitas por Ele. Um amor dedicado a nós, apesar de nossos defeitos, por termos sido criados por Ele e destinados a um grau de santidade e de perfeição enquanto podendo existir em nós, e que Ele conhece e ama.