cinco dias (120 horas seguidas), auxiliados por uma equipe italiana, submeteram o Santo Lençol a todo tipo de provas e análises, utilizando os mais sofisticados meios da tecnologia.
Ao terminar a análise, o Dr. Thomas D’Humala, coordenador do projeto, testemunhou: "Todos nós pensávamos que o que íamos descobrir era apenas uma falsificação, e que antes de se passar meia hora, teríamos de fazer as malas e voltar. Mas não foi assim. Todos os que fomos lá, pelo menos todos aqueles com quem falei a respeito, estamos convencidos de que o acúmulo de provas nos fez mudar de rumo. Agora, as provas são contra os céticos".1
Aos poucos, ao analisar a figura do Sudário, o Dr. Accept começou a considerar que a imagem nele impressa era a de um corpo em estado de rigor mortis que ainda não tinha sofrido corrupção, o que se daria cinco dias após sua morte. Ora, isso era condizente com as Sagradas Escrituras, que narram a Ressurreição de Cristo no terceiro dia após sua crucificação.
Além disso, a húngara Isabel Piczek, sua amiga e especialista em história da arte, fizera um estudo em que chegara à conclusão de que a imagem do Sudário não podia ter sido, como afirmavam os agnósticos, pintada por um artista medieval que não tinha as técnicas necessárias para isso, e que sua aparência no tecido continua inexplicável pela ciência.
Tudo isso fez com que o Dr. Accept se dedicasse intensamente entre 1992-1994 ao estudo do Sudário de Turim. À medida que se aprofundava no estudo de sua autenticidade, suas dúvidas iam sendo respondidas uma a uma. Ele diz que esse período foi para ele simultaneamente "um processo de crescimento" em sua fé, de modo que em 1994 convenceu-se de que era hora de dedicar novamente sua vida a Cristo. Pelo que conclui: "Em contraste com muitos [estudiosos] no século XX, a ciência me trouxe de volta a Deus".
Uma vez convencido de que o Sudário trazia o corpo de Cristo, Accept queria saber qual das milhares de denominações cristãs do mundo foi a que Jesus Cristo fundou. Sendo por natureza um estudioso, ele se pôs a estudar teologia e história eclesiástica. Quando começou a ler as obras dos primeiros Padres da Igreja e viu a doutrina católica em seus ensinamentos e práticas, encontrou a resposta: "Fiquei emocionado ao encontrar Cristo na Igreja Católica. Quando comecei meu estudo, nunca pretendi voltar a ela. Mas foi para lá que meu processo de busca pela verdade me levou". E comentou que "não é coincidência" que o Sudário lhe seja confiado.
Coerente consigo mesmo, o Dr. Accept quis que sua experiência fosse compartilhada por outros. Por isso, em 1996 ele fundou em Silverado, no condado de Orange, o "Centro do Sudário do sul da Califórnia", onde faz uma apresentação ilustrada de todo o roteiro histórico do Santo Sudário. Isso atraiu muitos guias turísticos como voluntários ao longo dos anos.
Uma das pessoas que ele dirigiu em um tour foi o cientista Stephen Sheyn, que recentemente havia voltado à Igreja Católica. Ao terminar o tour, Stephen caiu em lágrimas e disse: "Senti que estava na presença de Nosso Senhor, experimentando sua humanidade e divindade".
O Santo Sudário é exposto periodicamente na sua basílica em Turim, para ser venerado pelos fiéis. Em 1998, o Papa João Paulo II, após rezar diante dele, comentou que ele é "um desafio à nossa inteligência [...] uma imagem que todos podem ver, mas ninguém ainda pôde explicar".
O Dr. Augusto Accept fez sua primeira viagem a Turim para essa mesma exposição. Depois de permanecer em profundo e reverente silêncio, por quase duas horas, diante do Santo Sudário, ao lado de outros peregrinos, ele afirmou: "Foi impressionante! As palavras não podem descrevê-lo".
Evidentemente houve e há muitos cientistas agnósticos, hereges ou simplesmente ateus que não se dobram às evidências e continuam a afirmar que o Santo Sudário de Turim é uma falsificação que não tem valor.
Cremos que a ele se pode aplicar, com propriedade ainda maior, aquilo que o grande Papa São Pio X afirmou da Santa Casa de Loreto: para o espírito católico, ainda que não se tivessem todas as provas históricas e científicas que seriam de desejar, o fato de aquela relíquia ter, ao longo das gerações, despertado a piedade de tantos fiéis e edificado a numerosos Santos que a contemplaram, já ofereceria garantia suficiente de sua autenticidade.2