dio às declarações de Woodford. A celeuma entre ateus chegou ao ponto de alguns deles afirmarem que a ACA tinha se tornado uma igreja dogmática, pois a entidade havia acusado certos ateus de caírem em heresia!6
Aparentemente, o mencionado youtuber ateu continua ainda hoje, após anos de controvérsias, tentando justificar sua posição no assunto e a sobreviver aos ataques.7 A “inquisição” woke não o deixa em paz.
Agredidos pela realidade, alguns propugnadores do ateísmo vão admitindo que algo deu errado. Para o professor ateu Peter Boghossian — autor do livro Manual para criar ateus —, o grande equívoco do ateísmo moderno foi pensar que o banimento da religião traria uma era de racionalidade e ciência. Numa entrevista ao The Spectator,8 Beghossian, que também se opõe à chamada revolução woke, admite aquilo que poucos dos seus correligionários reconhecem: “O vazio deixado pelo abandono da religião seria horrível, quero dizer, veja com que tipo de coisa nós estamos lidando agora... quando você se livra das tradições abraâmicas [cristianismo] o que virá é alguma outra forma de irracionalidade”.
Na sequência, o entrevistador do The Spectator deixa o professor um tanto incomodado com a seguinte pergunta: “O movimento ateu está nos livrando das religiões tradicionais e preparando o caminho para as pseudo-religiões tipo woke e a ideologia transgênero. Se nos livramos também dessas, o que virá depois?”. A resposta evasiva e complicada do escritor ateu é bastante elucidativa do beco sem saída onde se encontra o antiquado ateísmo militante, diante das vagas destruidoras da mais recente revolução cultural.
Com a convicção de católicos, podemos responder de outro modo à pertinente pergunta feita ao professor incrédulo. Se essa estranha guerra continuar, as revoluções irão se suceder umas às outras e o ciclo de choques entre elas continuará até a decadência final da humanidade, a barbárie, o caos. A única solução para evitar mais irracionalidade e desordem é voltarmos aos princípios perenes da Religião Católica, Mestra da verdade, da vida e da civilização.
Diante dos estragos produzidos nas mentes infantis e juvenis pela dependência das telas LCD, escolas na Europa e nos EUA redescobrem o valor do contato pessoal, a importância da sala de aula, da memorização, da escrita, dos livros de papel e da própria caligrafia, noticiou o jornal “El Colombiano”.1
Estudos, livros especializados e muitos testes científicos recomendaram a des-digitalização massiva das escolas. E ela já começou nos países nórdicos e pode tornar-se tendência em todo o mundo.
Em países desenvolvidos, as crianças de famílias de baixa renda consomem quase o dobro de tecnologia do que as crianças de famílias de alta renda. Cunhou-se o termo “ciberproletariado”: uma massa de jovens minimamente capacitados, mentalmente desfavorecidos, rebaixados pelas escolas para a condição de novos servos pelo uso das tecnologias digitais.
A ministra sueca da Educação, Lotta Edholm, insurgiu-se contra esse rebaixamento. Para ela, a digitalização das aulas foi um
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